#55

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Zeus: 🥵

Passei o dia todo trampando e fazendo cobrança, os cara não tava mais respeitando meus menó, então eu mesmo fui resolver, tive que matar dois caras pra deixar de aviso pros seus chefes e para os demais, Talibã ia comigo quieto.  Depois vou pro bar relaxar um pouco, passei o dia todo na rua, em um calor do cassete, pelo menos uma gelada pra fechar bem o dia, ou só melhorar o que tava péssimo.

— Irmão, manda um litrão pra mim por favor?.

— Pode deixar chefe.

Depois de um tempinho ele desce o litrão, bebo de mais, desceu geladim, era só isso que eu queria e precisava, depois peço mais duas garrafas.

— Fala aí Zeus-a Thamires se apoia na mesa perto de mim.

Seu sorriso era maldoso, ela vestia roupas curtas como sempre, hoje tava bem maquiada, o que não era tão normal, já que só se maquiava pra ir nos bailes.

— Fala aí-digo normal sem olhar de mais pra cara dela.

— Cadê a tua mina?.

— Em casa.

— Acho que só quem namora é você, sempre vejo tu sozinho, ela sempre com aquele amigo dela, ou será que é amante?-ela fala rindo.

Eu tava ligado na intenção dela, queria colocar bagulho doido na minha mente, pra eu terminar com a Barbie e voltar pra vida de cachorrão.

— Ele trabalha pra ela, cara maneiro, devo meu lance a ele, até porque foi ele quem pediu pra ela vim morar aqui no morro.

— Aposto que eles se pegam e riem da tua cara, ela tem uma cara de pu**.

— Respeita minha mulher, em, cara***-pego forte no braço dela, a mesma encara meus olhos com intensidade.

— Gosto tanto quando me pega com força, bem assim desse jeito-jogo o braço dela pra longe de mim.

— Hoje tô sem paciência, então é melhor me deixar em paz,a não ser que queira ser a terceira a ter os neurônios espalhados pelo chão-falo sério e ela para de rir, mas fica no mesmo lugar, parecia até mais perto.

Aí chega a Alice, entende tudo errado, discute com a mina e comigo, e me acerta com a garrafa. Eles me levam nas pressas pro carro, eu estava sangrando muito e não ligava pra isso, só pro meu carro que ia ficar todo sujo, que merda!.

— Felipe, perdão, eu não queria te machucar-meus olhos queriam fechar, juntou a cerveja, perda de sangue e cansaço do dia a dia, eu só queria dormir-, Lipe, por favor, não dorme, por favor-fala preocupada.

A última cena que vejo é ela chorando e pedindo perdão.

*______________________________*

Alice: 🥰

— Calma, Alice, se ficar dando piti vai me deixar nervoso-diz o Talibã preocupado também.

— Por favor, Talibã, anda logo.

— Ta, o hospital mais perto é um pago e…

— Leva ele, eu pago tudo, só leva logo ele.

— Tá bom.

Ele dirigiu até o hospital, eu segurava a mão do Lipe, fiz um corte fundo no outro braço dele, foi totalmente inesperado, eu não queria feri-lo, eu não queria.

Chegamos no hospital, saímos do carro as pressas, eles colocaram ele na maca e já tiraram de nossa presença, dizendo que não podíamos ir junto.  Eu só sento no banco da sala de espera e choro, minha roupa estava suja de sangue, ele estava sujo de sangue, o Talibã e o carro, eu não ia aceitar que ele morresse, ele não podia morrer.

— Me desculpa-falo baixo em meio aos choros e soluços-, eu não queria… eu não…

— Calma, Alice, ele vai melhorar, ele é forte…-ele fala, mas também estava com medo e com dúvida de suas próprias palavras.

— Se ele morrer, eu não vou aguentar, eu não vou…-choro mais e ele me abraça de lado.

— Ninguém vai, mas ele não vai morrer, todos temos dívidas com ele, eu ainda tenho que fala da mancada que dei.

— Tem que avisar a Thelma, eu não consigo ligar-minhas mãos tremiam e eu não conseguia parar de chorar.

— Eu ligo, bebe água e tenta ficar calma.

Ele sai e eu fico chorando horrores, a sala de espera parecia mais um necrotério, eu já sentia a dor de perdê-lo, me deram água com açúcar e me pediram pra manter a calma, logo chegariam novas informações.

Chega a Thelma toda preocupada depois de longos minutos, ela já chorava rios, assim como eu, mas ao invés de me criticar e querer me matar, ela só me abraça, um abraço forte, não precisávamos de palavras, só de deixar todas as lágrimas caírem.

— Parentes do senhor Felipe Gonçalves?-chega o médico perguntando.

— Eu-falamos os três juntos.

— Como ele está?-pergunto preocupada.

— É, como ele está?-a Thelma limpa as lágrimas que ainda caiam.

— Ele está no momento desacordado, mas conseguimos deixar ele fora de perigo.

— Por que ele está desacordado?-o Talibã pergunta curioso.

— Ele está muito fraco, perdeu muito sangue, tivemos que repor no mínimo umas 7 a 8 bolsas de sangue.

— Meu Deus-falo chorosa e com remorso.

— Mas ele está bem né?.

— Sim, assim que estiver tomado vitaminas e se alimentado ele deve acordar.

— Se não acordar?.

— Não há essa hipótese, só se colocarmos em coma induzido e isso só acontece se ele estiver sentindo muita dor, ou algo nele piorar.

— Não há mesmo essa hipótese?.

— Não, ele está realmente fora de perigo, está vivo e bem, está fraco, mas logo fica forte, a enfermeira já está alimentando ele e dando vitaminas.

— Que bom que ele está bem.

— Graças a Deus-nós duas nos abraçamos.

— Vocês podem da parte, encontramos alguns pequenos pedaços de vidro no braço dele, ele também cheirava a bebida alcoólica, então foi uma briga de bar, por pouco ele não morreu.

— Senhor, não foi a intenção machucar, foi sem querer-falo devagar e quase chorando de novo.

— Foi você?-ele pergunta assustado.

— É… mas foi sem querer, eu ia acertar uma cachorra que estava dando em cima dele e…

— Alice-olho pra Thelma e pro Léo-melhor não-eles falam pra eu parar de falar.

— Tudo bem, nada disso importa, só que ele está bem e fora de perigo.

Meu dono,me bate!!(Também na Dreame)Onde histórias criam vida. Descubra agora