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Acho que a noite de Paris é uma das coisas mais bonitas que já vi, a cidade inteira adquire um ar romântico que eu não sei de onde vem, mas é perfeito. Saímos andando a procura de um bar ou algo do tipo, Castiel estava puto com Natan e eu estava achando muita graça na situação, por que bastava ele chegar perto para finalmente me beijar, que alguém brotava do fogo do inferno pra interromper. Encontramos um bar muito bonito e aconchegante, bem perto da casa dos pais do Castiel, o clima em Paris era pura boemia, as pessoas eram muito elegantes e charmosas.

Era, com certeza, um lugar muito romântico. Começamos a beber alguns drinks e, embora eu quisesse muito estar coladinha no Castiel, nossos amigos pareciam adivinhar e nos mantinham separados.

- Eai? - Diana perguntou enquanto dançávamos. - Rolou?

- Ele ia me beijar quando chegamos no apartamento, mas Natan apareceu bem na hora. - Revirei os olhos.

- Sério? - Ela riu. - Quando finalmente vocês se decidem.

- Não é? - Arregalei os olhos.

- Mas, de certa forma, isso é bom. - Diana fez uma cara de sacana.

- Em que sentido?

-Faz ele te querer mais.

- Diana. - Eu não me aguentei e ri. - Se você estiver certa nas coisas que disse, Castiel me quer a muito tempo.

- Melhor ainda. - Ela riu. - Eu quero fogo!

- Você é demais!

- Sério Ari, ele ta lá no bar e não tira os olhos de você. - Eu virei minha cabeça automaticamente para o bar e vi Natan conversando com Castiel, mas ele não parecia prestar atenção em nada do que ele dizia. Seus olhos estavam focados em mim, ele sorriu quando percebeu que tinha minha atenção.

- Não olha assim sua tonta. - Diana chamou minha atenção. - Tem que se fazer de difícil.

- Não acha que já me fiz de difícil por muito tempo? - Eu ri.

- O que eu acho é que você não consegue resistir. - Ela riu também. E era verdade. Eu estava totalmente entregue, quando ele sorria para mim, eu sorria de volta para ele e me derretia inteira. A melhor coisa que fiz foi, finalmente, assumir pra mim mesma que estava completamente apaixonada por ele.

- Talvez. - Sorri envergonhada.

- Acho que a época das músicas românticas da Crowstorm está chegando.

- Espero que as coisas corram bem. - Suspirei nervosa.

- Ta brincando? - Ela me olhou com tédio. - Só vai.

Eu estava bebendo um pouco demais, confesso. Eu sabia que as horas estavam passando, então, em breve eu teria que conversar com Castiel sobre as coisas que estamos sentindo um pelo outro. Não é como se as coisas não estivessem claras, na verdade, eu acho que tudo está claro até demais, nós sabemos o que queremos um com o outro, mas é algo que precisa ser verbalizado, está a tanto tempo guardado, que precisamos ouvir isso um do outro.

Ficamos cansadas e fomos para o bar, nos juntar aos rapazes. Ficamos conversando sobre inúmeros assuntos, até Joe estava mais integrado nas conversas, não estava sendo estranho e ácido como costumava ser. Castiel e eu parecíamos dois adolescentes no colegial que haviam descoberto a paixão de um pelo outro, nada foi dito ainda, mas nós conversávamos através do olhar e dos sorrisos idiotas que soltamos um para o outro.

Estava entretida conversando com Joe sobre a história da cidade de Paris, ele era um cara realmente muito inteligente. Em todos os países que estivemos, ele sabia dar uma aula de história sobre eles, contava curiosidades e nos dizia quais comidas provar em cada lugar. Me lembro que na escola eu sempre gostei das aulas de história do professor Faraize, eu amava saber das coisas que aconteceram no passado para que o presente fosse do jeito que era e conversar com Joe sobre os lugares em que estávamos era muito instigador.

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