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GUSTAVO.

Tinha ficado puto com a parada que eu ouvi, tá de sacanagem né. Maluco abrir a boca pra falar que pode ser pai do meu filho, meu caralho pô.

Moleque fodido, pela saco do caralho, pai do meu filho, é mole! Hoje em dia é o poste que mija no cachorro, essa é boa mesmo.

Mandada do caralho ainda fica de risinho com um filho da puta desses mesmo o cara metendo essa, tá de sacanagem comigo só pode.

Chegou em mim, mandando maior papo, queria ficar puto mas nem puto por muito tempo eu fico com essa dai, otária também.

No meio disso tudo, minha mãe ainda me liga falando que meu pai ta passando mal. Minha mãe não sabe resolver absolutamente NADA tando nervosa, tô até impressionado que ela me ligou pra mim e já tava no carro dirigindo.

Tô impressionado mas com medo, ela já não é bem normal, imagina nervosa. Pior, ela não sabe me explicar PORRA NENHUMA!

- Que foi? Quem ta passando mal, Gustavo? Você tá até ficando branco!

- Meu pai, pô. Minha mãe ligou falando que ele tá passando mal, entendi nada. Ela não sabe explicar, tô indo pro hospital que ela ta levando ele.

- Como assim? Meu Deus. - eu destravei o carro e já fui entrando na correria, só vi que ela tinha entrado no carro também, depois que eu já tinha fechado a porta e a olhei. - Vou com você! Você nervoso também não consegue resolver nada, é igual sua mãe.

Apenas assenti com a cabeça, liguei o carro e dei partida, fui de bicho pra parar nesse hospital, cabeça a milhão.

Meu pai é uma rocha, não é nem de passar mal, tava bolado com esse caô. Sem saber que porra é essa!

- Gustavo, vai devagar. Calma!

Segurava tão forte naquela direção, que porra. Tava maluco! Cheguei no hospital em questão de minutos e assim que estacionei o carro já fui ligando pra minha mãe de novo.

L I G A Ç Ã O, on:
Gustavo: Mãe, já cheguei no hospital. Tu ta onde, po?

Marília: Eu tô chegando...

Gustavo: Pô mãe, tá de sacanagem né? Tá chegando ainda, cara?

Marília: Eu já tô estacionando, Gustavo. Calma, você tá me deixando mais nervosa. - ela fungou. -

Gustavo: Tá, tá, foi mal. Calma! Pô vai da tudo certo, vou te esperar na porta. - desliguei. -

- Gustavo, respira ou você vai surtar! - ouvi a voz da Catarina e a encarei. - É sério, respira, por favor!

Fiquei lá, tentando respirar fundo e respirando junto com ela, ela contando até 3, palhaçada, fosse em outra situação eu iria rir.

- Bora, ela já deve tá chegando. - falei e sai do carro. -

- Olha aqui pra mim. - ela disse antes da gente sair do estacionamento. - Não adianta de nada você chegar lá nervoso desse jeito, você vai só preocupar ela e preocupar o seu pai. A gente nem sabe ainda o que tá acontecendo, então, se acalma. - eu assenti com a cabeça. -

Nós fomos andando e quando eu menos esperei, senti a mão dela se entrelaçando na minha e apertando devagar, alisando o dorso da minha mão com seu dedo.

- Vai ficar tudo bem. - ela me olhou e sorriu. -

Já tinha passado uns 15 minutos que meu pai tava sendo atendido, quando ele chegou aqui conseguia nem andar direito de tanta dor e nada dele sair daquela sala com a minha mãe.

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora