Dulce María
Os meninos saíram para falar de trabalho e me deixaram com Anahí, o que foi ótimo.
Anahí estava absurdamente agitada, ela não parava de falar e pular, o que me assustava um pouco, Maite era mais contida e eu era a desbocada, aquilo me mostrava que a amizade com ela seria ótimo pra minha sanidade mental nesse meio tempo que conviveria com o irmão dela.
Enquanto eu falava com Anahí sobre todas as coisas que passamos na escola, tentei por algumas vezes ouvir o que Alfonso e Christopher conversavam, mas nada feito, logo desisti e foquei inteiramente na conversa com o furacão a minha frente.
- Vamos por partes Anahí, me conta o que aconteceu com você depois que fomos obrigadas a cortar todo tipo de relação? - Perguntei cheia de curiosidade.
- Any, cunhadinha, Any! - Assenti rindo. - Depois que Cláudio saiu contra meu pai, eu fiquei ainda mais sozinha, todas as meninas que eu conhecia eram de famílias que apoiavam seu irmão. - Deu de ombros. - Então, decidi fazer faculdade fora da cidade. - Respirou fundo. - Eu queria mesmo fazer moda, mas era mais viável ajudar a família, então, fiz jornalismo, não vou negar, eu amei o curso, pretendo mais pra frente focar na moda, quando Poncho tiver mais estável com Christopher. - Ela disse com um verdadeiro sorriso no rosto.
- Realmente, muito mais sua cara do que política. - Ela riu sincera. - E você e Poncho? Como aconteceu? - Essa eu fazia questão de saber.
- Sei que vocês saíram uma vez. - Assenti sem graça. - Mas passou e tá tudo certo. - Ela sorriu sincera. - Depois que o Chris decidiu por livre espontânea vontade entrar pra política... - Senti uma leve pontada de ironia em sua voz. - os meninos precisaram tomar um jeito, esconder o tal passado deles. - Ela deu de ombros.
- Realmente, aquilo era assustador. - Nós duas rimos.
- Alfonso e Christopher entraram em acordo, fecharam o escritório que eles tinham acabado de abrir e Christopher saiu deputado, assim, ele ia precisar de um assessor e você sabe que o chefe de gabinete precisa ser seu braço direito e a pessoa que você confia, certo? - Concordei com a cabeça. - Alfonso era a pessoa, eles são amigos desde sempre, então, o passado dos dois foi apagado...
- Inclusive...
- Sim, o acidente, a sorte é que não teve nenhum ferido, só uma loja destruída. Alfonso precisava restaurar a imagem, já que a de Christopher seria facilmente refeita, sei que ele se aproximou de mim sabendo da quedinha que eu tinha por ele desde a época da escola. - Anahí sorriu tímida. - E eu caí no papo dele. - Deu de ombros e piscou.
- Anahí, você é...
- Um gênio! Christopher acha que Alfonso de apaixonou por mim porque eu cresci e Alfonso acha que eu não sei dessa história, mas não sou burra, o que importa na verdade, é que hoje ele é apaixonado por mim e me daria o mundo se eu pedisse. - Any sorriu sincera.
- No começo, saber dessa história não te incomodou?
- Vou ser sincera, muito! Sei que eu era o alvo perfeito e fácil. Bonita, comportada, caidinha por ele e irmã do melhor amigo, vinda de uma família cheia de políticos, isso ia ficar lindo no currículo dele. Só que eu soube mexer os pauszinhos à meu favor. Sei que eu joguei tão sujo quanto ele, mas o que importa é que no final das contas, vamos casar em junho. - Ela piscou de novo pra mim.
- Justo. Só que Any... - Encarei ela. - Por que contou tudo isso de cara pra mim?
- Não sei, gosto e confio em você. Independente de tudo, você é mulher e entende meu lado. Não vai contar pra meio mundo e eu posso facilmente virar a história. - Ela sorriu debochada. - Agora, me conta de você! - Anahí pareceu empolgada.
- Quando a gente ainda estava no colégio, eu sonhava em ser advogada da área penal, então, fui para a faculdade de direito, só que como você sabe, nem tudo anda a nosso favor. - Sorri para ela. - Logo no começo, meu irmão me colocou para estagiar com os advogados dele, eu aprendi tudo e mais um pouco. - Encarei o chão, tentando pensar em como prosseguir. - Foi quando seu irmão saiu candidato e o resto é história. - Eu ri, mas Anahí ainda me encarava seria. - O que foi?
- Você. - Apontou para mim. - Logo você, não gosta de política? Dulce María... - Anahí semi cerrou seus olhos e eu quis me esconder ali mesmo.
- Eu gosto! - Armei minhas mãos em rendição. - Só que eu queria seguir na área criminal. - Dei ombros. - Estou feliz no escritório, cercando seu irmão. - Ela riu.
- Cercando bem de perto né? - Any sorriu sugestiva.
- Agora... Digamos que sim! - Não contive o riso, porque era literal.
- Me conte sobre sua vida amorosa e sobre Christopher... Ele é um chato e não me conta nada. - Any fez beicinho.
- Não tem o que contar, na verdade. Christopher pediu asilo ao meu irmão e sobrou pra eu cuidar dele... Em um jantar em casa, ele fez brigadeiro, me puxou para dançar e me beijou. - Falei enquanto deitava no chão.
- Ponto para o tapado, soube como puxar um primeiro beijo. - Anahí deitou ao meu lado. - E antes dele Dul? Lembro de um namorado no último ano da escola...
- Não gosto de falar sobre isso Any, mas foi algo que me magoou muito, por isso não saía com ninguém mais de uma vez. - Disse séria, era um assunto que eu odiava tocar.
- Desculpe... Deveria ter imaginado. - Anahí estava sem graça.
- Imagina! Fingimos que não aconteceu. - Pisquei e ela sorriu.
- Agora... Que tal a gente xeretar a vida do povo que estudou com a gente? - Anahí parecia uma criança.
- Vamos!! - Topei na mesma hora, ia ser divertido.
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N/A: Oi zenti!
Um pouquinho mais de Portiñon... O que acharam da história Ponny?
Os meninos dessa história são todos muito devagar!
Anahí contou pra Dulce a história por confiança? Ou para mostrar pra ela que independente de tudo, o amor vale a pena sim?Comentem, votem e eu volto!
beijinhosssssss :*
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Nada Convencional
Fanfiction+18 | FINALIZADA | Aos 24 anos, Dulce María estava totalmente desacreditada sobre o amor, tinha sofrido uma desilusão adolescente que a traumatizou totalmente, por mais banal e idiota que seja, ela nunca mais se abriu pra ninguém e desistiu de ter a...