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CATARINA.

Tinha ido pra consulta com a Carlinha pra ver como estavam meus pontos, graças a Deus eu não precisei de muitos, dona Lisa não alargou tanto assim a mãezinha dela.

E depois da liberação, fui na pediatra com minha bebê e minha sogra. Hoje era a consulta mensal dela, o Gustavo ficou lá batendo o pé e fazendo bico porque eu falei pra ele não vir.

Claro que se eu só tivesse falado pra ele não vir, ele nem iria dar bola e ia vir do mesmo jeito, mas, eu mexi nos meus pauzinhos pra fazer com que chamassem ele pro trabalho.

Queria ver se a liberdade ia cantar mesmo pra fazer aquela surpresinha pro marido. Ele que não me escute chamando ele de marido, ou vai ficar se achando por ai.

- Ô tia, a senhora tem certeza? Ela é tão pequena, sei que ela vai chorar por mim e ela dá um trabalho muito grande.

- Catarina eu nem vou te responder... - ela disse tirando a Lisa da cadeirinha e pegando ela no colo. - Não é amor de vovó, a gente vai se dar bem!

- Eu vou organizar tudo aqui em casa rápido, nós não vamos demorar muito, só quero fazer uma surpresinha mesmo pra ele. - eu ri, um pouco com vergonha. - A senhora sabe como é...

- Eu sei, por isso que tô falando pra você não ter pressa. A Lisa vai ficar super bem comigo, já cuidei de muita criança nessa vida. Você precisa pegar ela só amanhã de manhã, vai aproveitar um pouco com meu filho, aproveita que tem uma sogra boa que nem eu.

- Boa não, maravilhosa! - eu ri. -

Eu até tava feliz com toda a disponibilidade da minha sogra, mas só de pensar em ficar uma noite inteira longe da minha bebê, não... eu ficava nervosa até demais.

Minha filha tão pitiquinha que é, mas de tanto ela falar no meu ouvido, tentei me convencer que iria da certo.

Ajeitei o quarto deixando ele todo bonitinho enquanto a dona Marília ficava olhando o sono da Lisa, depois liguei pra um dos restaurantes que nós gostávamos e pedi um jantar pra gente.

Encomendei pra perto da hora do Gustavo chegar e terminei de ajeitar mais algumas coisas, umas flores pelo quarto, fazer o que gente... eu sou brega!

Hoje a casa seria só nossa e a gente tava merecendo isso. Quando terminei tudo, fui dar de mamar pra minha bezerrinha, que já tava resmungando pelo leite da mãe dela.

Meu pacotinho mais lindo do mundo! Deixo ela mamar a hora que ela quer, chorou por têtê, mamãe já da! Tá uma bolinha minha filha.

Quando ela dormiu depois de mamar, eu fui tirar o leite do peito pra reservar pra tia levar quando levasse ele, tirei muito leite, mais do que minha sogra achava necessário, mas eu sei como ela é. Precisa tá tomando o leitinho da mamãe.

- Ai filha, mamãe não quer soltar você. - falei agarrada com ela enquanto o meu sogro ajeitava a cadeirinha no carro deles, já que ele tinha vindo pegar minha sogra aqui. -

- Ih, amor! Acho que a gente vai ficar sem neta hoje. - ele brincou. -

- Ela jura né! Minha netinha de vovó vai ficar comigo, né minha princesa? - ela disse brincando com a Lisa. - Anda, Catarina - ela riu. - Me da logo, a garota pegando esse sereno da noite.

- Ai não quero desgrudar! E se ela chorar muito? A senhora promete ligar? Não precisa se preocupar em atrapalhar nada, tá? A gente vai lá na mesma hora pegar ela!

- Pode deixar, maluca! - ela pegou a Lisa no colo. - A gente avisa, não avisa, vovô?

- Avisamos! Mas relaxa, Catarina... a gente sabe cuidar de bebês! Tá tudo fresco ainda na memória. - eu sorri e assenti. -

Feitos pra Durar II ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora