Capítulo 33

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Dulce María

Eu tenho a plena certeza de que Christopher havia surtado.

Ele tinha acabado de sair e eu ainda estava sentada em minha cama, eu precisaria entender o que iria acontecer daqui pra frente.

Christopher estava trabalhando a pedido de seu pai. 

Christopher estava atrás de mim a pedido do meu irmão.

O que se tornava difícil de entender era a sinceridade que ele transparecia, mas eu precisaria continuar jogando com ele. Se eu surtar, seria pior. Ele saberia que tinha descoberto e aí, eu não poderia fazer nada contra ele e para minha sorte, enquanto isso eu passaria muito bem com aquele homem.

Fui tomar um banho e minha cabeça martelava com uma vontade de simplesmente explodir tudo, mas eu sabia que eu não deveria fazer isso, não agora. Eu ditaria as regras, isso facilitaria.

Fiquei uns 15 minutos procurando uma roupa e decidi o casual Dul e não o casual primeira dama, coloquei um shorts jeans, uma camiseta do Kiss e um tênis, decidi não usar maquiagem e prendi o cabelo em um rabo de cavalo, passei meu perfume, peguei meu celular e desci para esperar Christopher que, não demorou a chegar.

Assim que seu carro encostou, não dei tempo para ele pensar em sair, ele destravou as portas e eu entrei, o lugar estava com o cheiro de seu perfume e ele estava visivelmente nervoso.

- Para onde vamos? - Disse sem cerimonias.

- Oi, gatinha! - Christopher me ignorou completamente e se aproximou de mim. - Você vai ver... - Ele me colocou a mão na minha nunca e beijou de forma delicada, mas logo interrompeu. - Pronta? - Disse enquanto ligava o carro.

- Tô, né! - Dei ombros. - Vou precisar mandar minha localização em tempo real pra Maite? - Christopher riu.

- Não, Dulce María, não vou te sequestrar e te matar. - Ele disse soando óbvio. - Talvez possa ser considerado um sequestro, mas aí vai de você... - Deu de ombros.

Durante o caminho seja lá para onde, a trilha sonora ficou por minha conta, rock, reggae e até sertanejo rolou, eu já estava entendiada e não aguentava mais ficar no carro, já estávamos nessa por quase 1 hora.

- Christopher, a gente tá chegando? - Eu disse encostando a cabeça no vidro.

- Sim, estamos chegando gatinha. - Ele colocou a mão em minha perna e por reflexo eu a puxei para o lado. - Desculpe.

- Eu assustei, você me conhece. - Dei de ombros e peguei a mão dele. - E bem... eu não estou acostumada com - Fiz uma pausa enquanto entrelaçava nossos dedos. - esse negócio de carinho e tal. - Ele assentiu e sorriu sem graça.

- Preciso me lembrar disso. - Sorri.

Aquilo não era uma mentira, na realidade, era meia mentira. Eu não estava acostumada com essas coisas, mas esse tipo de coisa me fazia lembrar que ele estava sendo fofo e carinhoso por algum acordo com meu irmão.

- Christopher, eu tô com fome. - Ele riu. - Eu tô falando sério, a gente não vai chegar nunca? - Eu estava realmente brava.

- Na verdade... - O carro foi perdendo a velocidade. - Chegamos, mas precisamos caminhar um pouquinho.

- Caralho! - Suspirei revirando os olhos.

- Prometo que vai valer a pena, nervosinha. - Disse enquanto estacionava.

- É o mínimo que eu espero.

Assim que ele parou o carro comecei a prestar atenção no lugar, estávamos em uma cidadezinha turística, eu já tinha vindo aqui algumas vezes com a minha família quando não tínhamos planos, o por quê ele me trouxe aqui? Só ele e Deus sabem, não tem muita coisa pra se fazer aqui.

Enquanto eu analisava a nossa volta, Christopher foi até o porta-malas e pegou um cooler, dois blusões e uma coberta, aquilo fez menos sentido ainda. 

- Por que porras? - Apontei para o cooler e ele riu.

- Você disse que estava com fome e tal. - Deu de ombros.

- Sim, mas tem vários restaurantes e lanchonetes aqui. - Comecei a apontar o que estava próximo.

- Só que, não vamos ficar aqui, Dulce María. - Arqueei a sobrancelha. - Vem. 

Christopher esticou a mão e eu encarei aquilo por alguns segundos, estiquei minha mão meio relutante e ele as entrelaçou. Uckermann começou a nos guiar para um lugar que parecia uma trilha, mas era nítido que era pequena demais e muito fácil de caminhar.

- É aqui que você vai me matar, não é? - Eu fiz uma cara de assustada.

- Descobriu cedo demais, Saviñon. - Ele tentou fazer cara de mal, mas falhou miseravelmente. - Tem bastante lugar para desovar seu enorme corpo. - Falou com um tom de ironia.

- Sorte a sua que eu sou pequenininha e fácil de carregar. - Joguei os ombros numa espécie de dancinha.

- Chegamos.

Christopher soltou nossas mãos e quando prestei atenção, minha boca abriu em espanto. Era lindo. Estávamos em uma cidade alta, então a vista era absurda, tinha muitas árvores e muitas flores, com certeza isso aqui era cuidado com frequência. Havia também alguns banquinhos improvisados de troncos e um balanço em uma das árvores.

- O que achou? - Uckermann me olhava com um sorriso no rosto.

- Isso é tão... Nossa, sério... É lindo. - Eu estava encantada com o lugar.

- Dulce.... Eu estava falando do lugar e não de mim! - Virei um tapa em seu braço. - Aí!!! Eu entendi, calma aí. - Falou enquanto esfregava o lugar em que eu bati.

Ele começou a arrumar as coisas que havia trazido, abriu o cooler e tirou um lençol que esticou no chão e começou a tirar um verdadeiro banquete de lá, ele tinha pensado em tudo... Eu poderia ter ficado balançada com isso se estivéssemos em outra situação.


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N/A: Volteeeeeeei!

Será que agora a Dulce se rende?

E o Chris... ta aprontando o que?

Comentem e votem!

Jaja eu volto com mais nesse dia vondy <3

beijinhosssssss :*

PS: NO PROXIMO CAPITULO OUÇAM A MÚSICA PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!

Nada ConvencionalOnde histórias criam vida. Descubra agora