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Duas semanas.

Joe tentou correr até mim depois do incidente com Hardin, dizer que sabia que eu estava mentindo, chorar e berrar que eu não podia acabar dois anos de namoro como se não fosse nada, como se ele não fosse nada. Corri o mais rápido que pude até o alojamento em que eu morava, chorei também. Chorei por a. não fazer ideia do que estava acontecendo b. sentir falta da minha vida c. sentir falta de joe e cheguei ao ponto de chorar por Hardin, não que eu o ame, nada disso, mas porque tudo isso foi uma puta pancada na minha cabeça, eu dormi com a certeza que iria acordar em Wisconsin, mas nada adiantou, acordei novamente no alojamento da WU, fiquei tão furiosa que joguei meu celular contra a parede, quebrando-o. Continuei acordando furiosa nos próximos 4 dias, no quinto, eu desisti e percebi que deveria viver essa vida, que essa porra toda uma hora faria sentido, peguei meus cadernos e fui a aula de literatura inglesa, não consegui prestar atenção em uma palavra do que o professor me dizia, finalmente desisti, peguei os cadernos e voltei pro alojamento.

Na primeira semana, Joe vinha a porta do meu quarto todo santo dia, batia e pedia pra entrar, eu colocava os fones no notebook e não senti nenhuma falta do celular, assim não precisava atender ligação nenhuma dele e responder suas mensagens, eu sentia falta dele, de uma forma estranha, como se eu sentisse falta de algo que não vivi, ou ao menos não me lembrava ter vivido.

Algumas garotas, que eu julguei serem minhas amigas, foram até meu quarto e perguntaram por mim, mandaram e-mails e quando me viram na mesa do almoço comendo qualquer coisa, vieram até mim, uma alta, magra feito modelo, de pele bronzeada e olhos azuis, outra branca (e quando digo branca, falo sério), olhos pretos e puxadinhos, era oriental. Maya e Louisa.

- Caralho, An, eu achei que você tivesse morrido, fugido ou coisa assim. - Maya disse me encarando.

- Só quero ficar um pouco sozinha, dá pra ser?

- Não, não dá, quero saber o que aconteceu com você, porque, caramba An, o Joe tá enchendo a cara todos os dias, faltando aulas, chorando pelos cantos e pegando qualquer uma que aparecer. - a oriental falou me olhando atravessado.

- Como se ele não pegasse qualquer uma antes - murmurei.

- Como assim, o Joe é um santo. - Maya falou sarcasticamente.

- Santo é o caralho.

- Anna Todd, falando caralho? Meu deus, o que fizeram com você? - Louisa falou rindo.

De alguma forma, essas ''amigas'' tinham muito pouco de amigas de verdade, tudo que falavam, falavam com um tom de zombação e sarcasmo que amigos de verdade não falam, isso me deixava irritada e eu queria matar as duas. Lembrei da Patrícia, da Cindy, da Joanne, elas eram boas amigas.

Revirei os olhos e levantei da mesa, acho que eu costumava ser no mínimo muito passiva com essas meninas, porque elas estão me olhando de um jeito muito ''chocado'' só porque eu me levantei.

- Volta aqui Anna, ou você vai se arrepender. - a com cara de modelo falou.

Continuei andando até ouvir a oriental murmurando ''Bem que o Joe disse que ela estava mudando porque deu pro Hardin Scott''.

- O que você falou? - falei, me aproximando e buscando manter a calma.

- Não me leve a mal, An, mas o Joe me disse que você dormiu com o Scott, ele é gostoso, eu mesma transaria com ele, mas, se deixar levar por uma transa a ponto de ficar mal falada? - a oriental falou, abaixando o tom de voz.

- Eu não dormi com o Hardin, e a quem o fodido do Joe disse isso?

- Pra mim, An, ele estava beeem bêbado, me chamou de Anna e disse que quase não me reconhecia, que eu estava mudada porque dei pro Scott. - a loira com cara de modelo falou sarcasticamente.

After AnnaOnde histórias criam vida. Descubra agora