Semanas depois...
Joyce
Olhei pro meu celular e tinha mensagem do Renato, agora ele ficava dia e noite falando comigo! Depois que ele me mandou mensagem naquele dia do ocorrido aqui na minha casa e eu respondi já foi...
Dei corda, fudeu, abusou! Fui dar ousadia, agora eu que lute com ele. Tinha dias que eu nem respondia, mandava ele se mancar, tentava evitar, mas parece que quer me vencer pelo cansaço esse homem!
Não vou mentir eu fico mexida, as vezes é cada papo que ele manda, sempre foi bom na lábia... Preto desgraçado mesmo! Muito inteligente e focado quando quer alguma coisa, sabe? Sabe o que faz, sabe muito bem como se chegar.
É pra falar a verdade essa situação até me lembrava nossa adolescência, quando a gente flertava pelo face, do início do nosso namoro quando eu ficava lá em sp e ele aqui no rio só trocando mensagens, altos flertes. Nostalgia pura que bate!
Vim aqui na minha comadre já que já tem semanas que não passo aqui e ela também me chamou. Tava com meu afilhado no colo brincando, já tá grandinho ele. Maior saudades.
Leandra: Quero só ver quando tu vai ter o teu!
Joyce: Ih, agora só se for inseminação. Tenho nem pai pra gerar normal! - brinquei.
Leandra: Catra tá aí... - fez menção ao meu celular. Já tinha falo com ela que eu tava conversando com Renato.
Sempre fui muito transparente com Leandra e mesmo se eu não fosse, ela descobriria com certeza. Naquele dia eu não quis contar por vergonha mesmo, sabe?!
Joyce: Catra mesmo, aquele cretino! - balancei a cabeça em negativa lembrando.
Fofoquei mais um pouco até que o meu dindo dormiu, entreguei ele pra Leandra e parti a mil, pois já estava no meu horário.
Hora dessa carro não entra aqui na Coreia nem a pau pois já era tarde da noite, então tinha que ir pra saída pra chamar um uber.
Tava caminhando tranquila quando ouvi aquele "garota" que eu reconhecia muito bem, mas fiz que não. Diabo me persegue, incrível...
Renato: Ô garota! - jogou a moto na minha frente me impedindo de prosseguir.
Joyce: O que é, cara? Que é que tu quer?
Renato: É assim que tu fala com teu macho? - olhei pra cara dele.
Joyce: Tá abusado né? Maldita hora que eu te dei ousadia! - ele riu.
Renato: Sobe aí vacilona, te dou um bonde! - disse seríssimo.
Joyce: Muito obrigada, mas não. Vou andando, fica tranquilo!
Renato: Sobe aí, cara! Para de bobeira. - insistiu e cansada da chatice dele eu aceitei.
Subi na garupa e ele acelerou, caminho pra saída era só virar direita e seguir reto pela principal, mas ele cortou indo pra esquerda. Dei logo dois tapas nas costas dele!
Joyce: Saída não é por aqui não, Renato. Para de palhaçada! Vai me levar pra onde?
Nojento fingiu que nem tava me ouvindo, fiquei puta demais, xinguei ele todo. Ele me ignorou, só foi cortando reto até parar em frente a uma casa. Não desci também, mas ele quase me arrastou!
Renato: Vem comigo po. - entrou em um beco e eu fui, mas antes fiz graça falando que não.
Era a segunda casa, ele abriu a porta e desde a entrada já dava pra ver o caminho de pétalas de rosas pelo chão. Fiquei nervosa!
Joyce: Eu não acredito! - balancei a cabeça em negativa várias vezes rindo. - Renato... cara!
Renato: Entra, cara! - deu espaço, encarei ele seríssima mas depois eu entrei.
Casa era pequena, uma quitinete na verdade mas era tudo arrumado, só do bom e do melhor. Pela simplicidade e a decoração eu sabia que era a casa dele, ele sempre foi simples.
Na mesinha tinha uma barca de japa e até velas acesas na mesa. Tudo muito arrumadinho, lindo e eu morrendo de raiva desse homem.
Que tratante, cara! Como é sujo o infeliz. Eu tava em uma mistura de raiva, amor, babaquice e risos. Tava tudo ao mesmo tempo, ele sabe mexer comigo, sabe muito bem o que faz.
Joyce: Você é sujo né? Isso não se faz! - balancei a cabeça olhando tudo. Tinha até balões... - Mas nem tenta.
Renato: Isso o que? Não fiz nada demais, vacilona. Tudo que tem aqui você merece, tú merece tudo e muito mais! Só curte. Começa não!
Olhei desconfiada mas sentei pra comer. Comi o japinha com ele e ficamos conversando. Conversa vai e vem começa às investidas, indiretas e olhares mais maliciosos... aquele clima né, mas eu já cortei.
Joyce: Tu arma as coisas direitinho né? Agora tá querendo dar o bote, mas nem vem! Nossa história já acabou, não adianta a gente insistir, já te falei mil vezes. - disse seria.
Renato: Já acabou porque, cara? Só me diz aí porque não podemos tentar novamente, recuperar o tempo perdido???!!!
Joyce: Por que você sabe bem que uma coisa que eu jamais aceitaria é ser mulher de bandido, ainda mais depois de tudo... - comecei a falar...
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Ficção Geral+18 | 1/2 | Eles querem um preto com arma pra cima! ✊🏿 +18 | LIVRO COMPLETO DISPONÍVEL PARA ASSINATURA.