Toques, ameixas e provocações

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Pov's Naruto

Ele não podia estar falando sério podia? Não, impossível, porque ele iria querer que eu jantasse em sua companhia? Ele devia estar só fazendo mais uma de suas brincadeiras.

- Eu senhor? Não acho que seja apropriado já que...

O livro que ele casualmente abrirá foi fechado bruscamente fazendo um barulho alto repercutir pelo quarto interrompendo minha fala.

- Eu não perguntei se você acha que é apropriado ou não, aliás não lhe fiz pergunta alguma, eu ordenei que trouxesse jantar para dois e que jantasse comigo. - Suas palavras me fizeram quase tremer, não pelo tom ou pela forma que foram ditas, e sim pela autoridade contida nelas.

Se eu não tivesse ficado com tanta raiva de sua maneira grossa de me dar ordens poderia facilmente gaguejar na minha próxima resposta.

- Muito bem então. - Respondi firme, fortalecido pelo ódio e saí dali com passos duros.

Quem esse maldido achava que era? Claro que ele ele era o futuro rei de dois dos reinos mais poderosos do Japão mas mesmo assim na minha raiva eu o xingava mentalmente de todos os nomes possíveis e impossíveis argumentando comigo mesmo que ele não tinha nenhum direito de falar assim comigo.

Cogitei colocar uma das ervas que eu sabia que davam dor de barriga (conhecimento adquirido graças a minha obaa-chan maravilhosa) na sua comida, cheguei a pegá-las mas no último momento desisti, se eu usasse a quantidade errada e por acaso fizesse uma coisa mais séria acontecer poderia causar problemas a toda a cozinha que a Tsunade obaa-chan cuidava e ela viria verificar o ocorrido pessoalmente sem se importar com seus machucados, então desisti da minha vingança boba naquele momento e voltei ao quarto com as duas porções mesmo contra vontade.

De volta a frente da mesma porta branca voltei a pensar em meios de escapar daquele jantar, mas sem nenhuma ideia optei por entrar e agir o mais calado possível durante o tempo que ficasse lá.

Bati três vezes e quando ouvi sua voz me autorizando a entrar segui pra dentro empurrando o carrinho com os utensílios para o jantar, não me foquei muito em sua direção, só posso dizer que ele já estava sentado na cadeira a frente da mesa de madeira que era usada para jantares no cômodo, fui até lá e coloquei a sua frente o prato de porcelana com os talheres prateados.

- Deseja que eu te sirva Senhor? - Minha voz saiu muito mais agradável do que minha intensa vontade de esganar aquele príncipe arrogante se mostrava.

- Não precisa, pode se sentar. - Ele sinalizou a cadeira do outro lado da pequena mesa.

Criados e príncipes não deviam se sentar juntos (claro que também não deviam se deitar juntos, mas joguei essa repreenda da minha consciência para longe), o correto era que ele comesse primeiro e depois se fosse o caso de ainda desejar minha presença só então eu estaria autorizado a comer então fiquei parado por alguns segundos tentando pensar no que fazer.

- Naruto? - Sua voz me trouxe de volta. - Pedi que se sentasse. - Ele voltou a ordem anterior.

- Ah, claro. - Me apressei em fazer o que ele disse dessa vez já que não tinha chego a nenhuma conclusão do que fazer.

- O que temos para comer hoje?

- Ãn, temos purê de batatas com ervilha, peixe ao molho e arroz branco, além de salada de folhas com tomates. - Respondi tentando me lembrar de tudo que tinha pego.

- Tudo bem, quer um pouco de cada? - Sua pergunta me deixou confuso, mas logo fiquei apavorado quando ele pegou meu prato.

- N-não! - Tentei impedir. - Eu que devo servir o Senhor.

Sem coroa por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora