Saio do hospital e já vem a vontade de chorar, essa gravidez tem me deixado muito sentimental, eu chorava por tudo, me irritava com tudo e queria um homem pra mim, mas o sorriso voltou com a mulher e o Tom só ia sair comigo amanhã. Fico uma cota esperando um táxi e quando vejo um, chamo, mas sou puxada bruscamente para um canto escuro.
— Precisamos conversar-diz calmo.
Seu hálito era de cerveja, bala de hortelã e de balão, ele falava bem próximo ao meu rosto.
— Não temos nada para conversar, tudo que você queria ouvir você ouviu e eu também ouvi o que não queria, mas precisava, estamos quites e sem precisar resolver mais nada.
— Nós dois precisamos conversar como homem e mulher, sobre nosso filho, sobre você, sobre tudo que rolou entre nós.
— Esse filho não é teu, é meu!-falo séria olhando para ele.
— É nosso, fizemos juntos!-ele diz mais sério e firme que eu.
— O que quer Talibã?.
— Leonardo.
— Quer o que Leonardo?.
— Conversar.
— Aposto que em um motel.
— Acertou.
Ele já me puxa e chama um táxi que passava apressado, mas parou pra gente, ele dá o endereço e o homem vai falando que já estava indo pra casa, jantar com a família e filhos, ao ouvir isso começo a chorar incontrolavelmente, pois sabia que eu não teria ninguém que quisesse largar o trampo pra vê eu e meus filhos, nem jantar conosco.
— Tudo bem moça?-pergunta ele preocupado.
— Ta tudo bem com ela sim-Talibã da de ombros sem me olhar.
— Por que ela está chorando?.
— Está sentimental de mais por esses dias.
— Senhor, isso está muito estranho!-percebo que ele muda a rota para a delegacia da mulher.
— Moço me desculpa, eu estou grávida e tudo me faz chorar, esse homem ao meu lado é pai do meu bebê, mas ele já é casado, tudo isso me deixa mal, estou sofrendo muito, o senhor me entende?-falo tudo em lágrimas.
— Entendo sim… também tenho um filho fora do casamento-diz pensativo e voltando ao trajeto de antes.
— Nós, as mulheres, as “outras” sofremos muito, ficamos tristes e desejamos a morte, mas temos que cuidar de um ser feito com amor, mesmo que o pai não tenha sentido isso.
— Espero que vocês conversem e consigam se resolver, imagino como deve está sofrendo, a minha outra mulher se jogou da ponte, tentaram salvar ela, mas não deu muito tempo, o bebê sobreviveu devido à bolsa, fizeram o parto as pressas, nasceu de 6 meses, ficou um bom tempo preso na maternidade, hoje está um rapaz lindo, forte, se tornou advogado.
— Meus parabéns senhor-digo e choro, o Léo só ficava quieto.
Chegamos ao local determinado e saímos do carro, o motorista nos deseja boa sorte e isso era uma das coisas que eu não tenho na vida e nem ia ter, entramos no local e ele faz todos os procedimentos de sempre, entramos no quarto e eu sento na cama, ponho as pernas pra cima, pois mesmo que tivesse pouco tempo eu já sentia dor nas pernas e um cansaço da po***.
— Como vocês estão?.
— Estamos bem…-falo olhando a pequena barriga.
— Por que quer ficar com essa criança?.
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Meu dono,me bate!!(Também na Dreame)
RomanceEu ouvia sempre falarem no amor verdadeiro,sabe,aqueles que da borboletas no estômago,ou algo do tipo. Eu nunca senti nada parecido,amor para mim se resumia em meus pais,minha carreira e fama,um homem bonito e com dinheiro,podia se resumir também...