Um spin-off de "A calmaria do furacão"
Violeta Maybank Hall: "Querido eu não sou frágil como uma flor, sou frágil como uma bomba!"
Dylan Maybank Hall: "O que não te desafia não te transforma!"
Não se esqueçam de votar e comentar bastanteeeee porque é nosso casal 20 que chegooou!
Por Blue.
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O silêncio dentro daquele carro é mortal. Eu sempre gostei de muito barulho. Gargalhadas altas, vozes sobrassaindo uma das outras, música estourando pelos altos falantes e estar com meus amigos seja lá onde for. Porém agora parece que tudo se transformou em areia. A única coisa possível de se escutar é as rodas do veículo passando pelo quebra-molas que há pelas ruas e as respirações profundas de ambos os dois presentes nos bancos. Também consegue-se ouvir as batidas do meu coração como se transbordassem nos tímpanos. É um momento de muita tensão.
Então, derrepente, apenas os sons dos meus passos apressados e deu batendo a porta do carro com força são escutados quando paro de dirigir o carro, parando em frente de casa. Não consigo dizer uma sequer palavra. Sinto que, se eu fizesse qualquer movimeto brusco que normalmente seria inofensivo, eu literalmente iria explodir.
— Amor, por favor, fala comigo? — Ele começa. Eu ignoro.
Meu corpo atravessa a porta depois de aberta e vou direto pra sala, onde tiro meu tênis e solto os cabelos.
— Blue. — Insiste. É um passe para eu me virar bruscamente e encara-lo.
— O que foi?
— Eu quero que você converse comigo. — Diz tenso. Ele sabe a gravidade da situação.
— Conversar o que, JJ? — Percorro os dedos dos próprios fios de cabelo, num ato de nervosismo. — Você tem noção do que tá se metendo?
— Eu... — Tenta mais o interrompo.
— Isso não é um jogo de casinha, JJ! — Explodo. — Você sumiu por dias, dias! Ninguém me procura pra falar sobre você, pra me tirar desse escuro que eu fico toda vez que alguma coisa acontece e quando eu finalmente tenho notícias suas, eu descubro que você foi preso e se meteu numa briga que só não te mataram porque Kiara colocou fogo no telão do cinema! O que me faz lembrar exatamente de alguns anos atrás, quando que por incrível que pareça você cometeu a mesma burrice. O que você quer que eu fale? — As lágrimas escorrem á medida que falo e gesticulo. Consigo ver a dor em seus olhos mas sei que errar é humano e persistir é escolha.
— Eu não sou mais criança, Blue. Eu consigo me virar. — Mais uma vez, se esforça para manter a postura dura e não desabar assim como eu. Minha risada irônica ecoa pela sala.
— Você não é a porra de um super-herói. Essas pessoas são perigosas. Não entende que dinheiro compra qualquer coisa? Inclusive sua cabeça? — Balanço o rosto em negação. — Não faço idéia de onde você estava com a cabeça para se meter em briga com um traficante. Eu realmente não entendo como você não aje como adulto na maioria das vezes e depois quer ser tratado como.
