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GUSTAVO.

Já tinha pegue minhas férias no trabalho, na verdade nem era férias, era só uns dias que eu tinha dentro que podia folgar, duas semaninhas de leve e se Deus quiser, na emendava na licença paternidade.

Muita glória, viu? Estamos entrando no último mês, a Catarina tá mais nervosa que tudo e eu fico nervoso o dobro, por mim e por ela.

Essas folgas vieram em boa hora, porque quanto mais se aproxima, menos dá pra Cat ficar em casa sozinho e ai eu iria ficar com ela.

A mãe dela ainda não conseguiu vir, tá na luta pra ver se consegue vir pro parto e isso tá matando a Cat, eu sei porque conheço a peça.

Desde que ela soube da notícia, ela vive chorando pelos cantos agora e se lamentando. Eu imagino que pra ela seja muito importante a mãe dela tá presentes, mas não vai deixar de dar certo por isso.

- Você comeu já hoje? - falei assim que cheguei em casa, ela tava largadona no sofá. -

- Não tô com fome. - ela disse ainda encarando a televisão. -

Joguei minhas chaves na mesa de centro e ela finalmente me olhou, chamando a minha atenção pra ir até ela. Assim que me aproximei, ela me puxou pra me dar um beijo.

- Boa noite, linda. - falei e cheirei seu pescoço. - tem certeza que não tá com fome?

- Absoluta. - ela disse e voltou a olhar pra televisão. -

- Beleza, então vou comer os cookies que eu trouxe sozinho... - ela já me olhou com o olho arregalado e pidão. -

- Mentira sua...

- Juro pela Lisa! - falei rindo. -

- Ah nãoooo! Eu quero! Cadê?

- Não. Não era você que não queria nada? Então pronto.

- Mas fome de cookie eu tô, por favor, amor.

- Não. Eu vou comer porque eu vou jantar, você que não quer comer nada, vai ficar sem, fim de papo.

- Para, Gustavo! Aff! Você é um saco! - ela escorou a cabeça no sofá e eu ri. -

- Pegar ou largar, cara. - eu falei levantando do sofá e a encarei. -

- Que chatice viu, não sei onde eu tava com a cabeça quando chamei você pra morar comigo. - ela esticou a mão pra que eu ajudasse ela a levantar. - Não tem nada pronto, tá? Quer jantar, então vai fazer.

- Tu tá abusadona, né? Vai achando... - falei quando ela tentou se abraçar em mim e dei um tapa na bunda dela. -

- Peste! - ela disse e tentou me abraçar direito e eu já comecei a rir né, aí ela me bateu e desistiu. -

Era muito engraçado a Cat tentando me abraçar de frente porque não dava, ela não conseguia fechar o braço no abraço. Maior barrigão, Lisa colocou o mundo dentro dessa mãe dela, comeu uma melancia real, abraço só de lado, fi.

Cheguei com ela na cozinha e realmente tinha que fazer alguma coisa, fui atrás de fazer um macarrão rapidinho pra nós dois, enquanto ela ficou lá querendo da ordem.

Vê se pode, ordem em quem que ela da, tá ficando maluca. O comando sou eu, não tem outra filhão, esquece!

- Finalmente! - ela disse se servindo, dei um peteleco não sua cabeça. - Tu tá querendo me irritar, né, Gustavo?

- Fica quieta e come, ô doidona.

Nós comemos juntos e claro que a Cat comeu duas vezes e é porque ela não tava com fome. Mas ela é assim, só come se for você apertando.

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora