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GUSTAVO.

Acordei até que mais cedo que o normal, tinha um dia lotado de coisa pra fazer, o máximo que eu pudesse adiantar, eu iria.

Pra terminar o dia sossegado! Tomei um café tranquilo e fui me arrumar pra ir pro trabalho.

Passei na casa da Mayara, já que a Catarina tava ficando lá, ela tinha deixado um dos computadores dela aqui em casa quando veio dormir aqui porque tava passando mal e pediu pra eu devolver.

Buzinei quando cheguei na frente da casa da Mayara e mandei mensagem pra ela avisando que eu já tinha chegado lá. Uns minutinhos depois a Mayara apareceu na porta, com dona Letícia no colo.

- Você não tem vergonha de vir na porta da minha casa e nem entrar não, garoto? - ela falou vindo até a porta do carro. - Tá vendo, filha? Esse é o tipo de tio que você tem.

- Aou, para de falar essas paradas pra garota.

Abri a porta do carro, mas continuei sentado lá, estendi os braços e a Lelê já foi se jogando pra mim. Ela gosta muito desse tio dela, tem pra onde correr não.

- Liga pra essa feia não, princesa. Tua mãe é doida.

- Se manca! Me respeita ein, vagabundo. Mas sério, que vergonha ein Gustavo, você vir aqui e nem pra entrar.

- Tô pegado ou doida, tenho que correr, dia hoje era pra ser 72 horas.

- E o que tanto que você tem pra fazer? Eu ein, até parece que é tão ocupado assim.

- Ihhh, alá! Sou o bucha do teu marido não, eu trabalho, filhona.

- Ele trabalha também, tá? Otário.

- Trabalha pô, trabalha muito... - ri. - Passa o dia vendo foto de mulher naquele escritório.

- Gustavo! - ela exclamou e eu ri. - Vai se foder?! Idiota, babaca, imbecial.

- Coé. - falei rindo. - É sacanagem, nem se ele quisesse muito ele ia olhar pô.

- Vai tomar no seu cu, palhaço. E me da aqui minha filha. - ela falou pegando a Lelê do meu colo. -

- Po, cadê aquela garota? - falei da Cat. - Tenho que ganhar cara...

- Já tá vindo ai, já. Ela tava terminando de comer, eu ein, que pressa é essa.

- Deixa amiga, é que ele tá muuuuuito ocupado hoje! - a Catarina falou aparecendo atrá dela. - Tão ocupado que se ele perder um minuto capaz de morrer. - estalei a língua. - Trouxe o computador?

- Trouxe né, cara. - falei e peguei a sacola que tava o computador, entreguei pra ela. -

- Vocês que são brancos que se resolvam, dá tchau pro seu tio, filha. - ela disse rindo e fazendo a Lelê acenar com a mão. -

- Tchau princesa! - mandei beijo pra ela. - E ai, pô.. tá boa? - falei olhando pra Cat que tava com a sacola no braço e descalça, me deu até vontade de rir. -

- Tô sim, querido.

- Que bom, pô. - ri e ela revirou os olhos. - E ai, filhona. - segurei na mão da Cat e puxei ela mais pra perto de mim, alisei sua barriga. - Tua mãe tá deixando tu dormir direitinho? Tá te perturbando muito essa otária?

- Otário é você! - ela falou e me deu um tapa no ombro. -

- Tá com a mão pesada pra caralho, né?

- Ai, Gustavo! Você não tava super ocupado e apressado? Então, vai ganhar e para de encher, que tal?

- Ih... não se envolve, tô falando com a minha filha. - eu disse segurando o riso, ai caralho, Catarina é muito engraçada, quando tá em crise então, faço até de propósito. -

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora