Feitos pra Durar II ✨

94

DANI

A Dani de 9 anos não acreditaria em tudo que a Dani de hoje está vivendo, mas é muita coisa e que bom que é muita coisa.

Acho que finalmente eu tô me convencendo que a gente colhe tudo aquilo que planta e que eu mereço ter tudo aquilo que estou conquistando.

- Oi, gente! Boa noite! - sorri envergonhada - Primeiro queria agradecer a presença de cada um de vocês, mas, em especial a presença dos meus pais... muita gente não vê nas redes sociais, mas sim, tenho pais. - todo mundo riu, inclusive eles. -

- ...Sei que é um esforço muito maior para vocês do que para mim está aqui e por isso sou imensamente grata. E por fim, sem mais delongas, queria dizer que isso daqui é mais do que um sonho, que nunca me senti tão realizada na vida e que a vida é boa pra caralho! Obrigada a cada um dos meus amados clientes que acreditaram no meu potencial, vocês são a grande razão disso tudo. É isso, cheers!

Brindamos juntos e eu estava em completo estado de êxtase! Não conseguiria nem imaginar se a vida era capaz de me proporcionar algo melhor do que essa sensação que estou tendo agora.

- Oi, meu povo! - Cat falou pegando o microfone. - Sei que vocês tão querendo curtir o dj, mas vou falar rapidinho. Dani, meu coração se enche de gratidão e orgulho toda vez que eu falo de você. Poucas pessoas na vida me ajudaram tanto quanto você me ajudou e eu sou completamente grata por isso.

- ...Meu bem, você merece todas as coisas boas que o mundo tá lhe dando e não é porque você é minha cunhada que eu falo isso não. - eu ri e senti as mãos do Giovanni na minha cintura. - É porque você trabalha arduamente pra tudo isso acontecer. Um brinde a você, ao seu talento, ao seu trabalho e a sua empresa, quero ser sua agenciada pra sempre.

Nosso happy durou cerca de 3 horinhas, muita gente conhecendo o espaço, cada canto de cada salinha pensada e elaborada com muito amor para abrigar muitos sonhos que estavam para serem construídos ali.

Depois boa parte do pessoal foi embora, ficando só aquelas pessoas que estão comigo sempre e que estão comigo pra tudo e sinceramente eu não precisava de mais nada.

Algumas pessoas estavam limpando e recolhendo o buffet e todo mundo tinha topado fazer um after já que SEXTOU, bebê!

- Ei! - falei abraçando as costas do Giovani. - O que foi que você tá tão inquieto?

- Ciao! - ele disse se virando para mim e beijando minha mão. - Não foi nada, amore mio.

- Eu te conheço, esqueceu? - ele riu. -

- Tem como esquecer? - neguei com a cabeça. -

- Então me conta o que foi. - pedi e tenho certeza que acabei fazendo bico. -

- Posso te perguntar uma coisa? - fiz que sim. - Se por acaso, eu te pedisse, você iria embora comigo? - eu o encarei meio atordoada. -

- Amor, a gente já conversou sobre isso... lembra?

- Eu sei! Mas nossa conversa sobre isso já faz tempo, eu tô perguntando agora. Se eu te pedisse agora, você iria? - sorri nervosa. -

Na verdade, não só nervosa, mas bem atordoada com tudo isso. Automaticamente veio um milhão de pensamentos na minha cabeça. E eu não estava entendo o porquê da pergunta.

- Amor, a gente tá na inauguração do meu novo escritório. Eu não tô entendendo porque você tá me perguntando isso... - ele assentiu com a cabeça e me deu um beijo na testa. - Fala comigo. - pedi segurando a sua mão. -

- Não é nada, amore. Eu só queria saber a sua resposta, mas agora eu já sei. Vou pegar um whisky ali com os meninos, tá?

- Giovan... - ele não me deixou terminar de chama-lo, saiu do meu lado me deixando sozinha ali. -

GIOVANI.

Mais do que imaginar, eu acho que já esperava por essa resposta. Quem eu tava querendo enganar, viver uma vida ao meu lado nunca foi os planos da Dani, não da forma que eu preciso que ela viva.

Eu não posso abandonar meu pai e os projetos dele na Itália e ela não pode abandonar o projeto de uma vida toda que ela construiu e continua construindo aqui.

E como se vive um casamento assim? Como saber que você vai conseguir superar todos os km de distância em um casamento?

Uma vez uma pessoa muito sábia me falou que quando você tem alguma dúvida é porque você nunca teve certeza.

Não tenho dúvidas de que a Dani é a mulher da minha vida, mas tenho todas as dúvidas do mundo a respeito de se está na hora certa. E como eu disse, quando você tem uma dúvida você não tem certeza de nada.

- Ou, cabeção! Você não vai mesmo pedir? - sai dos meus pensamentos ouvindo a voz da Cat ao meu lado. -

- Não, Cat! - neguei com a cabeça e voltei meus olhos pro copo de whisky. -

- Ei, bebê... o que foi? Que cara é essa?

- Eu acho que nunca vai ser o momento certo, Cat. Nenhum de nós pode ceder em algo, a gente se vira como dá em relação a um namoro a distância, mas casamento é outra parada.

- ...Eu quero ter ela todos os dias da minha vida e se já é difícil encarar isso em um namoro, em um casamento vai ser péssimo. - dei um gole. - Só não é pra ser agora...

- Ô meu amor, você não pode pensar dessa forma.

- É assim que as coisas são, eu não tô bolado. E eu também não quero ser egoísta, tenho que entender o lado dela, minha vontade não pode ser prioridade, é um sonho de uma vida inteira, sabe? Mas porra...

- Sei que eu não falo muito isso, mas tenho muito orgulho do homem que você se tornou. - ela disse e alisou meu rosto. -

- ...Só por você falar essas coisas eu sei que você a ama de verdade e fratello, não vai demorar. Pode não ser agora, mesmo que eu queira que você ignore todas essas vozes na sua cabeça e peça porque eu sei que ela vai aceitar, mas não vai demorar pra isso acontecer e vocês ficarem mais juntos do que já são.

- Tô atrapalhando? - A Dani chegou mais próximo de nós. - O pessoal já tirou tudo, já podemos ir. Vamos pra sua casa, Cat?

- Isso, vai todo mundo descer pra lá. Como sempre! - ela falou revirando os olhos mas rindo ao mesmo tempo. -

- Fechou, então! Vou pegar o carro, tá? - beijei o rosto da Dani. - Me espera já lá porta.

Deixei as duas lá e fui tirar o carro do estacionamento, quando peguei no meu bolso pra tirar a chave, senti a caixinha, abri e olhei o anel.

Porra... que parada louca! Mas chega de pensar nisso. Coloquei no porta-luvas e tirei o carro de lá.

Caio, Gustavo e Patrick já tavam lá fora também, íamos sair de caravana. A Dani entrou com os pais dela no carro e fomos primeiro deixar eles pra depois ir pra Cat.

Desci do carro pra ajudar a mãe da Dani com todas as sacolas de presentes e deixei no sofá da casa deles, que do resto o pai da Dani se encarregava.

- Boa noite, pessoal! Se cuidem ai.

- Vai com Deus meu filho, obrigada!

Assim que eu entrei no carro, depois de colocar o cinto e quando finalmente olhei pra Dani, ela tava com a caixinha aberta na mão... senti tudo em mim gelar mais uma vez. Puta que pariu.