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Cara não tava acreditando nisso, esse filho da puta me liga e não fala porra nenhuma, como se já não bastasse todo o estresse de tudo!

Agora ele quer me matar de preocupação, que ódio, que ódio, que ódio. Como é que pode uma única pessoa mexer tanto assim com a gente, aff!

Olhei o visor do celular pra ver se ele ainda tava na chamada e ainda tava conectado, acabei vendo que já eram 04:30 da manhã. Sério, que ódio, muita raiva desse garoto, meu Deus, não canso de repetir.

Catarina: Vai tomar no cu, Gustavo! - falei puta no telefone. -

Gustavo: Opa... oi.. oi! - ele gritou contra o telefone. - Oi amor! - gritou novamente, tava um barulho do caralho, um funk tocando no fundo. -

Escutei uma voz feminina falando "Gustavo, você tá ligando pra quem? Garoto!" e um monte de barulho que não dava nem pra explicar.

x: Oi, Catarina! - escutei a voz do Bruno. - Porra, desculpa tá te ligando essa hora, foi eu quem liguei pra tu do celular dele, pô Cat. A gente tá aqui na frente do prédio dele mas não dá pra entrar, ele perdeu a chave.

Catarina: Ele tá dirigindo, Bruno? - falei puta da vida. -

Bruno: Não, não! Eu que tô dirigindo, tá todo mundo no meu carro - percebi que ele baixou o som. - Tem como eu ir deixar ele ai? Po, ele tá muito doido. - Me da meu celular pra eu falar com ela, Bruno, que caralho. - Perai, Gustavo... vai tomar no cu, porra. Ein, Cat? Tem como?

Catarina: Tem, Bruno! - suspirei cansada. - Vou deixar livre na portaria pra você entrar. Não deixa ele fazer merda não.

Desliguei o telefone e não conseguia nem explicar o quanto que eu tava puta, puta com o Gustavo, puta com essa situação, puta de tá cansada pra caralho por uma noite dormida que nem lixo.

Sério, que ódio, que ódio, que ódio. Vontade de chorar de ódio disso tudo, Lisa também não me dando um tempo, mexendo pra caramba na minha barriga, com certeza por causa do nervoso.

Uns minutos depois o Bruno me ligou pelo celular do Gustavo de novo, falando que tava lá fora, desci e abrir a porta de casa pra eles.

Gustavo tava podre, com certeza não era só por causa da bebida, mesmo ele bebendo muito, ele não fica assim só por causa da bebida.

Isso com certeza deve ter misturado tudo que for de droga e tá ai que nem pinto no lixo, mas, na merda. Bruno ajudou a tirar ele do carro, ele tava no banco do carona e eu notei que tinha duas meninas no banco de trás.

- Tem como tu subir  com ele? Não vou conseguir subir com ele assim. - eu falei e o Bruno só assentiu, subiu com ele e colocou ele deitado na cama no meu quarto. -

- Pô, desculpa ai, Cat! Não queria te dar essa preocupação mas já nem sabia o que eu ia fazer, não ia dormir em casa e tenho certeza que ele não ia querer dormir na casa lá das meninas.

- Sem problemas, Bruno. - falei e ele me entregou o celular e a carteira do Gustavo. - Obrigada por ter cuidado dele.

Ele assentiu e fui deixar ele lá em baixo, fechei a porta e subi pro meu quarto. Deixei as coisas do Gustavo pela mesa e fui tirar o sapato dele, ele se mexendo e falando nada com nada.

- Cala a boca, Gustavo! - falei pra ver se ele parava de falar o nada com nada que ele tava falando. -

- Por que tu tá brigando tanto comigo, Cat? Eu fiz nada não, porra... fui tranquilaço, não fiquei com ninguém não, eu acho que não.

- Gustavo, sério! CALA a boca. Que ódio, porra! - dei um tapa na perna dele. - Me ajuda pra eu poder te ajudar, não tem como eu te dar banho nesse estado, que porra.

Me sentei na ponta da cama e tentei tirar a blusa dele, que por muito custo eu consegui tirar, mas já tava estressando tanto que eu não quis nem ousar tirar a calça dele.

- Deita ai comigo, Cat.. pô amor, tu ta estranhona comigo cara, fiz nada.

- Eu não vou deitar com você, deita você e dorme, porra.

- Coé, Cat...

Ele disse fazendo bico e se fosse em qualquer outra situação eu iria rir, um homem desse tamanhão, fazendo bico quase chorando de tão bêbado, mas só pela raiva que ele me fez passar eu não queria rir.

- Deita ai, pô. Porra, amor. - ele passou os braços em volta da minha cintura, me abraçando enquanto ele ainda tava deitado. -

- Me solta. - afastei as mãos dele de mim e deixei ele deitado lá. -

Sai do meu quarto deixando ele deitado e fui pro quarto de hospedes, me deitei e fiquei com vontade de chorar de tanto estresse que eu tava no corpo.

Um misto de sentimentos, misturado com todos os hormônios da gravidez, tudo isso, tomando de conta da minha mente.

Ainda mais com esse idiota falando que acha que não ficou com ninguém. Ai, sério! Vontade de matar ele de todas as formas sabe? Que se foda que ele ficou com alguém, eu não quero saber, ai não me conta.

Não posso nem ficar feliz com esse imbecil me chamando de amor, depois de tudo, depois de todo esse tempo, só porque ele tá falando isso tudo bêbado.

Cretino! Que ódio. Fiquei me virando na cama tentando dormir, mas a dona Lisa também não me ajudava, quando escuta a voz desse pai dela... só Deus!

- Ai filha, ajuda a mamãe. - falei alisando minha barriga. - Por favor, vamos descansar nós duas juntinhas? Mamãe precisa tanto. - falei fazendo bico. - Papai tá doido hoje, deixa ele lá, não dá pra dormir junto com ele.

Me virei ficando de lado na cama pra ver se eu conseguia dormir, era um dos poucos jeitos que depois de muito lutar eu no final conseguia dormir.

Demorou um pouquinho mas eu consegui pregar o olho de novo. Acordei pra morrer de dor de cabeça, me levantei e fui atrás de fazer um chá pra tentar relaxar.

Depois que meu chá tava prontinho, fiquei no quarto da Lisa, babando em tudo e pensando em tudo também.

O outro deveria tá dormindo ainda, vai entrar em coma, acordar lá pra de tarde. Queria nem ver a cara dele, que ódio! Porque não tô boa, mas não tô boa mesmo, muita palhaçada. Mas muita mesmo!

No insta tem umas fotinhas do quartinho e da brinquedoteca da Lisa! ✨💗

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora