XXXVII

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Capítulo contém hot

- Vem logo gata. - Castiel me esperava impaciente na porta do quarto.

- Ninguém mandou você inventar as coisas em cima da hora. - Caminhei até ele calmamente.

- Se eu não gravar esses acordes, vou acabar esquecendo.

- E não pode gravar no celular? - Perguntei enquanto íamos para o elevador.

- Eu tenho um estúdio a menos de meia hora daqui, me poupa vai.

- Ai que eu tenho um estúdio. - Imitei a voz dele.

- Palhaça. - Ele me puxou pra perto quando o elevador fechou as portas. - Esse seu vestido não ta muito apertado não? - Ele desceu a mão que estava na minha cintura e apertou minha bunda.

- Ta achando ruim? - Provoquei.

- De maneira nenhuma. - Ele voltou a mão pra minha cintura e me beijou. - Mas eu não me responsabilizo por meus atos.

- Que bom que não vai demorar pra você gravar essa música. - Levantei minha cabeça e dei vários beijinhos molhados em seu pescoço. - Pra você não se responsabilizar por seus atos lá no quarto.

- Gata, não provoca. - Ele apertou minha cintura e me fez parar os beijos em seu pescoço. - Ou eu vou dar uma de louco nesse elevador.

- Não seria uma má ideia. - Eu sussurrei pra ele e quando ele ia me beijar novamente, chegamos ao andar térreo.

- Você escapou por muito pouco. - Ele falou antes de pegar minha mão para saírmos do elevador.

Pegamos um táxi até o estúdio, que realmente não era muito longe. Eles já haviam gravado o que precisavam gravar, mas só iríamos embora no outro dia. Eu não havia ido ao estúdio na primeira vez que eles foram, era a gravação de algumas músicas, não me cabia no momento. Castiel ainda insistiu que eu fosse, mas eu recusei seu convite, ele saiu emburrado e por isso estou o acompanhando agora, ele fez chantagem e ficou passando na minha cara que eu não o acompanhei na gravação.

- Fica a vontade. - Castiel me olhou e eu andei direto para uma mesa cheia de botões. - Menos aí. - Ele me puxou para trás pela cintura.

- Ei! - Protestei.

- Sabemos do seu histórico com instrumentos musicais.

- Mas eu me virei bem com a guitarra. - Resmunguei enquanto ele ia até a mesa de som.

- Se eu tivesse soltado sua mão, teríamos ido parar no hospital em algum momento.

- Idiota. - Revirei os olhos e me sentei em uma poltrona.

Ao contrário do que eu pensei, Castiel passou mais de uma hora até conseguir gravar a música perfeitamente, ou perfeitamente do jeito que ele queria. Eu não queria, mas quase morri de tédio, eu não entendia nada da maioria das coisas que ele me falava, de arranjos e tons, era grego pra mim.

- Terminei. - Ele sorriu e suspirou.

- Ficou do jeito que você queria?

- Sim. - Ele assentiu. - Vem ouvir. - Me levantei de onde eu estava e caminhei até ele.

- Aqui. - Castiel se pôs de pé atrás de mim e colocou um fone de ouvido enorme nas minhas orelhas.

A música começou a tocar e logo as vibrações fortes da guitarra se fizeram presentes. Era muito boa, até para mim que não gosto.

- Nossa, valeu a pena todo esse tempo esperando.

- Achou que foi muito tempo. - Ele disse enquanto tirava os fones da minha cabeça.

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