Andrew Hunt
Entramos em algum canto e eles me sentam com as mãos ainda amarradas, então tiram o capuz que colocaram na minha cabeça.
Olho para os lados e vejo fazerem a mesma coisa com Sarah, ela parece tão calma que não acho que seja sua primeira vez.
A porta abre e olho por cima do ombro, um homem passa por nós e senta na mesa, ele parece ter a minha idade.
Seus cabelos são pretos e quase raspados no zero e tem tatuagens nós braços, pescoço e rosto.
Está com uma blusa branca de alça e uma calça jeans escura, ele não se interessa muito por mim.
-Já vi você antes, não vi?- ele pergunta para Sarah em um inglês cheio de sotaque.
-Você me ameaçou.- ela responde do seu jeito e o encara.
Devo admitir, Sarah é mais forte e mais durona que várias mulheres que já conheci, e ela não parecia fingir, parecia ser verdade.
-Eu lembraria se ameaçasse você.- ele sorri.
-Eu sou bem memorável mesmo.- ela coloca a cabeça para o lado.
Eles estavam flertando? Sério mesmo?
-E você?- ele me encara, mas agora sem o sorriso.
-Andrew Hunt.- ele parece ficar mais sério.- E você?
Tento passar um tom superior, mesmo estando com as mãos amarradas atrás das costas.
-Manuel Castilho.- ele sorri ameaçador.- Que honra finalmente conhecê-lo.
-Seus homens estão de prova que eu vim de boa fé e sem nenhuma ajuda.- balanço os ombros.
-Isso foi burrice...
-Foi simpatia.- sorrio.- Não queria acabar com vocês de cara.
Tudo fica em silêncio e Manuel balança a cabeça, alguém atrás de mim abre minhas algemas e eu coloco as mãos para frente.
Pegaram minha arma e eu não estou com muita coisa para me defender, então tento ser inteligente, não só por mim, mas por Sarah.
-E o que vieram fazer aqui de boa fé?- ele brinca e olha para Sarah enquanto ela massageia os pulsos.
-Soube que ela tinha uma dívida com você.- assim que falo, ele olha curioso para ela.- Dívida de drogas.
-Lockhart.- ele murmura.- Você é Sarah Lockhart?
-Nunca fiquei famosa por dividas.- ela brinca em tom irônico e ele sorri.
-Bem, não há nada o que fazer, os dias já passaram.- ele me encara.- Cabe a mim o que fazer com ela.
-Seus homens me deram mais um semana.- ela explica.- Ainda faltam dois dias para acabar a semana.
-Isso é irrelevante...
-Achei que seria um homem de palavra.- apelo para o ego dele.- Seus homens disseram que ela tem mais uma semana.- cruzo os braços.- Então você também disse isso.
-Que belos princípios.- ele fica sério.- Vou ser bom.- ele olha para Sarah.- Vamos fazer um acordo.
Minha garganta fica seca na hora, preciso deixar ela falar também, se ela não falar como vai conquistar o interesse dele?
Apesar de achar que ela já fez isso, mas não queria demonstrar que não estava gostando disso.
Ela levanta as sobrancelhas disposta a ouvir o acordo dele e respiro fundo tentando me acalmar e entrar em um estado de calma profundo.
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Deveres De Um Mafioso - Livro 3
RomanceAndrew Hunt vive uma vida boa e comanda uma das maiores máfias da costa oeste em LA, a máfia Ballard-Hunt. Porém quando ele faz vinte e seis, os sócios começam a pressionar Andrew por uma esposa, um casamento. Ele tem deveres com a máfia, com suas i...