Dulce María
Chegar na casa de Christopher e encontrar Anahí e Alfonso foi como tomar um banho de água fria, eu não sabia onde enfiar minha cara, só habitava em mim a vontade de sair correndo dali. Mas graças ao Uckermann e sua irresistivel insistência, eu fiquei.
Quando Christopher me levou para o corredor, algo me dizia que ele queria me despachar de lá, sei llá eu o motivo... Se ele queria tirar Anahí do apartamento sem que eu estivesse por perto, ou para entender o que de fato estava acontecendo para ela estar ali.
Claro que ao invés de ir e ficar no seu quarto para tomar o tal banho, dei meia volta e fiquei no meio do corredor e foi ali que tudo deu certo.
- Bom, agora me falem, o que vocês querem. - Christopher pareceu incomodado.
- Eu queria saber se era verdade... - Anahí falou em sussurro, ela estava falando de mim. - E bem.. É? Isso aí ta dando certo?
Eu só conseguia xingar Christopher mentalmente.
- Como você pôde perceber, sim. Estaria dando mais certo ainda se vocês não estivessem aqui.
Filho. Da. Puta.
Minha cabeça começou a girar.
- A claro! Se eu não abro a porta vocês iam transar lá no corredor mesmo! Inconsequente! - Ouvi um barulho de tapa.
Ótimo, Anahí notou.
- Isso doeu!
Ainda bem que ela bateu nele.
- Era para doer mesmo! Você só apronta Christopher, essa menina vai se machucar tanto com essa história... Você poderia ter dado um jeito e deixado ela fora disso, não é? - Anahí estava com um tom chateado, Alfonso estava mudo.
Eu senti meus olhos marejarem.
- Eu não tinha escolha, o irmão dela só ia confiar em mim se eu ficasse com ela e eu fiquei, ué.
Isso foi o suficiente, eu queria correr para fora, mas não podia, me enfiei no banheiro dele, liguei o chuveiro, tirei minhas roupas e chorei. Limpei tudo que estava ali, me machucando.
Meu irmão.
O pior de tudo, era desconfiar com quase toda a certeza do mundo, mas ter a certeza vinda da boca do Christopher, era algo que me baqueou absurdos.
Meu irmão.
O resumo do meu banho foram lágrima. Mas ao mesmo tempo saber disso me fortaleceu, a pessoa que eu mais confiava no mundo me vendeu, seja lá pelo o que, e isso na verdade pouco me importa. Agora as coisas iam mudar e o jogo estava ao meu favor, eu estava com Christopher e ele estava jogando com seu pai e meu irmão, jogando com dois inimigos.
A primeira coisa que me veio à cabeça foi Maite, mas dessa vez eu precisava jogar sozinha, a chance de dar errado era menor, o motivo? Eu não correria risco de ser pega conversando e planejando com ninguém.
Assim que saí do banho peguei uma cueca de Christopher, coloquei meu shorts e vesti uma de suas camisas floridas, amarrei-a na cintura, porque ali cambiam duas de mim e fui em direção a sala.
Alfonso e Anahí ainda estavam lá, começar tudo isso ia ser mais fácil do que eu imaginei.
- Agora sim, olá! - Falei sorrindo e todos me encararam, Anahí com carinha de dó, Alfonso estava desconfortável e Uckermann... sorrindo. - Desculpe por antes, fui pega de surpresa.
- Imagina, Dulce! Eu sei bem o quão tímida você pode ser. - Ela veio em minha direção sorrindo e me abraçou apertado e eu retribui.
- Bom, o que faremos? Estou com...
- Fome! - Christopher me interrompeu. - Você está sempre com fome. - Sorriu de lado e eu assenti. - Poncho e Any vão jantar com a gente. - Revirou os olhos.
- Ótimo! Depois da bomba que meu irmão me jogou, fiquei sozinha, vai ser bom refazer amizades. - Sorri para Anahí e Alfonso que assentiram.
Refazer a amizade com Anahí ia me fazer bem, por mais que ela estivesse contra meu irmão, ela não estava contra mim e eu lembro que gostava de conviver com ela na escola. Já Alfonso, era aquela coisa, uma noite e passou. Vai ser legal conhecê-lo sem os carros e as drogas.
Anahí e Christopher discutiram por pelo menos meia hora sobre o que comeríamos, Anahí queria cozinhar e ele não queria deixa, porém Poncho pediu comida nesse meio tempo e a discussão só parou quando a comida chegou.
O jantar foi relativamente tranquilo. Alfonso parecia tenso, Anahí fazia de tudo para interagir comigo e relembrou dos tempos de escola e só aí que o Christopher abriu a boca.
- Any... Dulce me levou em um lugar em que vocês iam fazer trabalho. - Anahí arqueou a sobrancelha confusa. - Naquele canto estranho da cidade. - Eu ri e ela ficou nitidamente sem graça.
- Desculpe, Any, eu pensei que ele soubesse, por isso comentei quando jantamos juntos. - Disse enquanto tomava um gole de refrigerante.
- Imagina, Dul, na época eu e Christopher não nos dávamos muito bem e minha família nunca gostou muito que eu fosse para aquele lado da cidade, eu sinto falta. - Any suspirou.
- Não seja por isso, vamos jantar lá essa semana! Martín e Giulia vão amar te ver! Podemos relembrar a época em que podíamos ao menos fazer nossos trabalhos juntas? - O rosto de Anahí se iluminou.
- Claro! Vamos sim!! Eba! - Começou a bater palmas. - Vou amar ter você como cunhada! - Anahí levantou feito um furacão e me agarrou.
- Vou amar ter você na minha vida, maluca! - Os meninos riram e pela primeira vez os dois estavam soltos e tranquilos.
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N/A: Oieeeee!
Dulcinha sofre, mas portiñon vive, eu amo inclusive!
E aí, contem pra mim, o que voces acham que vem aí?
Comentem, votem que eu volto!
beijinhossssssssss :*
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Nada Convencional
Fanfiction+18 | FINALIZADA | Aos 24 anos, Dulce María estava totalmente desacreditada sobre o amor, tinha sofrido uma desilusão adolescente que a traumatizou totalmente, por mais banal e idiota que seja, ela nunca mais se abriu pra ninguém e desistiu de ter a...