Dia Cheio

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Andrew Hunt

Eu já estava cheio de ver tanta roupa e coisas de mulher, já estava sabendo a diferença de todos os decotes.

Mas não era nada mal ver Sarah mostrando os vestidos que ela colocava, ela tinha um corpo espetacular.

Agora estávamos parados em uma loja de óculos, precisava comprar alguma óculos escuros para mim.

-E esse?- pergunto colocando um espelhado.

-Ridículo.- ela coloca um redondo.- E esse?

-Parece uma mosca.- eu tiro do rosto dela.- Pega esse.

Ela bufa e pega da minha mão, coloca os cabelos para trás e então coloca os óculos  de frente para o espelho.

-Esse ficou legal.- murmuro.

-Eu fico legal em todos eles.- ela olha para mim.- Você que precisa ficar procurando.

-Tão delicada.- suspiro tirando o óculos do rosto dela.- Vai ser assim comigo todos os dias?

-Só os pares.- ela sorri forçado e olha envolta.- Vamos comprar um óculos ou não?

-Não, vamos para a próxima.- eu começo a sair e ela me segue.

-E qual é a próxima?- ela cruza os braços.- Já foi roupas de festa, roupas normais, sapatos, bolsas...

-Camisolas.- sorrio.

-Eu vou sair de camisola?- ela levanta a sobrando.

-Não.- balanço a cabeça.

-Então porquê...- ela me para.- Por que eu tenho que comprar camisolas?

-Você tem alguma?- eu pergunto e ela fica calada.- Então temos.

Ouço ela bufar e continuo andando, logo depois ela está me seguindo e ao meu lado com os braços cruzados.

-Sábia que você ia usar isso de alguma forma.- ela fala e eu sorrio.- Você é doente sabia?

-Nunca me falaram isso.- não sei por que, mas gosto quando ela fala assim comigo.

-Idiota.- ela fala baixinho.

Entramos na loja e a atendente logo vem nos atender, eu fico como sempre olhando pelos cantos enquanto ela experimenta.

Acho o provador e vejo uma poltrona em frente a eles, então sento e checo meu celular.

Chegamos no total de quarenta e quatro sacolas dentro do carro, toda vez que compravámos eu deixava no carro.

Ergo os olhos do celular e vejo Sarah entrando no provador com algumas peças, desligo o celular e fico encarando o espelho que tem na minha frente.

-Se quiser uma opinião...- falo divertido.- Estou bem aqui, esperando...

-Você não se cansa de ouvir falar?- ela pergunta com raiva.

-Não, as vezes durmo ouvindo minha voz.- explico me olhando no espelho.- É bem calmante.

-Só para você mesmo.- ela coloca a cabeça para fora e vejo os cabelos bagunçados.- Por que para mim é irritante e idiota.

-Adora me chamar de idiota.-  apoio meus braços nos braços da poltrona.

-Gosto de dizer para as pessoas o que elas são.- Sarah volta a entrar no provador.

-Que doce.- olho para cima e vejo as luzes.

-São seus ouvidos.- ela fala divertida e eu sorrio.

Ouço a cortina abrir e ela está segurando as camisolas e vestida, fico um pouco desapontado mas não posso obrigar ela a ficar de camisola na minha frente.

Deveres De Um Mafioso - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora