97 - M4

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Joyce

Joyce: Onde você tava, Renato? - disse assim que ele entrou no quarto.

Renato: Tava com os caras resolvendo umas paradas. - disse seríssimo, mas nem me olhou.

Joyce: Por que você tá com essa blusa? - disse levantando da cama e o encarando.

Eu já tinha chego do baile a séculos e olha que eu amanheci esperando esse filha da puta aparecer, voltar, mas o mesmo sumiu. Me deu um belo de um perdido!

Papo reto, eu tava só ódio do Renato, quando ele chegou aqui vontade era de meter qualquer caralho nele, mas eu tentei sei calma, não agir com a emoção. Ainda mais quando ele ainda me aparece aqui com outra blusa!

Joyce: Me fala, Renato! - já me exaltei. - Por que você trocou de blusa? Onde você tava, cara? - disse já nervosa.

Renato: Já disse que tava com os caras po, qual que é? Troquei de blusa porque a minha sujou!

Joyce: Hahaha... a sua sujou? - sorri sem humor.

Renato : É.

Joyce: Você acha que eu sou idiota né? - disse puta. - Conta outra, cara! Tu vai ficar mentindo na minha cara mesmo?????

Renato: Eu to te dando o papo reto, cara!

Joyce: Você tava com alguém né? Alguma mulher... tava me traindo, certeza. Meu Deus! - comecei a falar várias coisas, já tinha surtado.

Renato: Para de maluquice, cara! Tava com ninguém não. Vai começar???? Porra, tava com ninguém não caralho.

Joyce: Não tava com ninguém um caralho, seu filha da puta! Falso! Mentiroso! - gritei. - É isso que você é!

Renato: To te dizendo com quem eu tava e onde eu tava, porra. Para de neurose, tá mandada? Não tava com ninguém não, mano. Surgiu uma parada pra eu resolver e eu tive que ir com os caras, por isso que cheguei agora. Foi isso que rolou!

Joyce: Ah, tá bom... você saiu do baile naquele horário, só volta pra casa quase 9 da manhã com outra roupa e quer que eu acredite? Quer que eu acredite que você tava com "os caras"? - fui sarcástica. - Isso você tava com alguma vagabunda por aí, me deu perdido e tava com alguém. Agora vem aqui com a sua cara de pau mentir pra mim, me fazer de idiota. Olha, não to aqui pra servir de chacota, ser chifrada a torto e a direito por aí não enquanto eu to fora! - gritei.

Renato: Pqp... Já te disse onde eu tava cara, para de escândalo. To te falando a verdade, o que aconteceu foi isso. Não estava com mulher nenhuma!

Joyce: Mas eu não acredito! Não acredito em você. - falei puta e bolada.

Renato: Se tu não quer acreditar eu não posso fazer nada, acredite no que quiser então, mas eu to te dizendo a verdade. - disse seríssimo, maior frieza.

Joyce: É assim? Tá bom! Tá bom. - disse me levantando da cama.

Fui tirando a roupa de dormir que eu tava e já fui colocando uma roupa pra sair. Peguei minhas coisas que tava no quarto e soquei dentro da sacola, já ia sair, mas ele me travou.

Renato: Tu vai pra onde, Joyce? - disse segurando meu braço. - Caralho, mano! Tu pode acreditar em mim? To te falando a verdade, amor! Não tava com ninguém não, mano. Papo reto... Juro por Deus! - eu balancei a cabeça em negativa. - Para com isso, deixa de neurose errada, cara.

Joyce: Neurose errada, Renato? Neurose errada... - disse escaldada. - Queria ver se fosse eu que fizesse isso po, se fosse eu qual seria a tua reação. Se você acreditaria em como quer que eu acredite em você!

Renato: Pqp...

Joyce: Você some, volta agora com outra roupa e ainda quer que eu acredite que você tava com os caras? - ele assentiu na maior cara de pau. - E você tava fazendo o que com eles?

Renato: Resolvendo umas paradas...

Joyce: Que porra de tanta parada é essa que tu tem pra resolver? Me poupe né... conta outra! - puxei meu braço. - Você se acha muito esperto e todo mundo que é besta, né? Você que é o foda, pica, dobra todo mundo! Vai nessa...

Renato: Caralho, mané. Tu tá caçando problema atoa, tá cheia de neurose com base em suposições, pilha da sua cabeça através dos outros que ficam aí fazendo fofoquinha. Eu estava resolvendo uma parada, já te disse... to falando sério, cara. Sendo purão contigo mesmo! - me disse sério.

Joyce: Eu não acredito! - disse e sai.

Peguei as coisas da Isabella junto com as minhas e meti o pé puta da vida, só ódio. Passei na casa da minha tia, peguei minha filha e cai pra pista. Renato ainda ficou me ligando, mas eu não atendi, tava com ódio da cara dele. Esse infeliz, mentiroso!!!!

FICHA SUJA (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora