Prioridades

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Sarah Lockhart
**24 semanas( 6° mês)

Faltavam dois meses para o prometido de Andrew e eu tinha que começar a colocar meu plano em ação.

Manuel estava fora, ao que parece tinha levado a tal mulher para jantar, eu só restava eu naquela casa.

Entrei na cozinha para jantar alguma coisa e percebi que não havia nenhum tipo de jantar.

-Trouxe um presente.- Carlos coloca uma sacola de fast food na minha frente.

-Não estou com muita fome.- fico com medo do que pode acontecer se eu comer.

-Fique tranquila, não envenenaria a noiva de Manuel.- ele sorri oferecendo um milk-shake.

-Nós dois sabemos que faria isso.- o encaro seria.

-Esse é o único jantar.- ele fala se aproximando.

-O que está fazendo?- pergunto quando ele coloca a arma em cima da mesa.

-Sabe o que fazemos quando alguém não quer contar a verdade?- ele via se aproximando.

-Se tocar em mim...

-Você faz a verdade ser a única forma dela se salvar.- ele destrava a arma.- Agora...- ele aponta a arma para a minha barriga.

-Espere...- eu tento me afastar e ele segura minha nuca.- Carlos....por favor...- começo a chorar.

-De quem é esse bebê?- ele pressiona a arma e eu me encolho, meu choro começa a ficar mais alto.- De quem é!

-De Manuel.- o encaro.- Eu já falei mil vezes!

-Eu não acredito em você.- ele sorri.- Vou dar mais uma chance.- assim que ele pressiona eu sinto o bebê chutar.

-Por favor...

-De quem é!- ele grita e eu me encolho sentindo o aperto dele na minha nuca.

-É de Manuel!- grito com ele.

-Ah, Sarah...- ele aproxima o rosto do meu.- Você realmente quer viver?

-Quero.- minha voz treme.

-De quem é?- ele sussurra assustador.

-Andrew.- agora não tem mais jeito, eu tenho que matar ele.- É de Andrew.

-Ah.- ele sorri.- Sabia que você estava mentindo...o que vamos fazer com esse bebê, hein?

-Você não vai fazer nada com ele.- falo séria.- Vai estar morto.

Respiro fundo e engulo o choro, o encaro e então rapidamente o empurro, a arma dele dispara e caio no chão.

A arma fica entre nós quando ele caí no chão também, minha respiração começa a ficar rápida e eu vejo o sangue.

Minha visão embaça um pouco e eu começo a me virar, deslizo naquele sangue todo mas consigo ver a arma.

Carlos parece estar tendo dificuldade por causa da batida na cabeça, aproveito aquilo e começo a me arrastar até a arma.

Algo no meu corpo está doendo muito e eu não consigo olhar o que é agora, se eu olhar...

Carlos percebe que estou alcançando a arma e começa a vir mais rápido, mas é tarde demais.

Me sento rapidamente e começo a disparar contra ele, todas as balas da arma, continuo pressionando o gatilho mesmo com a arma vazia.

A boca de Carlos.clmeca a sangrar e ele fica parado, então cai no chão e sangue começa a se espalhar pelo chão.

Solto a arma e toco minha barriga, não sinto nada, eu deveria sentir algo, mas não sinto nada.

-Sarah!- Nancy entra na cozinha.- Meu Deus.- ela arregala os olhos.

Ela pega um pano e ajoelha ao meu lado, ela o pressiona contra meu ombro e eu sinto uma dor horrível.

-Eles estão chamando ajuda.- ela explica.

-Não sinto ele.- falo baixo.

-Não se preocupe.- ela acaricia meus cabelos.- Você vai ficar bem.

-Ele me atacou.- sussurro.

-Graças a Deus.- ela olha para a minha trás.

Alguém me pega no colo e começa a me levar para fora, mas no momento eu apenas quero sentir ele chutando de novo.

Andrew Hunt

Entro no hospital e começo a ir em direção à emergência, mas alguém segura meu braço e me puxa para dentro de um armário.

Assim que a luz se acende vejo Lily, ela fica entre eu e a porta, se eu precisar passar por cima dela...

-Ela está bem.- Lily fala baixo.- A bala atravessou, não acertou nada importante.

-Mesmo assim, eu ainda vou ver....

-Andrew, ela está bem!- Lily segura meus ombros.- Mas ela não vai ficar bem se você for até ela agora.

-E...- encaro ele com lágrimas nos olhos.- E o bebê?- pergunto quase sem voz.

-Ele é forte.- ela sorri orgulhosa.- Chegou aqui um pouco acelerado, mas foi diminuindo a medida que Sarah foi se acalmando.

-Então os dois estão bem?- pergunto.

-Sim.- ela assente.- Aqui.

Ela me dá a foto se uma ultrassonografia, sorrio vendo o meu filho ali, tento olhar para aquela foto e me acalmar.

-Daniel está cuidando dela, ok?- Lily explica.- Vai precisar de alguns pontos, vai ficar de observação, e então vai para casa.

-Disseram que ela matou Carlos.- murmuro.- Cinco tiros no peito.

-Ótimo, menos um.- ela fala positivamente.

-Você o viu? O espanhol?- pergunto rápido.- Ele parecia com raiva? Parecia que já punir ela?

-Ele chegou perguntando pelo bebê.- ela fala mais baixo.

-Odeio isso, odeio ele achar que o bebê é dele.- falo com raiva.

-Mas você sabe a verdade, Sarah sabe a verdade, logo todos vão saber.- ela aperta meu ombro.- Vá para casa.

-Eu vou.- murmuro.

Lily sai do armário e respiro fundo, eu só preciso ver ela, nem que seja de longe, preciso saber que ela está bem.

Puxo o capuz do moletom que estava usando e coloco as mãos no bolso enquanto andava pela emergência.

Olho para o lado e vejo ela sorrindo fraco para Daniel, deve estar sentindo muita dor por causa do tiro.

Me contento só com aquilo e pego minhas chaves indo até o estacionamento, nunca pedi que dois meses passassem tão rápido, preciso que eles passem.

Não quero nem saber o que vai estar acontecendo, não quero nem saber onde vai acontecer.

Mas quando chegar no oitavo mês...eu vou tirar ela de lá, nem mesmo ela pode me fazer mudar de ideia.

Se Sarah continuar ali vai morrer, o espanhol pode esperar, mas Sarah e o bebê não podem, eles são minha prioridade agora.

Deveres De Um Mafioso - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora