Capítulo 51

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Dulce María

Eu ainda não conseguia acreditar no que eu tinha feito, maldita seja a madrugada, a tequila, o vinho e a vodca. Não valia nem a pena apagar, ele já tinha visualizado e tinha visualizado antes das sete horas da manhã.

- Por que, meu Deus? Por que comigo? - Esbravejei andando em direção a sala. - Acorda! - Cutuquei Anahí e Maite. - Vamos! As duas! Precisamos trabalhar!

- Pelo amor de Deus! O que está acontecendo aqui? - Anahí se remexia no sofá.

- Dulce acorda cedo quando está de ressaca e agora deu para acordar os outros! - Maite esbravejou dessa vez.

 - Vocês me fizeram encher a cara! O pior aconteceu, então todo mundo pro chuveiro e bora trabalhar! - Comecei a bater palmas e depois as puxei.

- Aí aí aí aí! Ta bom, só explica o que aconteceu... - Anahí disse levantando toda torta e descabelada.

- Depois! Anda! - Falei apontando pra escada.

- Dulce, não são nem nove horas da manhã... - Maite disse tentando deitar de novo.

- Não quero saber! Às nove e meia quero  as duas aqui embaixo! Vamos! - Puxei Maite novamente.

Enquanto elas subiam para tomar banho, comecei a juntar as garrafas espalhadas pela sala e cozinha, joguei todas fora e acendi um cigarro. Eu estava em pânico.

- Não foi nada demais, Dulce, nada demais. - Falei enquanto colocava o lixo para fora. - Todo mundo faz não é? - Respirei fundo. - Ok, eu nunca tinha feito isso... Mas tem uma primeira vez para tudo, não é? Estamos no lucro, quem não passou essa vergonha, ainda vai passar.

Entrei em casa novamente e terminei de fumar em paz, ouvi um burburinho lá em cima, isso queria dizer que elas já tinham tomado banho, agora era a minha vez.

Quando subi ouvi de relance Maite reclamando e Anahí rindo baixinho, aquelas duas ainda iam me dar muita dor de cabeça, mas iam me divertir horrores.

Depois que eu tomei meu banho, coloquei um shorts de moletom, uma regata preta e desci. Mai estava terminando de passar pano no chão e Anahí estava organizando as mesas. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa para elas, senti meu celular vibrar e Uckermann apareceu no visor.

Uckermann: Preciso te ver, preciso de você, chego meia noite! Volte para a cidade e me encontre no meu apartamento.

A cara de pau de Uckermann foi absurda, encarei o celular tentando entender a ousadia, mas logo lembrei que eu dei total liberdade com o ocorrido de madrugada, o que me restou foi agir como se nada tivesse acontecido.

Gatinha: Por que eu faria isso?

Uckermann: Você me quer o quanto eu te quero.

Uckermann: Esteja lá.

Guardei meu celular e decidi que hoje eu iria focar apenas nos papéis e se fosse para voltar, focaria nisso só a noite.

- Meninas, vamos nos dividir, ok? - Elas assentiram.

- Dul, acho melhor você ficar com as pastas de Víctor por ser advogada...

- E você de Cláudio por ser jornalista!

- Exatamente! - Any falou batendo palmas.

- E eu? - Maite falou cruzando os braços e fazendo beicinho.

- Você pode me ajudar, eu tenho muita coisa pra ler. - Fiz carinha de triste e ela riu.

- Não! - Eu e Maite encaramos Anahí assustadas. - Maite vai caçar na vida de Christopher, vou te mostrar que não tem nada ali! - Any sorriu vitoriosa.

Nada ConvencionalOnde histórias criam vida. Descubra agora