FICHA SUJA (DEGUSTAÇÃO)

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Joyce

Tava mal de verdade! O que aconteceu comigo no dia do show do Tyga me abalou de uma forma inexplicável, sério mesmo.

Tanto pelo caso com aquela vaca, quando pela decepção que tive com o Yuri. Minha ficha demorou pra cair, mas quando caiu fodeu comigo. Ele foi muito escroto po, não me considerou não mesmo eu sendo a noiva dele. Ridículo abeça!

Joyce: Ai, Yuri! Nem to afim de papo contigo, sério. - falei exausta já.

Quando não era lá em casa, era aqui na minha faculdade que ele aparecia pra me perturbar, tentar fazer minha mente e limpar a própria barra, mas eu já estava saturada.

Yuri: Não po, quero saber se tu vai acabar nosso relacionamento de anos, nosso noivado por isso, Joyce. Passamos por tanta coisa, temos tanta história e você quer acabar tudo por um erro, uma falha!

Joyce: O que adianta manter um noivado, um compromisso desse nível se a pessoa que tenho esse laço não tá comigo pra tudo??? Viver de fachada não me sustenta não! O que adianta eu estar contigo se você não tá comigo pra tudo??? Eu quero uma pessoa que esteja comigo pra tudo Yuri, independente de tudo!!!

Yuri: Tu quer medir uma falha minha por toda uma vida??? Não significa que eu vou errar novamente nao, cara. Eu errei uma vez e você quer acabar com tudo, meter o pé?? É isso???

Joyce: Você agora tá banalizando minha decisão, tratando como algo besta, mas não é, e você sabe muito bem disso! O que você fez não foi um errinho bobo não, não foi mesmo. Eu sua noiva, sofro o que sofri na mão daquela garota e tu olha pra minha cara e manda eu deixar pra lá? Esquecer... Descredibilizou minha dor apenas pra não se expor? Preferiu ficar do lado daquela... daquela racista de merda, cara!? Eu não quero uma pessoa dessas pra minha vida não, se for pra ser assim, sozinha eu ganho mais!

Yuri: É né? - se irritou. - Você que sabe então, é contigo mesmo. Vou insistir mais não, você já tá de cabeça feita, levou tudo pro coração e não adianta eu ficar aqui insistindo. Mas eu só quero que você pense bem, pensa bem se é isso que você realmente quer. - disse e saiu.

(...)

Passei o resto da semana na minha bad, ainda tava fodida! Términos são dolorosas demais... sentia um vazio terrível, sabe? Por mais que eu não quisesse, eu estava sentindo.

Ter tomando a decisão que eu estou tomando não tá sendo fácil, afinal foram anos. Anos, planos e sonhos de construir uma vida! Eu noivei, tínhamos planos de casar, um futuro juntos, estava acostumada e mais que apegada a ele e agora terminar!

Me afundei nos estudos também, comi vade-mécum pra esquecer e ao menos tirar proveito dessa fase ruim que eu tava. Sei que com fé em Deus tudo vai passar, nada é o fim do mundo nao!

Débora: Vim ver como tu tá, não põe mas a cara na rua, nem te vejo mais! Esqueceu que tem amigos. - disse assim que eu abri o portão pra ela entrar.

Pior que é verdade! To do trabalho pra faculdade e da faculdade pra casa mesmo. To vivendo uma vida de gado literalmente.

Joyce: To indo né... e é difícil, sabe? As vezes eu penso se eu não estou sendo extremista, não estou potencializando uma situação isolada, mas depois percebo qual grave a situação foi, sabe? Aquilo foi mais que uma omissão, foi um alerta também. Se ele foi capaz de se omitir naquele momento, imagine em tantos outros futuramente se ele não faria o mesmo ou pior? E a gente ia casar po, não pode ser assim. - desabafei.

Débora: Com certeza! Você tá mais que certa. Tú sabe que eu sou desacreditada do amor né? Até acredito, mas acho que essas patifarias não são pra mim mais não. Não tenho mais esperanças em ninguém não, não tenho mais cabeça pra pro expectativas em alguém e mais pra frente me decepcionar. Prefiro seguir sozinha, estou bem melhor! - sorriu. - Então nessas minhas experiências fodidas eu só tenho a dizer que, eu sei que agora tá sendo difícil, mas tudo passa. Nenhum sofrimento é pra sempre! Teu presente de Deus tá chegando. - debichou.

Joyce: Ain, e quando será pelo amor de Deus? To velha já! Só desilusão na minha vida, gente! Vou ficar pra titia mesmo! - disse rindo.

Débora: É, vai ficar mesmo. E falando nisso, lembrei. - já tomei um susto. - Tá sabendo que duas monas caíram na porrada pelo teu irmão né? Uma baixaria pelo boleiro. - foi sarcástica.

Joyce: To sabendo não, Dedeia. - balancei a cabeça em negativa. - Mas o Thales é só problema, cara! Vou largar de mão esse garoto!!! Só apronta.