Fantasmas

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Sarah Lockhart
**36 dias de vida**

Abro os olhos e Andrew começa a desmontar passando o braço por cima de mim e pegando o próprio celular e atendendo.

Ele senta e eu me viro acariciando suas costas, Andrew fica calado demais e isso me preocupa, por que ele não está falando?

-O que houve?- me sento.

-Meu pai precisa de mim.- ele começa a levantar.

-Aconteceu algo?- pergunto enquanto ele veste as calças.

-Alguma coisa relacionada com Laura.- ele entra no closet.

Mordo o dedo e tento não me preocupar, será que Laura está precisando de ajuda? Por que ele precisa de Andrew a essa hora?

Respiro fundo e me levanto, já não vou conseguir mais dormir depois disso, encosto meu corpo na parede e ele aparece vestindo o casaco.

Andrew então coloca as armas dentro dos coldres e eu tento não surtar, ele percebe isso e se aproxima.

-Eu volto logo.- ele sorri.- Não deve ser nada.

-Ok.- assinto.

-Respire fundo, deitei na cama, quando acordar de novo eu vou estar aqui.- ele segura meu rosto.

Nos beijamos e eu seguro suas laterias, o aproximo de mim e aprofundo o beijo, ele segura meus cabelos e interrompe o beijo.

-Eu volto logo, Sarah.- ele sussurra.

-É melhor mesmo.- o observo.

-Luke vai estar aqui na frente se precisar.- ele beija minha bochecha e então começa a ir.

Sento na cama e encaro o chão, ouço ele descer as escadas e então abrir e fechar a porta da frente.

Já não consigo mais dormir, então saio do quarto e vou até o quarto de Chris, abro a porta lentamente e ele parece estar dormindo bem.

Me aproximo do berço e acaricio a cabeça dele, Chris mexe as mãozinhas e sorrio vendo ele abrir os olhinhos e me encarar, já que ele acordou...

-Oi, filho.- acaricio a barriga dele.- Quer ir na cozinha com a mamãe?- começo a pegar ele do berço.

Ele fica animado e começa a balançar os braços, sorrio me virando e descendo as escadas com cuidado para ver os degraus certos.

Acendo a luz da cozinha e pego uma panela pequena, coloco em cima da pia e vou até a geladeira, pego o leite e volto para a panela.

-Eu estou preocupada.- começo a falar enquanto tiro a tampa do leite.- Seu pai as vezes se empolga e não liga para as consequências.

Ele fica observando o leite cair na panela e sorrio, adoro a forma como ele é tão curioso, acho que toda criança é assim, não?

-Mas é a tia Laura.- ligo o fogão.- Vamos torcer para não ter acontecido nada demais.

Coloco a panela no fogo e vou até a cadeirinha de Chris, o coloco lá e vejo se deixei bem as coisas amarradas.

Vou até a geladeira de novo e pego o pão e o queijo, mordo o lábio colocando as coisas na ilha e abrindo uma gaveta para pegar uma faca.

-Estou conversando com um bebê.- balanço a cabeça.- Você não entende nada, não é?- o encaro e ele sorri para mim.- É, você não entende nada.

Me distraio fazendo o pão e sinto que tem alguns coisa errada, olho para o lado e vejo os carros lá fora pela janela.

Depois olho para as janelas que dão para o quintal e vejo que tem caras sentados nós banquinhos lá fora e parecem bem acordados.

Deveres De Um Mafioso - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora