Desculpem pelo sumiço, aconteceram algumas coisas e alguns problemas...
Obrigada pela paciência e espero que gostem do capítulo.
❤️❤️Sarah Lockhart
Meu corpo estava dolorido demais, já tinha tentado ficar limpa algumas vezes e sabia que essa era a parte mais difícil.
Eu iria começar a ficar agressiva, iria ter náuseas e vômitos, iria suar tanto que pareceria que eu estava correndo uma maratona e a tremedeira.
As primeiras horas e dias eram horríveis, eu nunca passei do segundo dia, sempre voltava para as drogas depois.
Estou deitada na cama em posição fetal, ficar parada e deitada desse jeito geralmente fica melhor de passar por isso.
Eu ouço um som vindo da porta e nem tento me virar para ver quem é, a pessoa da a volta na cama e vejo Lily com um sorriso calmo.
-Você vai vomitar tudo que comer.- ela explica.- Então eu arrumei um soro.- vejo tudo aquilo.
-Que ótimo.- engulo em seco enquanto ela acha uma veia para a agulha.
-Me fale sobre como isso começou.- ela fala calma.- Tenho certeza que você não queria estar envolvida com drogas assim.
-Meus pais morreram.- encaro o teto.- É um motivo bom.
-Como eles morreram?- ela passa uma fita médica pela agulha.
-Acidente de carro.- balanço a cabeça.- Morreram na hora, acho que isso foi bom até.
-Pronto.- ela apoia o soro no alto da cama.- Quer assistir um filme?
-Com certeza você tem algo melhor para fazer.- falo séria.
-Eu queria ir em um spa, mas vamos deixar isso para quando você ficar melhor.- ela espanta a ideia com a mão e pega o controle.- Gosta de comédia?
-Gosto.- assinto.
Ela sorri e começa a escolher, fico pensando em tudo que ela está fazendo por mim e nem me conhece.
Sempre passei por esses momentos sozinha, sempre tive que me desintoxicar sozinha, e deve ser por isso que sempre eu voltava a usar.
Mas agora tinha Lily, acho que ela estava empenhada em me deixar sóbria e isso devia envolver também me amarrar na cama.
Lily parecia o tipo de pessoa que se empenhava em deixar as pessoas ao redor confortáveis e bem com a companhia dela.
Nunca tive uma amiga de verdade, minha vida na escola foi conturbada e não completei a faculdade de fotografia que comecei.
Então isso dizia muito sobre como minhas amizades deviam ser, e agora eu tinha uma sensação de que eu queria ter Lily como amiga.
-Se você quiser sair, não tem problema, sabe disso, não?- pergunto baixo por causa do filme.
-Vou deixar para sair quando você estiver sóbria.- ela sorri para a TV.
-Mas, tipo, se você quiser sair para ficar sozinha com outra pessoa...- eu mexo a mão.- Eu também posso sair por um tempo se você...
-Não, não.- ela sorri.- Ele não vai vir mais aqui.- ela suspira parecendo triste.
-Aconteceu algo?- levanto as sobrancelhas.
-É...confuso.- ela tenta sorrir.- Ele é mais velho.
-Não é bem algo que atrapalhe.- sorrio e ela ri.
-Claro que não, ele ainda é bem...- ela cora.- Mas é bem mais confuso.
-Se não quiser falar sobre isso...- eu percebo que estou invadindo a vida dela.
-Não, até que é bom falar sobre isso com alguém.- ela me acalma.- Só não conte para Andrew, ok?
-Ok.- assinto.- Claro.
-Então, ele...- ela se vira para mim.- Como eu falei, ele é mais velho.- ela mexe a mão.- E eu não via ele desse jeito até uma semana atrás...
-Espere.- a encaro.- Está dizendo para eu não contar a Andrew por que ele conhece o tal homem?
-Sim.- ela suspira.
-Ok, pode continuar.- fico curiosa e ela ri.
-Eu trabalho em um hospital grande, e nesse dia eu estava na emergência, nem estava pensando em nada, e ele chegou...
ꕥ
Andrew Hunt
Aperto a campainha de Lily várias vezes e espero que ela atenda antes de eu ficar encharcado com a chuva.
Continuo apertando sem paciência e ouço as reclamações dela enquanto bem na minha direção, observo ela pelas janelinhas.
-O que?- ela abre a porta.
-Não vai me convidar para entrar?- levanto as sobrancelhas.
-Não, estou gostando de ver você brincando de ficar com raiva.- ela sorri e eu bufo.- Entre logo.
Eu passo por ela e tiro meu casaco e o blazer com rapidez, olho envolta e vejo que ela estava fazendo pipoca.
-Como ela está?- pergunto curioso.
-Em abstinência.- ela comprime os lábios.- Mas ainda é legal de conversar.
-Posso ir lá em cima?- cruzo os braços.
-Claro, mas agora ela está um pouco agressiva...
-Eu consigo lidar com um pouco de agressividade.- começo a subir as escadas.
A casa de Lily era média, ela sempre quis sair de casa e quando entrou na faculdade e começou um estagio no hospital se mudou.
A casa dela era bem perto do hospital e era aquela casa normal de dois andares e luxuosa com a decoração.
Minha mãe tinha ajudado ela a decorar e eu sofri de perto tendo que carregar coisas pesadas e enormes com meu pai para cima e para baixo.
Abro a porta do quarto em que ela está e vejo que está assistindo TV e com um soro na veia apoiado na ponta da cama.
-Como está?- fecho a porta atrás de mim.
-Bem.- ela fala irônica.
-Seu apartamento foi vasculhado pelos caras do espanhol.- observo ele.
-Bem, lá não tinha nada de valor.- ela fala com calma.
-Eu pesquisei você.- encosto o corpo na parede.- Desistiu da faculdade...
-Eu não tinha mais dinheiro.- ela me encara.
-Se quiser, quando ficar melhor, pode voltar para a faculdade.- tento ser amigo dela.- Encontrar um emprego...
-Sabe quantas gente emprega pessoas com passagem com traficantes e polícia?- ela levanta as sobrancelhas.
-Estou tentando ajudar você, Sarah.- falo sério.- Você tem várias opções.
-É melhor você ir embora, não estou no meu melhor humor.- ela suspira olhando para o filme na TV.
-Qualquer coisa pode mandar Lily me chamar.- eu toco a maçaneta.
-Eu sei.- ela fala mais amigável.
-Qualquer coisa que precisar...
-Eu sei, Andrew.- ela me encara.
Ela nunca tinha falado meu nome mesmo, observo os olhos dela e vejo aquele tom escuro me puxando como se eu estivesse afundando.
Algo acontece que ela desvia rapidamente o olhar e eu percebi que ela também sentiu algo, mas tenho que me lembrar de uma coisa: ela é só uma informante.
Já tinha me envolvido com algumas informantes e não acabou bem, elas sempre me traiam passando as informações erradas.
Sarah era problemática e viciada de um jeito ou de outro, então eu sabia que essa história não tinha futuro, por isso era melhor nem começar.
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Deveres De Um Mafioso - Livro 3
RomanceAndrew Hunt vive uma vida boa e comanda uma das maiores máfias da costa oeste em LA, a máfia Ballard-Hunt. Porém quando ele faz vinte e seis, os sócios começam a pressionar Andrew por uma esposa, um casamento. Ele tem deveres com a máfia, com suas i...