Concessão de autoridade

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Pov's Naruto

Tirei minha mão que enroscava em sua roupa antes que eu acabasse dando a ele o prêmio ali mesmo a céu aberto.

Meu corpo estava tão sensível esses dias que era um inconveniente constante, todo momento em que estávamos a menos de 3 metros – que era basicamente o dia todo já que Sasuke nunca se afastava de mim por muito tempo – eu me sentia latejar de desejo, como se meu corpo chamasse por ele e sofresse por não ter o que queria. Eu não era um ômega acostumado a manter relações sexuais constantes e isso nunca me fez falta, mas agora, o que nunca parava de se passava na minha cabeça era ter Sasuke me tocando e fazendo de tudo com meu corpo colado ao seu.

Eu me esforcei ao máximo nos meus treinamentos, claro que principalmente para melhorar e para evitar situações em que Sasuke pudesse ficar em perigo por minha causa, mas eu admito que treinar até drenar minhas forças tinha uma enorme vantagem de durante a noite cair em um sono pesado sem sonhos molhados com um certo príncipe Uchiha.

Não que eu não soubesse que Sasuke também queria estar comigo, a ligação ia ficando mais clara a cada dia, era mais fácil saber o que ele estava sentindo então eu tinha consciência de que ele vivia no limite da atração assim como eu, seus beijos no cair da noite antes de nos separarmos para dormir ficavam cada vez mais longos e molhados e eram minha parte favorita de qualquer dia, eu sabia o quão difícil era pra ele se afastar porque era igualmente duro pra mim, mas eu tinha um pouco de medo de ceder, de me entregar a luxúria sempre que ela viesse, já que isso não podia se tornar um hábito entre nós, afinal... Ele ainda iria se casar, apesar de no meio desses dias eu ter descoberto que o casamento era um arranjo de reinos isso não mudava o fato de que num futuro próximo Sasuke seria casado e eu não sabia como poderíamos manter qualquer tipo de relação mais íntima a partir de então.

Tudo estava muito confuso pra mim e era extremamente complicado lidar com esse desejo proíbido dia após dia, cada vez mais ficava insuportável e hoje, depois de um dia de treino muito mais tranquilo que o habitual eu sabia bem o que viria quando chegasse ao meu quarto e ficasse sozinho, uma vontade imensa me afligiria por toda a noite e eu estava sendo egoísta mas não aguentaria muito mais disso.

-  Tudo bem, então... Tenho três tentativas o que acha? - Perguntei me afastando dois passos dele.

- Três? - Fez uma expressão divertida. - Se está tão certo que pode me vencer porque precisa de uma vantagem dessas?

Revirei os olhos.

- Porque você é só umas milhares de vezes mais forte que eu. - Respondi como se não fosse óbvio.

Seu sorriso aumentou.

- Tudo bem, façamos assim: Te dou três chances, você tem que tocar em um ponto vital, pescoço ou tronco, e eu vou só me defender. - Ele também se afastou alguns passos. - Quando quiser...

Sua postura era natural, como se não esperasse absolutamente nenhum problema, mas mesmo assim tinha uma presença diferente que deixava claro pra mim a dificuldade a ser enfrentada.

Me preparei, forçando meu lado ômega que pertencia àquele alfa na minha frente se controlar, eu só tinha que chegar perto e o tocar, não era uma situação de perigo real.

Analisei sua postura por uns segundos sem grandes observações a fazer, ele não usava uma defensiva então era como se houvesse milhões de aberturas ao mesmo tempo que nenhuma.

Decidi partir de uma vez, a primeira tentativa era um teste, eu precisava usar para me habituar ao seu estilo de defesa. Corri em sua direção de frente mesmo, num ataque sem pretenção de truques. Ele só esperou, sem desviar os olhos de mim, sem se mover, se continuasse assim seria fácil tocar em qualquer um dos pontos necessários. A distância foi diminuindo até que eu estava quase alcançando, subi o braço direito na intenção de o pegar de uma vez e obviamente seu tronco se inclinou pra trás na direção contrária saindo do meu alcance. Mas eu não tinha terminado.

Sem coroa por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora