Eu sofri muito a vida quase toda,e todo o sofrimento e dor me fizeram esquecer as partes boas e felizes,todos os dias que eu acordava eu emplorava pela morte e quando vi minha barriga crescendo foi a pior coisa,eu carregava o fruto de um estupro,e eu não queria esse fruto ruim,eu queria abortar,eu pedi pro Lipe me ajudar,mas ele me amava tanto que preferiu que a criança nascesse,mesmo sendo contra minha vontade.
Assim que ele formou no crime,a nossa vida começou a mudar,ele comprou nossa casa,mobiliou,almentou,tudo que a criança precisava ou iria precisar ele já tinha comprado,minhas coisas ele comprou tudo,comprou coisas para ele,nós não passávamos mais necessidades e ele recebia muito mais que todos os trabalhos que ele já fez na vida.
Assim que a Charlotte nasceu,eu queria da ela pra qualquer mulher que quisesse,na verdade esse era o meu objetivo,mas depois da dor que senti pra colocar minha filha no mundo e depois de vê seu rostinho tão branco e inocente,eu percebi que não iria mais fazer isso,que essa não era a minha vontade,eu iria cuidar e amar esse bebê,assim como minha mãe fez comigo e com meu irmão.O resto foi moleza,eu cuidava da casa e da minha filha e meu irmão cuidava das contas e da gente,eu o amava tanto,assim como amava a minha Charle,mas eu detestava vê meu irmão se matando pra ter dinheiro,em vê-lo tão exposto ao perigo pela gente,também odiava tudo que aconteceu de ruim na minha vida,mas eu não podia e nem conseguia mudar nada.
Olho aquela linda menina dormindo e era maravilhosa essa sensação de ser a heroína de alguém,poder cuidar e amar alguém acima de você,ela me orgulhava,me dava carinho,amor e isso eu não esperava de mais ninguém,só do Lipe é claro. Depois do estupro(a quase 3 anos) eu não me envolvi com ninguém,eu era virgem,queria casar de branco como minha mãe queria que eu fizesse,mas eu não consegui e depois disso desisti de ficar com homens.
Se virei lésbica?. Não,não consegui,eu não sentia a atração necessária para engatar um relacionamento ou uma ficada com uma outra mulher,então só me contentei em ficar sozinha,só com meus dois amores.
Vou pra cozinha fazer o café enquanto minha bebê dormia,o Lipe saiu cedo e eu iria passar o dia em casa normal,como sempre. Depois de café pronto batem na porta,eu vou calmamente abrir e era a pessoa que eu mais detestava,hoje era o segundo dia dele como meu "segurança",sem esperar eu falar nada ele já entra,eu fecho a porta e quando me viro,vejo esse mal educado entrando na minha cozinha,vou atrás do mesmo e ele já olhava tudo que tinha.
-Bom dia pra você seu mal educado.
-Bom,põe café pra mim,quero 4 pães,café com leite e o pão tem que ter queijo e mortadela-eu encaro o mesmo abusado e ele me olha como se eu fosse doida-,anda logo,põe meu café!-fala autoritário.
-Ta achando que tem empregada aqui?,põe você,já tá todo errado que eu não te chamei pra comer aqui e muito menos pra dá um de patrão-falo irritada.
-Meu irmão mandou eu comer aqui,mas não especificou o que era pra eu comer-ele sorria de um jeito que me dava nojo.
-Então quer comer?-ele sorri animado,eu abro a garrafa térmica,ponho o café em um copo e jogo no rosto dele.
-Aí caralho!!!-ele grita levantando e indo lavar o rosto-,tá maluca porra,esse caralho ta quente!!-ele gritava.
-Espero que tenha gostado de comer o que esperava-gargalho feliz.
Ele me olha como se fosse me matar,a Charlotte chega e eu arrumo o café dela,ele comia e me olhava com os olhos cerrados,eu fingia que nem o via ali,espero que entenda que eu não sou as putas dele,que ele fala como quer,manda e desmanda.
Os dias passavam e eu estava tranquila,ele não falava comigo,evitava me encarar,me olhar e mandava os meninos entregar as refeições aqui,também não implicava comigo,mas ficava de mensagem todo o dia com alguém,toda hora eu ouvia o barulho do celular apitando e ele logo sorrindo.
Hoje fiz minhas coisas cedo,ele chegou e ficou fingindo que eu não existia,mas eu sentia seu olhar sobre mim,depois tomo um banho e arrumo a Charle,quando eu ia sair ele abre a boca dele.
-Aonde tu vai?.
-Não sabia que era meu pai.
-Sou seu segurança,aonde vai?.
-Andar pelo morro-do de ombro.
-Eu vou junto-ele levanta e ajeita a roupa.
-Não vai não!!-acabo gritando.
-Vou sim-ele fala sério.
Batem na porta e eu logo vou abrir,assim que abro vejo o Sorriso,ele era um cara bonito e que mesmo sendo bandido só vivia sorrindo,eu adorava vê ele jogando,sempre que colocava um shortinho leve e mole,eu via sua marca ali,mesmo que eu só tenha tido relações uma vez e contra minha vontade,eu comecei a me sentir diferente,eu assistia vídeos impróprios e comecei a ter muita malícia nos homens e nos seus "volumes".
-Bom dia Thelma,como tu tá?-ele sorria largo.
-Bom dia,melhor agora e você?-faço a cara mais sensual que consigo.
-Na tranquilidade,posso falar com o Talibã?-ele me ignora.
-Você pode tudo-vejo que ele fica um pouco sem graça.
-Deixa teu irmão saber disso-diz o moreno idiota atrás de mim.
-Entra Sorriso,é sempre bem vindo na minha casa,de noite estou sempre sozinha,se quiser aparecer.
-Pode deixar gata.
Ele sorri constrangido e vai com o Talibã pra cozinha,deve ser assunto sério,pra não falar na minha frente.
Aproveito e saio de casa,a Charle pediu sorvete e o pedido da minha pequena era uma ordem,fomos caminhando pra quadra quando vejo,a puta da Thamires se crescendo pra uma menina que nunca vi por aqui,ela tinha o cabelo rosa e olhos bem claros,não me era tão estranha.
-Obrigada-diz sorrindo depois que a v*** vai embora.
-Nada.
-Amae la tem abelo roxa!-diz a Charle apontando.
-O que eu disse sobre apontar?.
-A pode.
-Isso-eu sorrio para a pequena.
-Sua filha é linda-ela sorri pegando nos cachinhos da Charle.
-Obrigada,você é nova aqui?.
-Sim,me mudei ontem,você mora aqui também?.
-Sim,já conheceu o morro?.
-Não,iria fazer isso agora,mas aquela doida veio cheia de agressividade.
-É,liga pra ela não,sempre quando chega alguém nova aqui,ela da uma de fo****,mas não é nada disso que mostra-reviro os olhos.
-Ela pareceu bem autoritária,ela é mesmo sua cunhada?.
-Não,meu irmão fica com ela frequentemente,mas também fica com outras e nunca a apresentou como namorada.
-Ata. Me desculpa te atrapalhar,mas teria como me mostrar o morro?,um menino chamado Déco me mostrou um pouco,mas homens são sempre superfíciais.
-Entendo,levo sim-sorrio.
Fomos andando pelo morro,passávamos nos lugares,pedíamos coisas pra beber ou comer e por fim fomos na quadra,aonde eu já estava indo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu dono,me bate!!(Também na Dreame)
RomanceEu ouvia sempre falarem no amor verdadeiro,sabe,aqueles que da borboletas no estômago,ou algo do tipo. Eu nunca senti nada parecido,amor para mim se resumia em meus pais,minha carreira e fama,um homem bonito e com dinheiro,podia se resumir também...