Capítulo 61

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Víctor Casillas

Mensagem recebida.

L.B: Estou fazendo o que pediu, estou atrás da sua menina.
L.B: Elas vieram para o MS e estão na porta da casa do menino, como quer que eu siga?

Mensagem enviada.

Boss: Um acidente. Um SUSTO. Não esqueça que a minha filha está junto!!

Mensagem recebida.

L.B: Feito.

Christopher von Uckermann

Eu quase não dormi durante a noite, meu dia estava um caos, minha cabeça só pensava em Anahí e Dulce longe de mim com a tal promessa de Víctor. Eu nem quis conversar com Alfonso sobre porque ele surtaria e mais um na minha cabeça não seria bom.

Tentei falar com Dulce o dia todo, mas nada feito. Anahí havia mandado uma mensagem a Poncho falando que tudo estava bem, que Dulce estava apenas cansada e estava dormindo, por isso que eu era ignorado.

Por volta das nove horas da noite, eu senti um frio na barriga e uma sensação muito ruim dentro de mim, tentei não pensar nisso, mas a primeira coisa que me veio a cabeça foram elas, Dulce e Any. Fui até um bar improvisado que eu tinha em minha sala e decidi tomar um uísque, talvez a queimação me ajudasse a tirar o foco.

Me direcionei até à varanda e acendi um cigarro, a sensação de medo aumentou, alguma coisa muito errada estava acontecendo, entre um trago e outro de cigarro meu celular tocou e o número não era de São Paulo.

- Alô? - Perguntei confuso.

- Doutor Christopher von Uckermann? - A voz era de uma mulher, parecia seria.

- Sim, quem fala? - A confusão aumentou ainda mais.

- Me chamo Ana, sou assistente social e falo do Hospital Regional Doutor José de Simone Netto. - A voz dela ficou distante e minha cabeça pesou. - Sua irmã sofreu um acidente e precisamos que você venha até Ponta Porã.

- Como ela está? Ela estava sozinha? Minha namorada viajou com ela... - Falei atropelando as palavras.

- Ela estava acompanhada, não posso falar mais do que isso, peço que venha urgentemente para cá. 

- Vou pegar o primeiro voo, obrigada. - Desliguei o telefone.

Eu estava tremendo, minha visão estava turva, Víctor foi capaz de causar o acidente antes do tempo, eu não tive tempo nem de agir em relação à isso. Como eu contaria isso a Poncho?

Peguei o carro e sai que nem um maluco direto para a casa de Alfonso, quantas multas eu tinha tomado? Inúmeras. Assim que estacionei meu carro, Christian estava lá, desde que as meninas passaram a ficar muito tempo longe, eles se aproximaram bastante, consequentemente viraram amigos, a cara de ambos era de quem já tinham recebido a notícia, Poncho estava chorando e Christian estava estático, como se tivesse travado naquela posição.

- Já sabem, não é? - Falei.

- Como aconteceu? - Poncho chorava muito.

- Lembra da primeira ameaça de Víctor? - Ele assentiu. - Ontem ele me ameaçou de novo. - Poncho levantou, me pegou pela gola da camisa e me tacou na parede.

- O que você fez? Me diz o que você fez! - Ele gritava desnorteado. - O que aconteceu com a minha noiva? - Uma mão me enforcava e a outra armada em um soco.

Nada ConvencionalOnde histórias criam vida. Descubra agora