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Anna. 

Ele está irritado? Definitivamente, irritado. 

Tenho quase 100% de certeza de que Hardin falou alguma merda pra ele antes de eu chegar. Ou ele está irritado porque eu falei com ele tranquilamente. Me forço a deixar os olhos abertos e coloco a mão em seu antebraço por um instante, acariciando a pele iluminada pela luz fraca do painel.

- Você está irritado. - murmuro

- Eu? Não. 

- O que houve, amor? - pergunto.

Ele não responde nada, então eu só seguro seu braço e ele olha de relance pra mim, suspirando.

- É que... não sei, você falou com ele tão tranquilamente. 

-  Eu não odeio ele, Joe. - murmuro.

Ele dá um sorriso leve e amargo e não diz mais nada. 

Vejo que o caminho está quase no fim e não quero entrar em casa com essa energia de tristeza e raiva, quero entrar, jantar e descansar com quem eu amo, com tranquilidade.

- Nós não somos amigos, não conversamos nem saímos. Eu só não quero nem posso viver com ódio de um cara que não é mais nada na minha vida. - digo, com sinceridade. 

Ele relaxa a cabeça no banco do carro, cansado.

- Eu não sei, Anna. - ele diz. 

Espero chegarmos no prédio e ele estacionar o carro, enquanto tira o cinto rapidamente eu seguro sua coxa furtivamente e ele para e me olha. 

- Eu amo você. Você é a razão dessa porra toda, eu o amei, eu sofri por ele, eu sei. Mas não quero sentimentos ruins em mim, quero gastar minha energia só amando você e não odiando ninguém. - digo, olhando em seus olhos lindos e castanhos.

Ele descansa a raiva dos olhos e eu me acalmo.

Sem dizer nada, ele sai do carro e abre a porta pra mim. Quando saio do carro ele me encosta no carro e me beija com ardência.

- Banho - murmuro entre os beijos - preciso de um banho. - falo, com as mãos no peito dele.

- Eu te dou um banho. - ele sussurra no meu ouvido.

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Estou exausta? Sem dúvida. Porém, é impressionante como o tesão se sobrepõe ao cansaço.

Quando saio do banho e o vejo sentado nas almofadas, sem camisa e com uma calça escura, me olhando com o melhor olhar possível, sinto o meu fôlego sendo tomado de mim num sopro simples e essa sensação supera qualquer cansaço.

Quando saio do banho e o vejo sentado nas almofadas, sem camisa e com uma calça escura, me olhando com o melhor olhar possível, sinto o meu fôlego sendo tomado de mim num sopro simples e essa sensação supera qualquer cansaço

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Deixo a toalha cair no chão e sento no seu colo, me aproveitando de cada pequena parte da sensação de nossos corpos juntos. 

Ele me beija o pescoço e meus seios, com as mãos ágeis e vorazes que conhecem meu corpo mais do que conhecem a si mesmo.

- Você é tão linda. - ele sussurra com a voz ofegante em meu ouvido.

Não consigo negar sua presença e seu desejo e me deixo levar pela energia que seu corpo transmite, como sua pele parece brilhar e transcender pela luz fraca da rua e de algumas velas.

Me deito e vejo suas costas arqueadas descendo meu corpo com os lábios colados em minha barriga, minhas pernas, a parte interna das coxas. Sou hipnotizada pela movimentação suave de seus ombros quando ele respira e fico cada vez mais excitada com o calor de sua respiração em mim. 

Ele me olha com seus olhos tão grandes e puxados de um jeito selvagem no canto e sorri, morde os lábios perfeitos e coloca a boca em mim, enrolo as pernas em suas costas e reviro os olhos com a sensação.

Não existe nada melhor do que ser tocada por quem te conhece totalmente. Quem sabe tudo que você gosta e como você gosta. 

Murmuro seu nome baixinho com as mãos segurando forte uma almofada ao lado do meu corpo, ele continua seu jogo entre beijinhos, lambidas e respirações quentes em mim, gemo mais alto do que esperava e ele se anima com isso, meu prazer o estimula e ele continua até que eu esteja sem forças pra apertar nada e só me entregue devagarzinho ao desejo e as sensações que só ele me proporciona. 

Suas costas fazem aquele mesmo movimento subindo e chegando a minha boca, ele me beija e sinto meu gosto em sua boca, ele segura minha cintura forte e entra em mim com tranquilidade, como um passo de dança que não precisa de ensaio. 

Viro a cabeça e enfio as unhas em suas costas, esperando que seja o suficiente pra atenuar o prazer que toma meu corpo, mas não é, nunca é, certo? Continuo apertando suas costas e braços e beijando seus lábios.

- Você é tão gostosa, perfeita, eu amo você. - ele sussurra nos últimos momentos. 

- Eu te amo. - murmuro.

Nós chegamos juntos ao clímax e ele pende o corpo pro meu lado, segurando minha mão.

Passamos os próximos minutos assim, ouvindo o som das nossas respirações, sendo levados pelo corpo um do outro. 

- Eu agora estou bem mais tranquila. - brinco, sorrindo.

Ouço sua risadinha baixa e sorrio mais com esse som tranquilo.

O som de sua risada tranquila abaixa todas as ondas fortes dentro de mim e faz que tudo se acalme até que não seja mais nada. 

- Você não sabe como eu amo você. - ele diz, com a voz limpa e alta.

Giro o corpo até estar deitada em seu peito e com a perna na sua. 

- Eu que amo você. - digo, olhando em seus olhos. 

Passo a mão em seu rosto e admiro sua beleza. 

- O que foi? - ele pergunta, envergonhado. 

- Seus olhos - ela sussurra - são lindos. Grandes. Tão grandes que são puxados nos cantos, como se fossem rasgados como um gato, eu consigo me perder nos seus olhos e me encontrar neles. Nada mais em mim tem forças de fugir de você. 

Ele sorri com todos os lindos e grandes dentes e acende mais forte essa chama em mim. 

- Assim você me fode. - murmuro, pro seu sorriso. 

Ele me puxa e me coloca deitada em cima dele. 

- Você nem sabe como. - murmura em meu ouvido.

Me perco mais uma vez dentro dele. 


After AnnaOnde histórias criam vida. Descubra agora