Capítulo 3

1.3K 113 53
                                    

Dulce María

Quando olhei para o celular de novo, já apontava 11h, olhei as mensagens e Christopher não tinha me avisado se tinha chegado em casa e eu muito menos.
Decidi ir tomar um banho, rezando para ele ter mudado de ideia e que eu não precise me esconder com ele em outra cidade e nem marcar uma reunião com meu irmão.
Assim que sai do chuveiro coloquei meu robe de cetim nude, fui até a cozinha, preparei um café, olhei meu freezer e agradeci por encontrar uma lasanha congelada por lá, eu realmente estava sem nenhuma condição de cozinhar.
Antes de preparar a lasanha, fui secar meu cabelo, aproveitei para passar meus cremes.
12h30 e eu estava na cozinha, observando o micro-ondas completamente perdida nos flashes da noite passada então meu celular apitou. Pensei que poderia ser Maite, que bizarramente ainda não tinha mandado mensagem e nem me ligado, mas a sorte não estava tão do meu lado assim.

Advogado Bonitão: Não me avisou quando chegou, fiquei preocupado, espero que esteja bem... tudo certo para hoje, não é? Te busco as 15h.

Beijo.

Eu li a mensagem pelo menos cinco vezes antes de sonhar em responder, porque além de tudo, eu não sabia o que falar... poderia desmarcar tudo, ué, fiz besteira e ele que se resolva com Cláudio sozinho.
A razão de estar assim? Eu realmente não sei, nem para os meus encontros furados eu ficava desse jeito.
Respirei fundo e ensaiei mil vezes o texto a ser digitado.

Advogada Gata: Tem certeza mesmo? Está realmente disposto? Vou te passar o endereço da cafeteira, nos encontramos lá as 15h, estaremos fora da cidade, é realmente mais seguro.

Até mais.

Eu não tinha ideia do que poderia acontecer lá, mas eu precisava ter certeza que Christopher queria sair das mãos do seu pai antes que eles conversassem.
Sem esperar a mensagem de resposta do Christopher decidi ligar para o meu irmão, eu precisava dar um norte a ele antes que só ligasse avisando, "Oi Cláudio, sabe Uckermann? Sim, esse mesmo, filho do Cassillas, quer bater um papo com você em meia hora, tudo bem?".

Cláudio atendeu rápido demais, eu não tive tempo nem de pensar no que falar, então, decidi enrolar o máximo que consegui.

- Oi irmãozinho, como estão as coisas? - tentei fingir a maior naturalidade possível.

- Oi Dulce, tudo vai bem, por que está me ligando em pleno sábado na hora do almoço? - seu tom era de quem não estava nada afim de falar.

- Estou bem, obrigada por perguntar. - Respirei fundo e falei de uma vez. - Bom, peço que desmarque todos os seus compromissos depois das 16h, talvez você tenha uma reunião importante, ontem encontrei Christopher von Uckermann e ele está pensando em abandonar seu apoio à Victor Cassillas, vamos nos encontrar em um café fora da cidade, preciso analisar as coisas antes de passar para você, mas acho que ele está sendo sincero, muito provável que esteja com medo dos processos e que seu pai seja condenado e ele acabe perdendo tudo que conquistou nesses últimos dois anos. - disse sem pausas e ironizando a última frase, Cláudio deu uma risada estranha e eu traguei a saliva que quase não tomou seu rumo certo.

- O menino realmente não perdeu tempo, eu sabia que ele poderia vir para o nosso lado, mas não imaginava que seria tão cedo, analise-o bem Dulce, preste atenção em tudo, como te ensinei, vou te mandar o endereço do hotel que sempre marco minhas reuniões desse tipo, confio em você. Agora preciso voltar para meu almoço, até mais.

Cláudio desligou sem ao menos esperar minha resposta, o micro-ondas apitou e me lembrou do almoço que estava lá, antes de pegar a lasanha mandei o endereço do café que iria ao Uckermann.
Quando olhei para o celular ele tinha mandado uma mensagem insistindo em vir me buscar, mas deixei claro que era melhor ainda não sermos vistos juntos e ele não insistiu mais.

Nada ConvencionalOnde histórias criam vida. Descubra agora