Dia comum

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    O dia amanheceu tão nublado quanto qualquer outro, e minha vontade de sair da cama como sempre era zero. Porém como começo bem as pestes com quem divido o quarto resolvi levantar de uma vez. Peguei minhas roupas e fui me arrastando até o banheiro. Tomei meu banho e fiz minhas higiênes, arrumei meus cabelos longos deixando-os em um rabo de cavalo. As meninas estavam comentando a levantar agora, a primeira foi Ilumi, que deu um sonolento bom dia e saio se arrastando rumo ao banheiro. Depois dela veio a Mel com sua costumeira agitação matinal.

- Morte? - ela perguntou surpresa olhando para mim. Limpou os olhos duas vezes e piscou como se tivesse se certificando de que era eu mesmo.
- Palhaça - falei pegando minha bolsa já arrumada e indo para a porta.
- Desculpe é que você acordada a essa hora só pode ser o apocalipse chegando mais cedo - falou Mel divertida se sentando na cama. Estirei o dedo do meio da mão direita para ela e sai do quarto.
- GROSSA! - ouvi Mel gritar do quarto. Dei um  pequeno sorriso divertido e segui meu caminho.

   Os meninos já se encontravam na sala comunal, Theo e Draco estavam falando algo aos outros dois e pela forma que gesticulavam com as mãos não estava sendo nada fácil. Caminhei a passos calmos até onde eles estavam e me joguei no mesmo sofá que eles, bem no meio, ficando assim Goyle, Theo, eu, Draco, Crabbe. Theo e Draco quase levantaram do sofá com o susto.

- Então, vão me falar que comoção toda é essa? - perguntei do meu jeito calmo.
- estávamos resumindo a reunião para eles Milady - falou Theo baixo já que os alunos estavam começando a descer dos dormitórios.
- Entendo, eu também preciso falar com todos. - falei levantando e me colocando de frente para eles. - vamos para o dormitório de vocês, não quero correr o risco de ser ouvida... - falei saindo em direção as escadas do dormitório masculino. Os meninos vieram rapidamente atrás de mim depois de acordarem do transe do que eu acabara de dizer. Grande coisa, é só um quarto...

   Assim que chegamos no mesmo, entramos e eu coloquei alguns feitiços pelo cômodo para garantir a privacidade. Caminhei para o meio do quarto entre as quatro camas e esperei para que todos estivessem atentos a mim.

- Serei o mais breve possível já que não temos muito tempo antes das aulas. - Comecei olhando para cada um deles. - a alguns dias eu venho me aproximando discretamente de nossos inimigos, a Ordem. Assim como por acaso acabei também me aproximando dos favoritos do diretor. Harry e seus amigos. Eu estou de olho neles nesse momento para descobrir seus planos e é claro acabar com eles de forma espetacular.
Na reunião da noite passada meu pai deixou a meu encargo pegar algo muito importante para ele. E para isso terei que me tornar ainda mais próxima daqueles grifinorios xexelentos. Se minha missão sair bem sucedida será um grande passo a frente para que o lorde das trevas domine o mundo mágico com maestria. Vocês irão me ajudar. Farão exatamente o que eu mandar e se me atrapalharem de alguma forma, mesmo que mínima, tenham certeza que usarei todas as maldições que conheço em vocês. - falei tudo olhando a cada frase as reações dos quatro. Respirei fundo e completei. - alguma pergunta? - Theo e Crabbe se mexeram desconfortáveis sobre a cama. Goyle levantou a mão de forma trêmula para que pudesse falar.
- Não está em uma sala de aula Goyle, por tanto que se anuncie antes fique a vontade para falar. - falei olhando para o garoto duramente.
- O que é esse artefato que o lorde precisa? - perguntou ele cautelosamente.
- Uma profecia. - falei sem rodeios.
- Milady... O que deseja que façamos? - perguntou Theo.
- Por enquanto hajam com normalidade, principalmente próximo do Potter e dos amigos dele. Eles acima de todos não podem desconfiar que sabem sobre eles terem falado comigo. E para todos os efeitos... - falei a última frase olhando para Theo e Draco - Vocês não sabem de nada sobre meu envolvimento com o Black.
- Black? - perguntou Crabbe confuso.
- Sim, Crabbe, Quando eu disse que estava me aproximando da ordem me referi a Sírios Black. - falei olhando para um relógio de parede que estava do lado da porta. - hora de irmos. - falei indo para a porta. - e não-me-atrapalhem. - falei pausadamente com o tom mais frio que consegui.

A Filha De VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora