Capítulo 14

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Christopher von Uckermann

Quando sai da casa de Víctor já era quase 18h, fui direto para meu apartamento, tomei um banho, me troquei e sentei no sofá, me forcei a sair de casa apenas quase no horário combinado, eu não poderia chegar lá antes. Ainda mais depois da conversa desastrosa que tive com meu pai.

Assim que cheguei ao apartamento de Dulce, o porteiro dela parecia mais uma vez chocado, já estava ficando engraçado as caras que ele fazia quando olhava pra mim, o cara era realmente curioso.

Quando cheguei no andar de Dulce minhas mãos começaram a suar, eu estava nervoso, de novo. Eu já não aguento mais a sensação e não tinha nem tanto motivo assim, eu só teria de enrolar ela na história com Anahí, que na realidade sempre soube de tudo e isso não era motivo de pânico.

Toquei a campainha e ela abriu a porta, descalça e linda, muito linda, Dulce ficou me encarando por alguns segundos, como se estivesse me estudando, até que eu rompi o silêncio.

As coisas com Dulce estavam caminhando bem, ela estava realmente comovida com tudo que estava acontecendo, isso era bom, o que não era NA-DA bom é que me senti tão a vontade com ela (como eu fico na casa dela) que falei demais e por muito pouco não falei mais do que o necessário. Tinha uma vantagem, o que eu falei sobre Anahí e Víctor, fez ela se abrir para mim também, tirando todo o brilho de família impecável dos Espinoza Saviñon e isso era muito bom.

Esperamos os hambúrgueres tomando cerveja, fumando e jogando conversa fora, falamos de música e da cena em que peguei a Dulce dançando na cozinha e ela quase me matou com um grito.

A comida chegou e eu estava realmente faminto, dessa vez quem desceu para pegar, fui eu e mais uma vez o olhar estranho do porteiro dela me atingiu e quando subi a mesa da varanda estava arrumada com os pratos e os copos com refrigerante. Dulce não bebia álcool enquanto estivesse comendo e eu a acompanho, ganhando pequenos pontos com ela.

- Dessa vez foi você quem surpreendeu com o local em que vamos comer. – Falei colocando as embalagens em cima da mesa.

- Você pegou comida pra quantos? Chamou mais gente e não me avisou? – Dulce falou deixando sua voz aguda e arqueando a sobrancelha.

- Eu disse que estava com fome mocinha. – Dei de ombros e ela riu.

Nos ajeitamos e tirei duas porções generosas de batata com cheddar, 4 lanches grandes e os olhos de Dulce pareciam que iam sair do seu rosto, assim que terminei de tirar todos os molhos possíveis, sentamos e ela estava meio assustada como se tivesse com medo de comer e eu estava quase comendo meus dedos, até que eu ouvi um som que me deixou atordoado... o gemido de Dulce ecoou na sacada e dessa vez, meus olhos iam saltar do meu rosto.

- Puta que pariu, Uckermann! – disse entre uma mordida e outra com uma voz bizarramente sexy. – Isso aqui é maravilhoso! Eu poderia ter tranquilamente um orgasmo com isso. – Dulce se assustou com as próprias palavras e eu gargalhei, o rosto dela começou a corar instantaneamente, ela parecia um pimentão enquanto eu ria. – Desculpa, é que isso aqui está realmente muito bom. – ela disse sem graça.

- Ora ora, Dulce María é tímida. – Ela revirou os olhos. – Não precisa se desculpar, nem ter a reação que desencadeou minha gargalhada, somos amigos não? Eu ainda vou falar muita porcaria pra você. – Dei de ombros e ela sorriu.

- Você já fala muita porcaria Christopher, agora me deixa comer em paz, depois a gente conversa, porque isso aqui está incrível. – Assenti rindo.

Dulce era pior do que criança comendo, a boca toda suja de molho, um caos. Teve um momento que eu parei de comer para a observar, eu estava adorando a cena.

Assim que terminamos de comer, Dulce parecia está mais do que satisfeita, só que tinha alguma coisa ali que não me deu muita confiança nisso.

- O que você quer Dulce María, fale! – Ela riu.

- Nada, ué. – disse forçando indiferença.

- Fala, Dulce María, você que algo, o que é? – me ajeitei na cadeira tomando um gole de cerveja.

Dulce olhou para o chão de uma forma divertida, parecia uma criança.

- Olha, pra ser sincera, eu queria um doce. – Fez beicinho. – Um docinho bem pequenininho.

Eu não aguentei e gargalhei, ela comeu os dois lanches e a batata, agora queria um doce.

- Ok, tratorzinho. Que doce bem pequenininho você quer? – Dulce deu de ombros. – Pode ser qualquer um? – Ela assentiu

Por algum motivo, que eu não sei qual, eu me senti na obrigação de agradá-la.

- Bem, então vamos para a cozinha. – Ela arqueou a sobrancelha. – Vou fazer um brigadeiro, ué.

- Christopher von Uckermann sabe usar um fogão? Olha só! – começou a aplaudir.

- Cale a boca ou vai ficar sem brigadeiro. – Ela revirou os olhos. – Sua única função é colocar as coisas na bancada e colocar uma música boa, eu me viro com o resto.

- Sim senhor, Capitão. – Dulce bateu continência.

Dulce colocou tudo no balcão e eu comecei a preparar a receita mais difícil já inventada por alguém, ela colocou algumas músicas que eu já ouvi em filme, ela sentou na bancada enquanto cantarolava e chacoalhava as pernas no ritmo da música, ela era afinada, cantava muito bem. Assim, que terminei o brigadeiro, coloquei em prato e foi direto pro freezer e logo em seguida outra música estupidamente conhecida ecoou, My Girl e no automático estiquei minha mão para Dulce, ela pensou que era só uma ajuda para ela descer, mas eu a travei em meus braços e começamos a nos movimentar.

- Você ta maluco? – disse tentando sair.

- É só uma dança enquanto seu brigadeiro esfria.

- Uma dança, Uckermann. – Ela bufou e revirou os olhos.

Não seria ruim me relacionar com alguém que dança e canta muito bem, tem cabelos lindos, uma personalidade ímpar, um sorriso encantador e cheira a Chanel nº 5. Não seria nenhum pesadelo.


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N/A: Christopher é realmente um bom moço?

Ou ele realmente é do lado negro da força?

Façam suas apostas!
Comentem e votem muito.

beijinhos.

N/B: Beta reader dela aqui!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Esse capítulo me fez sorrir do início ao fim, essa delicadeza de my girl na soundtrack é para aquecer qualquer coração. Ansiosa por mais!

xoxo 

Nada ConvencionalOnde histórias criam vida. Descubra agora