Capítulo 46

832 78 43
                                    

Dulce María

Quando Cláudio pediu para que eu escondesse todo o esquema de quebra de verba em sua campanha eu tive um estalo muito grande, a primeira coisa que eu decidi fazer foi viajar, agora... Para onde? Só Deus saberia.

Assim que Cláudio saiu do meu escritório respirei fundo algumas muitas vezes e decidi partir para um plano suicida.

Interfonei para Melissa, pedi para que ela transferisse toda a minha agenda para o novo advogado da equipe, eu não tinha noção de quando voltaria e pedi para que caso entrasse algum caso novo, fosse marcado para daqui 2 semanas - mesmo eu não tendo certeza se voltaria.

Organizei toda a minha sala, deixei todas as pastas com fácil acesso caso Guilherme viesse buscar, peguei algumas pastas necessárias e saí de lá o mais rápido que consegui direto para o meu prédio.

Subi direto para meu apartamento, eu estava praticamente correndo, puxei algumas malas do guarda-roupas e as joguei na cama, passei a puxar minhas roupas, dobrando bem de qualquer jeito, eu precisava ganhar tempo e não poderia encontrar ninguém no meio do caminho. Enquanto eu tentava ajeitar minhas malas, minha cabeça começou a processar algumas situações. Eu não poderia ir sozinha, eu precisaria de ajuda, mas ninguém seria louco o suficiente de largar tudo e correr comigo, à não ser Maite, ela poderia não sair junto comigo, mas iria no dia seguinte com certeza.

Coloquei minhas malas na sala e comecei a guardar meus eletrônicos, peguei um celular antigo para eu fazer uso do GPS, porque eu precisaria deixar meu celular desligado, assim que eu chequei tudo, peguei meus documentos e desci, quando cheguei à garagem, meu porteiro estava lá, provavelmente ele estava chegando. Joguei as malas de forma atrapalhada em meu porta-malas e liguei para Maite que prontamente me atendeu.

- Amiga, preciso da sua ajuda, estou indo viajar e preciso que me encontre lá. - Despejei tudo de uma vez.

- Olá Dulce, também estou morrendo de saudade de você, como está? - O deboche na sua voz era nítido.

- Maite, eu estou saindo do prédio agora, você me encontra? - Fingi que não tinha ouvido.

- Às pressas? - Agora Maite estava confusa.

- Às pressas!

- Ok, Dulce, pra onde e por quanto tempo? - Ela tentava manter a calma.

- Ainda não sei, só vem comigo, eu preciso de você e o principal, você não sabe nada de mim, pra onde eu fui, como e com quem, avise isso a Christian também, ninguém pode sonhar que vocês sabem. - Minha voz saiu um pouco trêmula.

- Tudo bem, vou ajeitar tudo no trabalho, avisar Chris e vou te encontrar entre hoje e amanhã, se cuida por favor, eu te amo muito! - Seu tom era de preocupação e muita dúvida.

- Obrigada por sempre, eu te amo.

Desliguei a ligação e logo em seguida o aparelho, entrei no carro e sentei no banco do motorista, respirei fundo várias vezes, eu ainda não tinha ideia de para onde eu iria, então, fui direto ao posto de gasolina, enchi o tanque, comprei algumas besteiras e muito cigarro. Quando eu paguei tudo, uma lâmpada acendeu em minha cabeça. Entrei no carro e mandei mensagem para Maite.

Dul: bitch on the beach.

Mai: here we go, see u soon.

Eu já estava saindo do posto quando me lembrei dos papéis de Cláudio, na realidade, esse era um dos motivos que estavam me fazendo sair da cidade.

Little Candy: Meus documentos estão prontos?

Themonio: Sim, no escritório com Guilherme.

Little Candy: Pede para deixarem na portaria, passo em 5 minutos para retirar.

Themonio: Ok.

Em 10 minutos eu tinha chegado ao escritório de Cláudio e a papelada estava toda em três pastas, assim que peguei tudo, joguei no banco de trás e fui direto para a casa de praia em que eu e Maite ficávamos quando nos conhecemos. Hoje em dia aquela casa é minha, mas deixei no nome de Christian, sempre que eu queria me desligar, era para lá que eu ia.

***

A viagem não demorou mais do que 2 horas, aquela casa ficava em frente ao mar, era uma praia deserta, que eu e Maite descobrimos logo que nos conhecemos.

Parei meu carro dentro da garagem para que ninguém o visse, retirei todas as coisas dele, deixei a mala do notebook na sala e subi com as minhas malas de roupas para o quarto, ajeitei tudo meio por cima, coloquei meus produtos de higiene pessoal e me toquei que não tinha comprado comida, apenas besteiras, então fui direto para o mercadinho andando já que ficava ali perto comprar apenas algumas coisinhas para hoje e pediria a Maite para trazer o resto.

Enquanto eu escolhia qual seriam as compras de hoje, decidi ligar meu celular para falar com Maite, não demorou muito para as chamadas perdidas de Christopher aparecerem na tela, me fazendo revirar os olhos, quando eu ia abrir os contatos para procurar o de Maite, meu celular passa a vibrar em minha mão e o nome dela brilhou na tela.

- Oi gatita, estava indo te ligar. - Falei animada. - Você pode passar no mercado, por favor, estamos sem comida. - Fiz beicinho como se ela pudesse ver.

- Dulce, Anahí está na minha frente. - A voz de Maite estava aflita e eu praticamente a vi com seus olhos arregalados.

--

N/A: Planeta Tierra, cómo están? Lo logramos!

Estavam com saudades da nossa menina Dulce?

Agora vamos começar a entender tudo o que tem se passado.

Quais são suas apostas?

Comentem, votem e eu volto!

beijinhossssssss :*

Nada ConvencionalOnde histórias criam vida. Descubra agora