FICHA SUJA (DEGUSTAÇÃO)

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Joyce

As músicas de hoje em dia são boas sim, mas as de antigamente não dá, não tem igual não. É cada facada no coração que só Deus, os pagodes antigos são os melhores!

Cantava todas com a Vanessa que me acompanhava no ritmo. Apesar de novinha ela estava sabendo legal, fiquei boba.

Joyce: Dei tanto amor para você, mas você não entendeu, nem me olhou, nem me viu, nem me tocou, nem sentiu o amor nascer! E foi o fim para nós dois, nada restou para depois, foi bom enquanto durou esse romance esse amor, mas pena que acabou! - cantei empolgada, parecia até que estava passando por essa situação, rs. - Ihhhh... não sabe essa, não? - disse rindo pra Vanessa.

Vanessa: Nunca nem vi. - disse bebericando o copo com cerveja.

Joyce: Isso aqui é um hino! Como é que não sabe, cara?! To chocada!

Cantamos loucamente, quem via de fora até deve ter pensando que eu tava sofrendo de amor, mas é impossível não por sentimento quando canta essas musicas. Fechava até os olhos rsss

Vontade de ir no banheiro bateu, mas como deixa o balde de bobeira ou leva junto? Fiquei zanzando até que encontrei umas conhecidas e pedi pra passar o olho rapidinho já que a Vanessa também iria comigo! Que sorte.

Fomos rapidinho e voltamos, mas pro meu azar ou sorte quando estava voltando avistei o Teagá, segurança do meu marido.

Não sabia se ele tinha me visto ou não, mas já sabia que o Atanásio tava aqui. Fiquei puta, dito e certo, demorou nada ele veio aqui me chamar.

Teagá: Mano tá mandando tu chegar lá no reservado po, tá procurando tú a maior cota.

Joyce: Sério? - debochei.

Teagá: Papo reto... - disse sério.

Joyce: Pois fale que pode ficar tranquilo, já me achou, mas eu não vou. Aqui tá bom! - disse e já fui me virando pra cortar, nem rolar insistência por parte dele.

Homem acha que a mulher é boba e besta, com certeza. Mandei mensagem pra ele avisando que estava aqui nem visualizar ele visualizou, agora vem meter caô pra cima de mim?

Aiai... Atanásio quer se achar mais esperto que todo mundo. Ele arma, trama e faz tudo que faz com eles, com os outros, mas comigo não. Conheço a peça e não é de hoje!

Vanessa: Eita, eita! Nem olha que ele tá vindo. - já me avisou.

De costas eu estava, assim eu fiquei, mas doida pra virar e encarar o bonito. Ele por sua vez já chegou me virando de frente fazendo com que eu o encarasse e pela cara já dava pra ver que tava bebendo a tempos. Olho pequenino, boné pra trás... feição muda logo!

Renato: Tava te procurando, cara! Mando chamar tu e você ignora né? Vacilona! - eu dei risada.

Joyce: Me procurando? Contra outra, Renato!

Renato: Ô, tá mandada? - se fez. - Coé?

Joyce: To não, mas você tem que parar de ser cara de pau, pois eu te conheço bem e não é de ontem, nem hoje, já tem anos. Olha pra sua cara po, tú tava aqui há tempos já e eu besta achando que tu tava de plantão.

Renato: Papo reto... qual a necessidade que eu tenho de mentir, eu? To falando a verdade, tava de plantão mesmo, cara.

Joyce: E do plantão ventou e você parou aqui né?- debochei. - Antes do seu segurança me ver você nem tinha visualizado minha mensagem, como é que você veio me procurar? - menti, joguei o verde e só pela reação eu já colhi.

Bofe até gaguejou, parou pra pensar antes de seguir na cena. Sujo demais, se tu se deixar cai facilmente na conversa dele. Aí é bom na lábia, sabe convencer e envolver qualquer pessoa.

Renato: Tava de plantão, cara! Mas os manos chamar pra brotar aqui, eu vim. Qual problema tem? To fazendo nada de errado não!

Joyce: Pronto, nem eu. Então pode ficar com os manos, que eu continuarei aqui. Em casa a gente se encontra! - disse seríssima.

Ele ficou aqui por um tempo, mas de cansado saiu saindo puto. Não dei a mínima, fiz que ele nem estava ali. Também não falou nada, tava no erro e sabia muito bem. Então eu cantei, bebi e dancei horrores! Ressaca que lute amanhã, pois com certeza eu irei usá-la.