Sarah Lockhart
** 42 dias de vida **Estou nervosa por estar aqui, nunca na minha vida eu fui em uma psicóloga, nem mesmo quando meus pais morreram, então estou bem nervosa.
-Sarah?- a porta abre e olho rapidamente para ela.
-Oi.- sorrio me levantando.
-Pode entrar. Sinta-se a vontade.- ela abre espaço e entro.
É uma sala bem aconchegante, me sinto bem ali dentro, então senti em um sofá e coloco a bolsa ao meu lado.
Ela pega um caderno e uma caneta vindo na minha direção, então senta em uma poltrona na minha frente e ficamos nos encarando.
-Lily me contou sobre o que passou, e sei dos negócios da família.- ela explica.- Então não exite em me contar nada, nada sai daqui.
-Desculpe.- sorrio.- Eu não sei o que dizer.
-Tudo bem.- ela pensa um pouco.- Se quiser, podemos falar da sua infância.
Começo a rir, minha infância é a primeira coisa que eu não quero falar, não quero lembrar dos meus pais.
-O que? Seus pais eram ruins com você?- ela tenta adivinhar.
-Não, eu amava eles, eram os melhores pais do mundo.- balanço a cabeça.- É que...
-É algo doloroso para você.- ela percebe.- Quer me contar?
-Não tenho muito para contar.- a observo.- Meus pais morreram em um acidente de carro, pronto.
-Me conte mais, sobre aquele dia.- ela senta confortavelmente.
-Eu...- começo a mexer minhas mãos.- Na verdade, foi tudo minha culpa, eu queria ir para a praia.- balanço a cabeça.- Eles estavam me levando para a praia quando o acidente aconteceu.
-E você lembra de alguma outra coisa durante o acidente?- pergunta.
-Eu estava acordada.- a encaro.- O carro estava de cabeça para baixo, e os dois estavam mortos na minha frente.
-E depois?- ela anota algo.
-Eu fui levada para um orfanato, mas não gostei de lá, então eu fugi.- cruzo minhas pernas em cima do sofá.- Eu morei de favor em alguns cantos, ia para a escola, tomava banho lá...
-Então se virou sozinha por muito tempo.- ela parece surpresa.
-Sim.- assinto.- Eu consegui um emprego, consegui comprar um apartamento caindo aos pedaços.
-E então?- ela continua perguntando.
-Me envolvi com as drogas. Ecstasy.- minha boca fica seca só de dizer.- Comecei a ficar devendo para um cara, o espanhol.
-E por que você se envolveu com as drogas? Lembra da primeira vez que fez isso?- ela cruza os braços.
-Quando eu tinha dezenove.- lembro.- Eu estava na casa de uns amigos, eles começaram a se drogar e eu pensei que não tinha nada demais.- sorrio encarando minha mão.- Mas me deixou feliz, por um tempo, eu ficava feliz.
-E você...pensa em se drogar de novo?- ela pergunta cuidadosamente.
-Não.- a encaro.- Eu tenho um filho agora, eu não...- respiro fundo.- Eu quero que ele tenha os dois pais.
-Ok.- ela sorri.- Isso é bom.- ela anota algo.- E então?
-Passei alguns anos acumulando dívidas com o espanhol.- balanço a cabeça.- De repente, Andrew surgiu.
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Deveres De Um Mafioso - Livro 3
RomanceAndrew Hunt vive uma vida boa e comanda uma das maiores máfias da costa oeste em LA, a máfia Ballard-Hunt. Porém quando ele faz vinte e seis, os sócios começam a pressionar Andrew por uma esposa, um casamento. Ele tem deveres com a máfia, com suas i...