37

14.4K 878 732
                                    

Meu passatempo tava sendo comer, comer e rir das besteiras dos meninos. Apesar de estar bem sem saco, isso tava ajudando com que eu não pilhasse ainda mais. Meus pés estava bem cansados também.

Fui na cozinha da Mayara e esquentei uma das macarronadas que ela tinha encomendado pro jantar.

Eu tinha comido só alguns petiscos e doces porque tinha perdido o jantar, mas já tava começando a ficar com fome de novo. Aproveitei e fui encher meu copo de guaraná, eu já sabia que aqui na casa da Mayara não ia faltar.

Eu viciei ela em São Gerardo a melhor cajuína que existe, só isso! Todo mundo que é do Ceará sabe o que é coisa boa e que esse é o melhor refrigerante.

Voltei com meu pratinho de comida e meu refri pra mesa, os meninos estavam falando do jogo que eles tinham ido do Flamengo e Vasco, Brunin puto que o Vasco tinha perdido e o Caio e o Gustavo tirando onda com ele.

- Quê que é isso que você tá tomando ai? - Gustavo falou sentando do meu lado e olhando meu copo. -

- Te interessa? - o encarei e ele riu. -

- Quê que é? Tá estressada porque?

GUSTAVO.

Tinha ido resolver uns problemas pra Luísa, ela tinha me ligado pra ajudar com o negócio da obra da clínica dela que não tava dando certo.

Por isso tinha acabado me atrasando pro evento da empresa, mas nada de muito atrasado não, pô. Ainda tinha ganhado um prêmio, fala ai, orgulho da mamãe mesmo né, caralho! Tem que rir!

Mas fico feliz demais pô, trabalho pra isso, pra ser reconhecido e quero ir cada vez mais longe, é o trabalho que eu sempre quis.

Tinha saído de lá e ido em casa trocar de roupa, ia chegar na casa da Mayara todo arrumado nem a pau né. Mas só fiz trocar a calça preta por uma bermuda preta de moletom, pai tava pronto e naqueles pique.

Coloquei uma correntinha e passei mais perfume e pronto, tava novo. Peguei o presente da May e fui pra casa dela, apesar do dia ter sido bem corrido, eu não iria deixar de ir pra resenha dos caras.

A maluca da mãe da minha filha tava com a bruxa hoje, garota maluca, distribuindo patada. Tá atacada ela, só faço dar risada porque não tem outra coisa pra fazer que não seja rir. Cheguei namoral e ela com o bicho, vê se pode.

- Não tô estressada, você que fica me enchendo o saco. - falou colocando maior garfão de macarronada na boca. -

- Tô falando nada, cara. Só tava perguntando o que você tava bebendo, sabe que não pode beber né? Isso dai é o que?

- Eu sei que não posso beber, Gustavo! Isso é cajuína, você sabe que eu gosto de tomar. Acha o quê? Que eu tô bebendo cerveja?

- Tô so perguntando cara, eu ein. Você tá muito enjoada, muito abusada ein. Se liga! - falei rindo, sei que ela fica puta, olhei e os moleques estavam vindo. -

Fui pra onde eu já estava, deixa a outra pirar sozinha. Fiquei falando merda pra caralho com os menor, que isso, são muito atoa esses meninos, principalmente o Bruno, porra...

- Não pô, quero saber se ali pode atuar, porque se puder eu sou o primeiro a mandar um "oi sumida". - o Bruno falou se referindo a Luísa. -

- Coé, respeita filha da puta! - falei rindo e tomando um gole da cerveja. - Fala dereito da garota ein, pô. Ela é minha parceira, não quero avacalhação com o nome dela.

- Tá com ciúmes, Gustavin? - o Matheus falou. - achava que tu não era desses

- Né ciúmes não, pô. Mas só quero respeito com a menina né caralho, ela é firmeza e amiga de geral ai. Inclusive de vocês.

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora