60. Corra, Dominique, Corra

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DOMINIQUE

Eu não pude me despedir de Anna antes que ela voltasse para a capital, mas tudo bem, porque era ali que eu estava também. Depois que devolveram Gabriella, Jotta achou muito arriscado permanecer com Thomas em Santa Rosa, por isso ele vieram para sua sede na capital. Ele não achava que eu descobriria isso, mas eu descobri.

Agora que Anna estava voltando para o palácio, eu não sabia se eles fariam alguma coisa para que ela voltasse. Eu acreditava que o fato de não quererem que ela deixasse Santa Rosa, era por James estar lá. Por mim Anna não voltaria, não havia mais por que ela estar naquela escola. Ela devia ficar no palácio. No entanto, algo naquela ideia me assustava. Eu não estaria perto, não poderia garantir a sua proteção.

— Daniel Castro, é uma honra recebê-lo no meu escritório — disse o chefe de polícia da capital, Pietro Dantas. — Mas confesso que me deixa curioso para saber por que está aqui? Tem a ver com o retorno da princesa? Sente-se — ele apontou a cadeira.

Eu me sentei na cadeira de frente para ele.

— Não, não estou aqui por causa de Anna — falei. — Estou por causa de Thomas.

— Thomas Hawkbat? Eu pensei que esse garoto já estava morto.

— Não, não está, e ele está aqui.

— Como tem tanta certeza?

— Conheço o trabalho de Mateus Santos. Se ele estivesse em Santa Rosa, com tantas pistas, ele já teria sido encontrado.

— Então o Sr.Santos está vindo para a capital?

— Acredito que não, talvez com o retorno de Anna. A questão é que... Essa minha investigação não é oficial, Sr.Dantas. — Ele me olhou surpreso. — Tornar essa investigação oficial abriria ela para olhares que não quero em mim agora. Eu vim para cá em segredo.

— Por isso quis que eu o recebesse no escritório da minha casa?

— Sim. Quero achar Thomas Hawkbat sem que me vejam chegar.

— E qual a minha parte nisso?

— Preciso que um policial da cidade tenha conhecimento sobre minha presença aqui, ou posso responder legalmente por tomar parte nisso sozinho. Além disso eu quero que me designe um único policial de confiança. Preciso da ajuda de alguém.

— Eu posso me oferecer para acompanhá-lo.

— Sr.Dantas, você faz parte de uma família muito grande, eu já percebi. Se aceitar vir comigo, estará diante da missão mais perigosa de toda a sua vida. Peço que escolha um homem de confiança, o que você mais confia para que me auxilie nessa jornada.

Ele pensou por alguns segundos.

— Está bem. Tenho um homem de confiança, vou ligar para que venha aqui.

Ele me serviu uma bebida enquanto esperávamos seu policial de confiança chegar. Ele não demorou muito para aparecer ali.

— Daniel, esse é meu braço direito no departamento, Gabriel Podar. Gabriel, esse é..., Bem, você sabe que ele é.

— É um prazer conhecer você — disse Gabriel. - Ouvi falar muito do seu trabalho em Santa Rosa.

— Espero que bem.

— Podar, Daniel está aqui a procura de Thomas Hawkbat.

— Como assim? Ele não está aqui.

— É o que eles querem que vocês pensem — falei.

Flor De Um Reinado: Convertei-vosOnde histórias criam vida. Descubra agora