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GUSTAVO.

No outro dia que a Cat tinha me chamado pra ficar aqui com ela, eu fui em casa ajeitar algumas das minhas coisas e trouxe pra cá e tô aqui desde então.

Por mais que eu tivesse ficado surpreso com o convite, na minha cabeça, aquilo pareceu como a coisa certa a se fazer.

Tanto pra ela não ficar aqui sozinha, tanto pela Lisa, quanto por mim. Por mais que tenha sido uma coisa que não tinha passado pela minha cabeça, não era algo que eu não queria.

Me fazia bem ficar perto dela, então não tinha porque de não ficar, ainda mais no momento como esse que elas estariam precisando de mim.

A gente tinha saído da consulta de oito meses dela, graças a Deus tá tudo bem! Ela ta se cuidando direitinho e a Lisa tá ajudando muito, ajudando nós dois, porque agora ela é uma bebê que tá acordada o dia inteiro mas de noite deixa a Cat dormir.

Agora era só esperar pelo último mês, eu tava nervoso em relação ao parto natural, ainda mais que a Cat queria essa parada de parto humanizado, fiquei vendo altas coisas dessa porra, sempre eu vejo.

Me da agonia imaginar ela ou a Lisa sofrendo mais do que é o previsto sofrer, mas, acho que isso é uma escolha dela e se ela quer assim, eu só sei que vou tá na hora rezando pra passar e pra eu não passar mal.

- Eu só acho que a gente pode chegar em um meio termo e pensar nos "e se"... - falei dando a volta no carro. - Se você tiver sofrendo muito ou se a Lisa tiver sofrendo muito, a gente tem que pensar que a cesária pode ser a melhor opção.

- Eu não quero... - ela disse escorando a cabeça no carro eu a olhei de canto de olho e ela riu. - Eu não quero, mas eu entendo, tá bom? Mas vou tentar o máximo que eu conseguir, você vai ajudar a mamãe, né? - ela disse alisando a barriga. -

- Também, com o fogo que tu tá, todo dia a gente treinando essa passagem ai, né possível que ela não passe... - ela gargalhou e me deu um tapa. - Só se ela puxar essa tua cabeçona.

- Gustavo? Vai se foder! - eu ri. - Nossa, que idiota! - me deu mais um tapa. -

- Ué, cara... - eu falei rindo. -

- Vai se foder, fala comigo não... - ela fez bico e foi o caminho todo de cara fechada. -

- Para de graça... - falei pegando na mão dela quando a gente parou no sinal. - Ei! - chamei a sua atenção - Cat... Catarina...

Eu ri dela tentando virar o rosto ainda mais pro outro lado, geniosa pra caralho. O sinal abriu e eu segui com o carro, mas em seguida já fui parando no próximo sinal e perturbando ela de novo.

- Psiu, Cat. - falei e ela tirou minha mão dá dela. - Olha aqui... - pedi rindo. - Ein, amor! Olha aqui.

- Que raiva! - ela falou virando pra mim e rindo. - Para de me chamar de amor pra querer ficar ganhando as coisas, tá? Normalmente você não chama, chantagista.

- Eu não chamo? Que isso... - eu disse rindo e me estiquei pra cheirar o pescoço dela. - Claro que eu chamo, pô. Meu amorzão. - prestei atenção no trânsito e puxei a mão dela pra da um beijo. -

Nós chegamos na casa da Mayara porque a gente ia almoçar aqui, ela e o Caio estavam comemorando alguma besteira de casal.

Alguma data ai, que graças a Deus eu nunca tive que comemorar esses negócios de data porque sou o pior do mundo pra lembrar.

Mas tomara que eles comemorem sempre, comida da Mayarão é o bicho. Estacionei o carro e desci, ajudei a Cat a descer porque como ela fica dizendo direto "já tô andando que nem pinguim".

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora