Capítulo 5

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Dulce María

Quando Christopher entrou na sala de reunião eu fui direto para o bar, já que eu vou esperar, que seja pelo menos bebendo.
Pedi uma gin enquanto sentava no balcão do bar, decidi ligar para Maite, ela estava muito quietinha para o meu gosto, na verdade.
Quando peguei o celular, havia uma notificação de ninguém mais, ninguém menos do que dona Maite.

Mai: Oi minha gatinha,
Que horas nós podemos nos ver hoje para você me contar TUDO sobre a sua noite com o gostosão do deputado?
Te amo!

Essa era a Maite de bom humor, isso quer dizer que Christian conseguiu o que pretendia na noite anterior e na manhã de hoje.

Dul: Oi minha gata!
Não sei se consigo te encontrar hoje, o deputado sem noção tomou meu dia, antes que pense qualquer asneira, ele está em uma reunião com Cláudio e eu estou esperando, se quiser me ligar, fique a vontade...
Te amo!

Assim que enviei a mensagem contei 5 minutos e meu celular começou a tocar, o que ela tinha de incrível, tinha de curiosa, nós somos como irmãs, nos protegemos de tudo e todos, até quando estamos erradas.

- Oi gata gostosa, o que devo o prazer dessa ilustre ligação? - disse enquanto tomava minha gin.

- Dulce María Espinoza Saviñon, não se faça de tonta, quero saber de tudo o que está acontecendo e o por quê DE TA LHA DO de você estar com o gostosão! -  Maite quando queria era pior que minha mãe pra me dar bronca ou se intrometer na minha vida, na maioria das vezes eu amava isso.

- Aí que ótimo amiga, eu também estou bem! O que tá acontecendo com as pessoas que não conseguem iniciar uma conversa educada comigo no telefone? Eu hein. - Revirei os olhos como se ela pudesse ver.

- Não quero saber da sua vida triste María, quero saber o que aconteceu ontem, então faça o favor de abrir essa boquinha linda que eu tanto amo.

- Ok Maite, você venceu! Depois que fomos pro escritório do bar, conversamos sobre trabalho, ele quer vir para o nosso lado... então como tinha muito álcool no sangue, fomos CADA UM PRA SUA CASA e marcamos de tomar um café hoje, se ele tivesse realmente certeza, teria a reunião com Cláudio. Agora estou em um hotel, tomando gin, enquanto tomo um chá de cadeira dos mais novos dois melhores amigos do mundo. - falei entendiada.

- Que saco María! Você não sai com um cara faz meses, , quando encontra um bonitão, você fala de trabalho? As vezes eu tenho vergonha de ser sua amiga. - o tom de Maite era tão bravo que ficou engraçado.

- Eu jamais ficaria com ele Maite, ele é um Cassillas e você sabe exatamente que não rola, mesmo ele apoiando meu irmão e blábláblá, não se confia em um Cassillas nem pra beijar na boca ou fazer uso do corpinho gostoso dele.

- Você é uma chata, credo! Não sei como te aguento, você precisa sair com alguém.

- Não preciso, preciso trabalhar e beber com os meus amigos, o segundo não vou conseguir tão cedo então...

- Que tédio de você María, tchau!

Maite desligou sem nem esperar resposta e eu continuei esperando, de gin fui pra água até meu celular tocar e o nome de Cláudio piscou na tela, eu gelei, fiquei assustada sem nem saber o porque, mesmo sabendo que ao final da reunião eu seria chamada.
Assim que desliguei o telefone, fui em direção a sala de reuniões, eu estava com uma sensação de que algo poderia dar muito errado, mas o que? Eu não tinha a menor ideia.
Quando entrei na sala encontrei Christopher e Cláudio sentados um de frente para o outro, o clima não estava pesado, na realidade, estava amistoso... até demais.

- Chegaram à uma conclusão? - perguntei realmente curiosa.

- Sim, Uckermann está na equipe. - Cláudio disse tranquilamente enquanto Christopher me encarava. - Vou acionar os outros advogados para realizarem as formalidades contratuais e você vai passar a conviver mais com ele, não confio nele e ele sabe disso, você é a pessoa que mais confio, então... nada mais justo, além disso, Christopher precisa ser visto com as pessoas da nossa equipe para validar tudo. - Cláudio disse como se estivesse explicando algo para uma criança, algo de errado estava acontecendo.

- Ok, mas eu realmente preciso conviver com ele? - fiz careta.

- Eu ainda estou aqui doutora, obrigada pelo carinho. - Christopher cantarolou e eu dei ombros.

- Será necessário e incontestável. Agora preciso ir para casa, é final de semana e eu ainda sou casado e tenho filhas. - Cláudio disse se levantando. - Obrigada pela conversa Uckermann, nos veremos em breve, espero não me arrepender dessa decisão. - Cláudio esticou a mão para cumprimentá-lo.

- Eu quem agradeço o voto de confiança! Nos veremos em breve. Pode ter certeza que não vou desapontar. - Christopher disse o cumprimentando .

- Tchau Dulce, se cuida, você vai voltar com Uckermann, qualquer coisa me ligue. - Assenti sem discutir, ele me deu um beijo na cabeça e se retirou.

Eu não estava entendendo nada, mas confiava cegamente em meu irmão, ele não faria algo para me ferir e ele não dá ponto sem nó.

Christopher estava me encarando como se estivesse me estudando muito interessado, aquilo me deixou absurdamente constrangida, eu mordi meu lábio inferior e o encarei de volta.

- Perdeu alguma coisa? - Perguntei.

- Não, me perdi nos meus pensamentos e você estava no foco do meu olhar, só isso. Vamos? - Ele respondeu e eu assenti arqueando a sobrancelha.

Christopher parecia desconfortável com alguma coisa, até o jeito de andar dele estava diferente.
Ficamos em silêncio até chegar no carro, Christopher abriu a porta do passageiro para mim e percebi que ele cruzou para sua porta pela parte de trás do carro e ele estava demorando pra entrar. Assim que fechou a porta ele respirou fundo e me olhou.

- Podemos jantar juntos hoje, Dulce María? - Christopher pareceu estar com vergonha.

- Claro, seremos amigos não é? - Ele assentiu e sorriu. - Para onde vai me levar?

- Estou em dúvida entre um restaurante no centro da cidade ou no shopping, ainda não sei, o que sugere? - ele disse enquanto ligava o carro.

- Pensei que fosse mais criativo Uckermann, fico imaginando onde você deve levar suas namoradinhas quando saem pra jantar. - Christopher revirou os olhos. - Vamos no restaurante, não gosto de shopping.

- Você quem manda... dessa vez.

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N/A: Cheguei, esse foi um pouco menor, vou tentar voltar mais tarde com outro.

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N/B: Beta dela aqui!!! 
Não gosto do Cláudio. 
Não vejo verdade no Cláudio. 
Acho o Cláudio incoerente. 
Torço para seu breve fim. 

Nada ConvencionalOnde histórias criam vida. Descubra agora