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Joyce

Leandra maluca, que confusão a gente foi se meter, né? Acabou que todo mundo veio embora, ainda tive um estresse com o outro pra voltar e outro quando a gente chegou aqui.

Discutimos, mas quando pensou que não... Preto infeliz, desgraçado! Quando dei por mim a gente já tava se atracando. Sempre fugi como o diabo foge da cruz desse desgraçado justamente por isso, mas aqui estou eu caindo no erro!

Essa boca sempre foi e é o meu ponto fraco, não dá pra mim não, fico fraca. Desgraçado, sabe jogar sujo e apelar pra vulnerabilidade da pessoa.

Perdi minha dignidade e esqueci tudo no momento, quando a ficha cair sei que vou me arrepender, mas deixa eu curtir o momento, com certeza é culpa da cachaça. Erro é dela!

Ele me puxou pela nuca me trazendo mais pra perto dele e consequentemente intensificando mais o nosso beijo. Suas mãos apalparam a lateral do meu corpo e desciam pra minha bunda, onde ele apertou com força, fazendo com que um gemido escapasse da minha boca.

Pensa que não a gente já tinha invadido o quintal da casa de Leandra já que o portão tava sem o cadeado. Já estávamos se atracando no muro mesmo!

Nossas línguas se entrelaçavam uma na outra, de vez em quando eu fisgava seu lábio inferior, soltando-o em seguida pois eu sabia que ele se amarrava.

Renato me jogou na parede chapiscada que chega minhas costas doeu pela força do bofe, mas o tesao e as saudades deixou nem eu reclamar.

Que saudades daquele beijo, daquele toque, da nossa sintomia e química que é só nossa, sempre foi. Não tem igual, não tem comparação... meu amor de infância aqui! O nosso beijo é só nosso, nosso toque é único e nossa vontade um do outro é indiscritível!

Eu já estava montada no colo dele imprensada naquela parede quando ouvimos o barulho da moto do Dino. Desci do colo dele em um pulo e coloquei o peito pra dentro do macacão pois já estava pra fora e ele mamando.

Renato: Que caralho! - falou puto, irritadíssimo e eu dei uma risadinha. Salva!

Fiquei travada, e agora? Com que cara eu sairia com esse macho? E se eles entrassem aqui e vissem a gente? Vou deixar eles entrar e me ver com o Renato ou saio com ele? De qualquer forma minha cara ficaria no chão! Gente, que vergonha.

Joyce: Tu não vai sair por esse portão não. - segurei a mão dele que já ia sair puto.

Renato: Ke???

Joyce: Tu não vai sair, cara! Tá maluco? Pula o muro aí no fundo, sai por trás, da teus pulos! Tenho cara pra isso não, eles não podem ver que a gente tá aqui junto.

Renato: Coé, Joyce? Pqp... cara! Que bobagem. Tá cometendo algum pecado? Eu sou o que por acaso que? - falou puto, senti mágoa.

Joyce: Aí, Renato! Não é nada disso não, mas... faz o que eu to te pedindo, por favor.

Renato: Minha moto tá aí fora po, tem jeito não!

Joyce: Não, não, não... tu pula e depois volta, finge que nem tava aqui. Vou passar por essa não! - falei seríssima e ele foi pros fundos da casa puto e bolado.

Sai pelo portão como se nada tivesse acontecido, Leandra tava parada discutindo com o Dino enquanto estava com o celular no ouvido.

Leandra: Tava te ligando, cara! Tá fazendo o que aí, doida? Quintal todo escuro.

Joyce: É... é... o outro me deixou sozinha aqui, fiquei com medo e entrei pra te esperar né, cara.

Dino: Ué... Meteu o pé e deixou a moto aqui, que doideira!

Joyce: Nossa, também não entendi essa. Mas ele tá puto, deve ter surtado, melhor... ele surtou! Tu viu a grosseria dele lá né? Depois vocês ainda querem que eu volte as boas com ele. - falei cinica e sonsa. - Mas abre logo essa casa, to cansadona! Cadê a chave? - tentei mudar de assunto.

Leandra jogou a chave pra mim e continuou lá com o meu compadre brigando, só doido pra esperar ele, pois isso demoraria horas, conheço.

Entrei, tomei um banho e me joguei no quarto pra dormir. Coração tava acelerado pra caralho, que doideira!

Eu nessa idade me metendo nessas aventuras... que coisa, cara! Olha o erro que já estava prestes a cometer!???

FICHA SUJA (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora