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Renato

Hoje o águia vai cair! Pegar esse baile na vila aliança, terror nenhum, bagulho que pega é apenas pra atravessar. Posso marcar bobeira não, na hora tem que ser só atividade mas depois é só lazer.

Dino: Vou atravessar mais tarde! - falou pra mulher dele e a abusada da Joyce do lado.

Só hoje me deu duas travas, fechei a cara pra ela também. Ignorância gratuita, fica desfazendo dos outros na cara. Coé? Fiquei puto!

Leandra: Eu sei o seu mais tarde po, vem querer me dar perdido não, Adriano!

Dino: Pronto, começou. Vem de maluquice pro meu lado não, mulher!

Leandra: Maluquice né? Fica aí achando que me engana, só acha.

Dino: Ih, cara. Começa não! Vou piar mais tarde com os manos. Tu vai atravessar comigo, tú? Quer ir comigo no meio dos bandidos? Me diz aí - meteu serinho e ela negou. - Então po, assim que brotar lá vou na tua direção! Fica esperta.

Ela saiu com a Joyce pra pegar a van e eu dei risada negando. Homem é um bicho ruim do caralho, mané. Nós vale porra nenhuma!

Dino: Vou brotar la na casa da zero dois e já volto, tranquilo? - disse assim que a van saiu.

Meteu o pé e só voltou maior cota depois. Também nós só atravessou lá pras três da madrugada, horário que tudo tá mais tranquilo. Ficamos bebendo antes em um bar lá na praça.

Chegamos na vila com uma maior tropa da Coreia, nós atravessou dois carros só com bandido, fora as motos. Chegamos pesadão!

Assim que cheguei o Dj mandou aquele mix, porra me amarro demais nessa. Letra é a mais pura realidade, mané. Enquanto a gente não tem nada, ninguém olha... mas só porta pra tu ver.

Renato: Se não tiver de Glock ela nem olha pra você... entrei pra boca e agora to de peça! - cantarolei colocando o bico da Glock pra cima.

Tropa nem bem chegou e várias já tava jogando avanço, as mina joga na cara de vagabundo mesmo po, quer nem saber de nada. Bando de diaba!

Nós marcou de um canto e depois atravessamos pro reservado onde só tinha gente de lá da Coreia. Na hora de passar a mina até agarrou no meu braço, maior doideira! Mas nem rendi, preto é chato.

Joyce e Leandra tava lá, outra tava com o diabo no corpo hoje. Terminou com o coxinha tá soltinha, cheia de graça e azas.

Dino: Joyce tá solta né?

Renato: Que? - me fiz de doido.

Dino: Joyce po, tu não tá secando. Tá quebrando tudo!

Renato: Ja tá passando vergonha, ela. - falei serinho. - Acha isso maneiro! - me referi a ficar dançando, jogando avanço pra vagabundo tá olhando, comendo com os olhos.

Virei meu copo com whisky e red, depois enchi novamente. Os manos chegou com lança, mas nem quis. Nunca usei essas paradas não, sou tranquilão!
Máximo é minha maconha mesmo ou um cigarro de skunk.

Tinha uma mina aqui que tava me secando maneiro mesmo, hora ou outra conversava com as minas que tava com ela e olhava pra mim! Dei duas encaradas serinho também, mas a mente tava na outra...

Vi na hora que um menó foi falar com ela, provavelmente dar algum recado de algum bandido querendo história e eu só cabulei ela. Queria ver a da qual é, só sondei o desenrolar do diálogo.

FICHA SUJA (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora