Feitos pra Durar II ✨

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Esse capítulo tem música nas mídias, aproveitem e boa leitura. 🥰

Nossos corpos foram tombando pra trás até que ele se escorou na cama e acabou sentando, minha respiração ainda estava descompassada pelo momento.

O encarei sentando de lado em uma das suas pernas, passando as mãos pelos seus ombros, seu rosto, dedilhando sua boca.

No fundo eu nem acreditava que a gente ia tá assim de novo, mesmo que seja pouco tempo, mesmo que seja algo que nem venha a dar certo.

- Por que você é assim, cara? - ele disse me encarando e eu tive que rir. -

- Eu não tô te pedindo em casamento, eu só quero fazer parte da sua vida de novo, do jeito certo... - o olhei. -

- Não tem jeito certo quando se trata da gente, Cat.

- Claro que tem! Sempre teve, porque agora não vai ter?

- Agora é tudo diferente, a gente se machucou demais. Você foi embora, eu fiquei e não fui atrás, muitas coisas aconteceram...

- Eu não tenho o porque reclamar de você não ter ido atrás, - eu o interrompi. - no fundo eu sabia disso, eu te conheço, mesmo que pareça que não. Eu assumi todos os riscos, eu precisava ficar bem, eu precisava ter a certeza de que eu podia ser eu de novo, pra assim, ser sua.

- Você podia ter feito tudo isso do meu lado, Cat. Todos os minutos que você ficou aqui nesse quarto sem falar comigo, em nenhum deles, eu achei que tinha te perdido, que você tinha deixado de ser minha, eu sabia que você tava ali, só precisava de cuidados... dos meus cuidados. Eu só consegui entender que te perdi quando tu foi embora, ali sim.

I wanna run away with you, just take me to places i've never know. When no one else seems to be getting through only you can tell what's going on.

- Isso é o tipo de coisa que é impossível de acontecer, não teria como nessa vida você me perder... - senti a mão dele apertar minha coxa. - Eu sei que você não confia em mim e me dói muito admitir que eu fiz por merecer isso, mas me deixa pelo menos tentar...

- Eu não quero te machucar, eu acho que você não consegue entender isso. Se eu sou tão relutante quanto a nós dois, é porque eu não consigo pensar só em mim, mesmo achando que eu deveria...

- ...Eu sei que você tá acostumada e se apaixonou por outro Gustavo, o que confiava cegamente em você e te idolatrava antes de qualquer coisa, mas confiança não é assim, não se ganha assim... - ele mordeu o próprio lábio e franziu a testa, eu alisei seu rosto e lhe dei um selinho. -

- Eu sei, mas você consegue entender que é o que eu quero? - ele me encarou. - Que você é o que eu quero, que tentar com você é o que eu quero. Eu só preciso que você se abra pra que eu consiga entrar na sua vida novamente, é só isso que eu tô te pedindo, o resto a gente resolve.

When I hear your name, put a smile up on my face. It don't matter the time or the place, you make it all better now. I could love you forever now. When I hear the sound, when i'm feeling down ain't nobody else gotta be around for you to make it better now, let me get myself together now.

- Essa parada me pega de um jeito diferente, pode parecer que não mas eu tenho medo pra caralho, me permitir viver isso com você de novo, ainda mais na nossa atual situação... a gente tem uma filha agora, se as coisas não forem como você acha que vai ser...

- Vou repetir. - o interrompi. - Eu não tô te pedindo em casamento. - ele riu. - Eu só quero poder te provar um ponto, te dói tanto assim me dar um espaço na sua vida? - ele assentiu com a cabeça e meu coração já acelerou. -

- Dói pelo fato de eu gostar tanto assim de você, pelo peso de ser "a última chance", na real as vezes nem acredito que a gente chegou nesse ponto. - eu assenti. - Eu te amo pra caralho, mas eu não quero me sentir nunca mais do jeito que eu me senti quando você foi embora, eu não quero me imaginar daquele jeito de novo.

- Eu entendo, me desculpa por ter feito você se sentir dessa forma, eu nunca quis te trazer essas sensações, esses sentimentos. Eu sei que a gente nunca conversou direito sobre isso, mas eu acho que você merece um pedido de desculpas meu, eu fiquei tão cega com a ideia de tentar superar de todas as formas, que eu esqueci a pessoa que mais importava pra mim.

- Eu me senti usado, eu me senti descartável por você, como se minha presença, meu amor, não valesse de nada. Como pra você podia ser tão fácil assim ficar "melhor" longe de mim?! A gente sempre foi mais que isso e do nada, tudo parecia não ter sentido mais.

- Eu nunca consegui ficar melhor longe da sua presença. Sim, não posso negar que me tornei uma mulher mais madura com tudo que eu tive que passar, me tornei mais independente e hoje me basto mais, mas... melhor sem você? Isso não tem como eu falar.

- Mas pareceu, Cat. Foi a imagem que ficou, a que fica na minha cabeça sempre, que você ficou melhor sem mim. Não que eu queria que você dependesse de mim pra alguma coisa, mas eu te amava demais pra ter passado por tudo sozinho e eu achei que você me amava o bastante pra precisar de mim. - eu o abracei forte, senti suas mãos se envolverem no meu corpo no abraço também. -

- Eu preciso de você, eu preciso, te desejo, te quero, te amo. Me deixa pelo menos tentar, tentar te fazer enxergar algo sobre nós dois que eu ainda consigo ver. Eu não tô te pedindo nada, além de você abrir um espaço novamente na sua vida pra mim...

- Uhum... - ele murmurou e ninguém falou mais nada. -

Meus braços ainda estavam nos seus ombros e eu sentia a mão dele alisar minha cintura, a gente tinha necessidade de se tocar, de se reconhecer, isso nenhum dos dois podia negar. Mesmo que parecesse uma eternidade, nós tinhamos urgência.

- Me beija! - o encarei e percebi o olhar dele alternar entre minha boca e meus olhos, me ajeitei no colo dele, aproximando ainda mais nossos rostos. - Me beija, Gustavo.

- Você é maluca, garota. - ele sorriu e a mão que estava na minha cintura foi parar na minha nuca. -

Let me sing my song, don't wanna be alone I know that when I listen, I find what I've been missing right here in my heart. Let me sing my song, I know this is my home, all that I've been wishing I found what I've been missing you were right here from the start, so let me sing my song...

E então, aproximando nossos rostos como se a gente pudesse se fundir, ele me beijou. Me arrancando um sorriso entre o beijo, entre os vários beijos que se seguiram.

Minha mão percorrendo sua nuca e a arranhando devagar, enquanto a pegada dele só se intensificava.

Ele passava a mão livre pela minha cintura, meus braços, apertava minhas coxas, de uma forma que era até injusta só ele me tocar assim, só ele conseguir me marcar assim. Arranhei de leve suas costas por baixo da camisa e senti sua falta quando nosso beijo se partiu.

Ele me encarou e puxou minha perna, fazendo com que eu sentasse no seu rolo de frente, pousando minhas pernas na cama e segurando no meu rosto com força, enquanto a boca dele encontrou o caminho de volta pra minha.