No outro dia eu acordei melhor, não dirigi a palavra ao Talibã, cuidei da minha filha, quando deu a hora me arrumei e pedi pra Alice cuidar da Charle pra mim, que eu ia sair com o sorriso e daqui a pouco estava de volta.
Me arrumei bem gata e fiquei esperando ele em frente a casa, eu gostava do sorriso, mas não me sentia bem como deveria, sei lá, esses dias ando estranha, estava me sentindo mal, como se fosse possível me sentir assim, já que tudo de ruim a presença da Charle tirava.
— Ta fazendo o que aí?-diz o Talibã que tinha ido em casa vê a mãe.
— Esperando o Sorriso.
— Hum...
— Vai entrar não?.
— Não.
— Por quê?.
— Sou seu segurança, esqueceu.
— E?...
— Só saio quando ele chegar.
— Hum… como está sua mãe?.
— Está bem.
— E sua mulher?.
— Daiane está bem também.
O assunto morre por minutos.
— Me faz um favor?-ele fica de frente pra mim e eu, que estava de frente pra rua, me viro pra ele.
— O quê?-surge uma euforia estranha em meu peito, talvez eu quisesse que ele pedisse que eu ficasse e não fosse com o Sorriso.
— Toma cuidado, sei que se eu pedir que não vá, mesmo assim você vai, tu é igual teu irmão-ele respira fundo-, qualquer coisa que acontecer me liga, não exite em momento nem um, qualquer coisa me liga que eu te busco na hora, tá ouvindo?.
— Sim...-eu sorrio e ele desvia os olhos de mim.
Isso me fez lembrar a primeira vez que ficamos, ele disse que era pra eu parar de sorrir pra ele, como se fosse fácil não sorrir quando ele era gentil, legal e atencioso comigo.
— Por favor toma cuidado, se acontecer qualquer coisa com você o Lipe me mata, então pra eu não morrer jovem, só toma cuidado e qualquer coisa me liga.
— Hum...-ele não estava preocupado comigo, só com o que meu irmão iria fazer com ele se acontecesse algo-, pode deixar.
O Sorriso chega de moto e nosso assunto, que já havia acabado, permanece morto.
— Oi gata, vamos?.
— Oi-eu sorrio-, vamos… tchau, Léo-eu olho de relance e ele me encarava.
Eu subo na moto e o sorriso já da partida, eu ia agarrada a sua cintura e suspirava, sim, eram coisas involuntárias, eu não queria suspirar pelo desapontamento que tive com o Léo, isso que dá pensar um monte de coisas nada a ver.
Tento me manter concentrada no caminho, ele pilotava rápido, mas não como o Lipe, que parecia um maluco fugitivo. Depois de um tempo, ele para em um barzinho não muito distante do morro.
— Tá bom aqui pra tu?-ele me olha pelo retrovisor da moto.
— Ta sim.
Eu desço, depois ele desce tirando a chave, fomos até uma das mesas vazias do lado de fora, ele puxa a cadeira pra mim e eu sento, depois ele senta de frente pra mim.
— Estou te achando meio calada, não queria ter vindo?.
— A não, claro que queria, só estou pensativa… não gosto de sair sem a Charle, nunca gostei, não que eu não confie na Alice, mas eu não me sinto bem em deixar minha filha sem mim.
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Meu dono,me bate!!(Também na Dreame)
RomanceEu ouvia sempre falarem no amor verdadeiro,sabe,aqueles que da borboletas no estômago,ou algo do tipo. Eu nunca senti nada parecido,amor para mim se resumia em meus pais,minha carreira e fama,um homem bonito e com dinheiro,podia se resumir também...