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JASMINE.

- Se fosse um bagulho desse eu fazendo, tu ia gostar?
Porra nenhuma, você ia falar pra caralho na minha cabeça! - o encarei -

- Patrick, pelo amor de Deus! Você tá entendendo que você tá fazendo uma tempestade sem igual e atoa?

- Tempestade atoa? Tá de sacanagem!

Tinha chegado em casa, super cansada do trabalho e assim que eu cheguei o Patrick já estava aqui. Não é novidade nenhuma, ele tem a chave.

Vive mais aqui do que na casa dele, mas hoje em especial, eu preferia chegar em casa e simplesmente cair na cama, sem cabeça pra DR.

Mas claro que isso não era o que o Patrick queria, afinal, desde a hora do almoço que ele estava chateado comigo e por mais que eu quisesse muito me resolver com ele, eu tive que passar o dia inteiro na função.

Ele tinha me ligado pra gente ir almoçar, nós temos muito o costume de almoçarmos juntos, quando não sou eu, é ele quem chama.

Enfim, ele me ligou pra gente ir comer mas eu já tinha ido almoçar com mais dois colegas de escritório, a gente tinha terminado um caso grande e fomos almoçar para comemorar.

Absolutamente nada demais, sério! A gente realmente só tinha ido como colegas de trabalho, acabou que nem beber eu bebi, só os meninos que tomaram uns chops.

Eu tinha que voltar por escritório pra fazer muita coisa, não podia me dar ao luxo. Quando o Patrick me ligou eu estava entrando no carro junto do Léo e foi o suficiente pra ele surtar.

Quando ele ouviu a voz do Léo e eu disse que não podia ir almoçar porque já tinha ido comer com os meninos, pronto! Eu sei que eu já fiquei com o Léo, já fiquei inúmeras vezes, mas não rola nada. Nunca rolou sentimento!

- Sim, uma tempestade atoa. Eu fui almoçar com o Léo, mas o Vinicius também estava lá e mesmo que não tivesse, se fosse uma coisa de trabalho, como era, não tinha nada demais.

- Nada demais? Beleza, massa! Tô gostando de ver as liberdades que você tá se dando e me dando.

- Patrick pelo amor de Deus! - suspirei cansada. - Que liberdade que eu tô me dando? Que eu tô te dando? Fui almoçar com dois colegas de trabalho, se você não ficasse reclamando tanto e me escutasse, você ia saber que finalmente consegui resolver aquele caso complicado que eu virava madrugadas estudando, poderia ter pelo menos me dado parabéns, mas não, você fica ai me cobrando uma coisa que não tem o porquê cobrar, me tirando do sério depois de um dia que eu já me cansei o suficiente, cara sério... você veio pra cá só pra gente brigar?

- Tá me mandando ir embora?

- Eita caralho! - falei e tirei minha blusa, jogando no cesto de roupa suja. - Hoje você tirou o dia pra entender as coisas com as fontes das vozes da sua cabeça, né? Eu não tô te mandando embora, eu só tô cansada e o mais importante, eu não quero brigar com você, por ciumes bobos.

- Não é ciúmes bobo, carai. Se fosse eu você ia tá puta, pô! Ia gostar pra caralho de me ver de almocinho com alguma menina que eu já fiquei, coé, nunca! Nisso você não quer me entender.

Por mais que eu soubesse que no fundo ele estava certo, eu não iria gostar dele almoçando com alguém que já ficou, que ficou enquanto estava comigo, eu queria que ele entendesse também que as coisas tem contexto.

- São contextos diferentes! Totalmente diferentes, eu já fiquei com o Léo? - ele revirou os olhos. - Já! Várias vezes. Isso mudou alguma coisa na minha vida? Não, nunca!

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora