Christopher von Uckermann
Eu almocei com Anahí falando o tempo todo do seu vestido de noiva dos sonhos e como deveria ser o terno do padrinho dela, no caso eu, porque ela jamais deixaria que eu entrasse na igreja sendo padrinho de Alfonso. Foi um longo almoço. Ela foi embora não muito depois, já que ela precisava provar o tal vestido dos sonhos.
Quando Any saiu, eu tive um estalo muito impulsivo, muito mesmo. Corri para meu quarto, coloquei uma bermuda, uma das minhas camisas divertidas e um tênis. Passei a mão pela chave do meu carro e fui até a casa de Dulce. Por quê? Se eu estava baqueado, a chance dela também estar era enorme. Ela estando baqueada, a fuga era inevitável, ela não poderia fugir. Eu não podia estragar tudo, não era só mais Cláudio, não mesmo.
Fui em direção à casa dela, parei o carro do outro lado da rua e fiquei dentro do carro, juro que eu não sei quanto tempo eu fiquei ali, mas passou de uma hora, isso eu tinha certeza, eu não sabia se descia e tocava no apartamento dela, ou se ligava para ela, ou se eu corria de volta para minha casa. No meio tempo em que minha cabeça estava entrando em pane eu vi Dulce saindo do prédio, em outro movimento impulsivo eu liguei o carro e decidi ir atrás dela. Eu queria saber onde ela estava indo, queria saber se ela ia encontrar alguém. Quando ela se afastou o suficiente, eu a segui, mas graças ao bom Deus, ela entrou num mercadinho. Fiz o caminho de volta para a porta do prédio dela e achei que poderia ser uma boa ideia esperá-la para fora do carro.
Eu só não contava com um ponto, ela tinha reconhecido o meu carro e ela me viu indo atrás dela. Às vezes eu realmente acho que eu sou um imbecil. A gente trocou meia dúzia de palavras, ela me alfinetou tanto que eu já estava ficando constrangido, mas era merecido, eu estava agindo como um adolescente impulsivo e maluco. Eu tinha dois planos a seguir, eu precisava focar.
Dulce decidiu fazer chili, se eu falar que é algo que gosto, eu estaria mentindo. Além do simples fato que eu me enrolei tanto com ela que sobrou para eu cortar a cebola, aquilo era tortura das mais graves.
- Isso é muita maldade comigo, sério. – Disse tentando limpar a água que saía dos meus olhos.
- Christopher, para de ser frouxo, vai! – Ela falou rindo.
- Não estou sendo frouxo, isso arde! – Respondi, Dulce deu de ombros e saiu andando em direção à geladeira.
- Você tem sorte hoje, normalmente eu não tenho esse item milagroso na minha casa. – Disse caminhando em minha direção com um litro de leite na mão.
- Eu não estou a fim de tomar leite, mulher! Tá doida? – Ela deu uma gargalhada monstruosa.
- Não é para beber. – Dulce colocou um pouco de leite num copo e esticou para mim. – É para você cheirar, faz diminuir a ardência e ajuda a parar de chorar.
- Oi? Você ta zoando com a minha cara, não é? – Ela negou com a cabeça. – Então eu cheiro leite e vai ajudar com isso aqui? – Apontei para meus olhos e ela assentiu.
Eu levei o leite até o nariz com muito receio.
- Você não ta me zoando mesmo, né? Porque eu sei que tem o negócio do fósforo que nunca funcionou comigo.
- Cala a boca e cheira esse negócio homem, que saco! – Ela disse num tom alterado.
- Ok! – Coloquei os braços em sinal de rendição, com uma leve dificuldade por conta do copo.
Dessa vez eu levei o copo com coragem ao meu nariz, eu inalei aquilo como se fosse a coisa mais preciosa do mundo por alguns segundos e bizarramente logo o ardor passou a diminuir e eu suspirei aliviado, enquanto Dulce dava risada.
- Vai besta, agora continua, sem isso aí, – apontou para a cebola. – eu não consigo cozinhar.
Depois que eu terminei com a sessão de tortura, Dulce começou a cozinhar e pediu para que colocasse uma música, eu decidi colocar sertanejo, eu estava animado e aparentemente ela estava tranquila com a minha presença. Enquanto ela continuava concentrada na comida, eu fui arrumar a mesa de centro da sala, eu gostava de comer ali com ela.
Quando tudo estava pronto, terminei de organizar a mesa e ela foi pegar suco, assim que ela chegou à sala e começou a rir.- O que você tem com a minha mesinha de centro? Você gostou tanto dela assim? – Ela disse colocando a jarra na mesa e se sentando no chão.
- Acho sua sala aconchegante, gosto de ficar aqui. – Dei de ombros.
- Até porque né, a sua... – Ela disse fazendo careta.
- É belíssima, só é impessoal demais. – Eu ri e ela respirou fundo, negando com a cabeça.
Dulce tinha montado pratinhos com a comida e eu estava levemente incomodado, chilli não era algo lá muito bonito, então eu fiquei encarando o prato por alguns segundos.
- Você não vai comer? – Ela disse enquanto pegava um doritos.
- Vou, só tenho problemas com a estética do chilli, mas nada que não dê para resolver. – Sorri e ela revirou os olhos.
- Fresco. Esse é diferente, têm ingredientes secretos, você vai gostar. – Ela disse enquanto colocava um pouco de chilli no doritos.
A cena foi divertida e muito fofa, quando Dulce tirou o doritos do prato e o levantou, tinha queijo no meio e quando ela levou a boca, fez a maior bagunça e sujou toda a boca. Eu não me aguentei e logo comecei a rir e ela entrou na onda.
- Se você comer chilli e não se sujar, comeu errado. – Eu assenti rindo.
Tudo fluia bem, até o momento em que Dulce decidiu que queria ver um filme. O único problema era o gosto dela para essas coisas, ela curtia muito esses filmes de comédia romântica que eu tinha um asco enorme. Só que eu não posso ficar discutindo com ela, o pedido dela seria uma ordem.
E lá fui eu, ela escolheu o que segundo ela era seu filme favorito, "Amizade Colorida". A vantagem é que, Mila Kunis é uma gata e eu gosto do Justin Timberlake.
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N/A: Cheguei!
Vamos a um Christopher perdidinho e rendido que não sabe o que fazer!
Uma das partes mais esperadas por mim está chegando, tô tão ansiosa que vou tentar soltar ela ainda hoje!Comentem e votem!!!
Beijinhosssssss :*N/B: Beta reader dela aqui!
Eu vou ser obrigada a testar o lance do leite, to chocada.
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Nada Convencional
Fanfiction+18 | FINALIZADA | Aos 24 anos, Dulce María estava totalmente desacreditada sobre o amor, tinha sofrido uma desilusão adolescente que a traumatizou totalmente, por mais banal e idiota que seja, ela nunca mais se abriu pra ninguém e desistiu de ter a...