VI

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- Então você decidiu ir com ele? - Rosa perguntou assim que terminei de contar tudo que havia acontecido na semana do feriado.

- Não é como se eu tivesse muito a perder, não é?

- Óbvio. - Ela falou um pouco alto. - Teria sido muito burra se não tivesse aceitado o convite.

- Acho que estou deixando de ser burra.

- Amém! - Ela riu.

- E você, quando se forma?

- Teoricamente, eu deveria me formar no final desse semestre. - Ela disse um pouco receosa.

- E não vai? - Estranhei.

- Bem, é sobre isso que eu queria falar. - Rosa tentava conter um sorriso.

- O que tá acontecendo?

- Bem, eu não sou muito delicada, você sabe disso, então eu vou falar de uma vez. - Ela respirou fundo várias vezes.

- Ta me deixando com medo, fala logo Rosa.

- Eu tô grávida. - Ela disse com um pouco de medo na voz.

- Você o quê? - Dei um pulo do sofá, meu coração quase saindo pela boca.

- Descobri semana passada, mas não quis te contar por telefone.

- Ai meu Deus Rosa!! - Impulsivamente comecei a pular pela sala do meu apartamento e quando vi já estava chorando. - Eu to tão feliz!!

- Eu também! - Ela ria da situação.

- Eu vou ser tia! - Sentei no sofá e lhe abracei. - Eu vou ser tia. - Olhei bem nos olhos da minha amiga e começamos a chorar.

- Eu não esperava que fosse ser mãe agora, mas nunca pensei que a notícia me deixaria tão feliz, foi como se finalmente uma parte de mim tivesse se completado.

- E o Leigh?

- Ele chora sempre que olha pra mim. - Ela começou a rir. - Vamos começar a procurar uma casa, pra receber nosso bebê.

- Ai Rosa, hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. - Abracei minha amiga novamente. - Eu to muito feliz por você.

- Obrigada Ari, ter você ao meu lado é muito importante.

- Você quer que eu fique? Pra te acompanhar nas consultas e te ajudar a comprar as coisas do bebê, se você quiser eu fico.

- Ta maluca? - Ela arregalou os olhos. - Esse bebê vai passar nove meses na minha barriga, você vai ter tempo de me ajudar com tudo isso.

- Mas nove meses passam muito rápido.

- Eu não quero que meu bebê tenha uma tia louca, então eu prefiro que você vá cuidar da sua mente.

- Faz sentido. - Concordei. - Mas prometa que você vai me ligar se qualquer coisa acontecer.

- É claro que sim, você é meu contato de emergência.

- Tudo bem. - Me conformei.

Passamos a tarde inteira conversando sobre planos para o bebê, eu mal podia acreditar que minha melhor amiga estava grávida e que eu seria tia. Rosa foi embora quando já estava anoitecendo, eu queria leva-la em casa, mas ela me deu um fora e mandou que eu arrumasse minhas malas. Eu estava procurando minhas malas de carrinho quando a campainha tocou, imaginei que Rosa pudesse ter esquecido algo, já que Castiel tem uma cópia das minhas chaves.

- Esqueceu algo? - Abri a porta imaginando ser minha amiga. - O que você ta fazendo aqui, como conseguiu entrar?

- Por favor, me escuta. - Nathaniel estava parado em frente a porta. Seu olhar entregava que não estava dormindo bem, estava mais magro.

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