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Esse capítulo é dedicado a Ana Clara que teve que se despedir da bisavó no dia do aniversário. Percas são sempre doloridas, sinto muito que você tenha que ter passado por isso. Como já falei, a saudade um dia vai tomar o lugar da dor e a dor vai bater de uma outra forma, você vai perceber. Espero que esse capítulo consiga te confortar ou animar de alguma forma. Beijos, princesa. 💗✨

- Sabe o que eu tava lembrando? - falei alisando o lado da sua cintura. -

- O quê? - ela me encarou. -

- Sabe aquela parada que eu comprei pra ouvir os batimentos do Antonio? - ela assentiu. - Então, eu acabei quebrando, né... mas enfim, não vem ao caso. Mas dei uma passada no shopping ontem e acabei comprando outro. - sorri. - Porra, tinha esquecido de te falar isso.

- Tu quer ouvir ela? Quando tu vier amanhã tu traz pra gente ouvir. - ela sorriu e alisou meu rosto. -

- Tá aqui, pô. Eu deixei na mochila. - falei e me levantei, colocando minha cueca. - Pera ai, vou pegar lá em baixo. Deixei no carro!

- Tu vai ir no carro de cueca, Gustavo? - eu ri. -

- Eu deixei na garagem, né... - me estiquei pra ela e segurei seu rosto, lhe dando um selinho. - Pera!

Calcei meu chinelo e desci até o carro, abri minha mochila e peguei a paradinha. Subi rapidão e a Cat tava deitada de costas na cama. Ela sentou quando me viu e afastou um pouco o edredom, mostrando o corpo dela nu.

A Cat tá incrível de tão gostosa, cada dia mais, parece que a sensação que ela me passa é ainda maior do que a que sempre me passou. Se tu olhar ela de costas, nem parece que ela tá grávida.

O sexo não é o mesmo, mas não é o mesmo porque eu tento me controlar muito, garota tá grávida né pô, não dá pra arregaçar também, morro de medo namoral.

Mas isso é mais por mim do que por ela, até semana passada ela tava com ranço completo da minha cara, mas agora já tá de boa, ela com seis meses e uma semana tá sendo a melhor coisa, papo reto.

Nada de estresse, só sexo, ela quer isso o tempo todo fi. Se um dia disse que ia usar camisinha com ela, menti. Esquece.

- Não pera, eu vou ouvir primeiro. - falei me ajoelhando na cama perto dela. -

- Deixa de ser chato, ein! Vou ouvir também, se manca.

- Chatona.

Eu ri e coloquei um fone e ela colocou o outro, coloquei o negócio na barriga dela e demorou um pouquinho pra começar.

- Será que ela vai ta muito agitada? Muita emoção ela teve hoje. - Catarina falou e eu ri. -

- Deixa de ser escrota, garota. - falei pra ela. - Oi filha? Já conhece a voz do papai de trás pra frente, né... - falei enquanto a Cat ria ouvindo os batimentos. - dá oi pro papai vai amor.

- Da oi pra mamãe, filha. Mamãe tá com saudades, agora você só quer mexer pro chato do seu pai.

- Para de falar pra ela que eu sou chato, ein. Se liga! - ela mostou a língua e eu apertei o bico do peito dela. -

- Ai filho da puta! - ela puxou minha mão e mordeu. - Se jorrar leite na sua cara vai ser uma nojeira, se manca.

- Porra, que nojo, tu tá maluca. - falei rindo e balancei a cabeça. -

- É, vai brincando.

- Não Cat, sério... vai com tuas maluquices pra lá ein.

- É, só você pode jorrar leite na minha cara, né... - ela falou e eu a encarei, não consegui controlar a gargalhada, puta que pariu. -

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora