noventa e sete

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Kylie Jenner

Estou pagando por todos os meus pecados.

Sim, estou pagando por todos eles. Não queria ter que pagar assim, dessa forma, mas estou.

Estou a mais de dez horas sentindo contrações cada vez mais fortes mas a Alisha ainda não quer nascer.

Estou prestes a tirar ela de lá a força.

- Zayn, eu não aguento mais - choramingo.

- Calma bebê, eu tenho certeza de que a dilatação já deve estar perfeita - ele diz pacientemente segurando a minha mão.

Sinto mais uma contração e grito de dor.

- Nós nunca mais vamos ter outro filho, espero que saiba disso. Se você quiser um outro filho biológico vai  ter que arranjar em outro lugar. Comigo não vai ter mais! - falo irritada.

Zayn dá risada.

- Tudo bem, eu posso me contentar só com a Alisha. Olha ali, a médica já tá voltando pra checar a sua dilatação, vai dar tudo certo. Eu prometo.

- Não prometa nada! - resmungo - você não pode prometer nada porque não está grávido e nem é um médico.

- Ela está cada vez mau humorada - Zayn comenta com a médica que se aproxima de mim.

Fecho os olhos cansada por já ter passado por isso várias e várias vezes.

- Dez centímetros. Está na hora dessa princesa nascer! - a médica sorri e eu explodo em lágrimas de alívio.

- Finalmente! Vamos, vamos, não aguento mais estar grávida - falo desesperada.

Finalmente sou levada para a sala onde vou dar a luz a minha bebê. Nem nasceu e já me destruiu toda.

Observo todos correrem rapidamente e o meu marido colocar touca, luvas uma roupa daqui por cima da sua.

Fecho os olhos desejando que tudo dê certo e que eu tenha forças o suficiente pra colocar ela pra fora, porque estou morta de cansaço.

Alguém levanta a minha roupa e abre as minhas pernas.

- Amor, você sabe que vai precisar de muita força agora, né? - Zayn diz se aproximando e passa a mão no meu rosto.

- Eu não sei se consigo...

- Consegue sim, você é forte demais. Eu tô aqui com você, ok?

Assinto.

Os minutos seguintes são marcados por muita aflição e força da minha parte. Dei alguns gritos ao fazer força e só consegui respirar um pouco quando fui avisada de que a cabecinha da minha filha já tinha saído.

Seguro mais forte a mão do Zayn e faço ainda mais força, se for possível, pra colocar a Alisha completamente fora.

Escuto um choro alto de bebê e jogo o meu corpo cansado pra trás totalmente esgotada e dolorida.

Zayn dá um beijo na minha mão e observa comigo a nossa filha ser enrolada num lençol.

A médica se aproxima de nós com a bebê e estende ela pra mim, a colocando nos meus braços trêmulos.

Com lágrimas escorrendo pelos meus olhos, observo atentamente a bebê linda que está em meus braços. Seus cabelos pretos, nariz fino e bochechas grandinhas denunciam que ela vai parecer bastante comigo quando maiorzinha.

- Você é a coisa mais linda e dolorosa que eu podia fazer - falo baixo e escuto o riso baixo do papai babão ao meu lado.

- Que nós poderíamos fazer - ele beija a minha testa - ela é tão fofa e pequena...

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