19. Crisântemos

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ANNA

Trazer Tereza para a escola havia sido uma boa decisão. Eu me sentia melhor durante aqueles dias, eu me sentia até mais calma. Acordei naquele dia sentido que havia conseguido dormir mais do que o normal, ainda com os pesadelos, mas pelos menos me sentia mais descansada.

— Bom dia. — recebi Odette e Miranda no quarto naquela manhã.

— Vossa alteza parece mais animada. — disse Miranda.

— Eu pareço, não é? — sorri.

Dormir sempre me deixava bem animada, eu ansiava pelo dia em que teria um sono igual ao das pessoas normais. Coloquei um vestido lilás naquele dia, um salto branco, fiz um penteado, uma maquiagem especial, e estava pronta para meu dia. As meninas me ajudaram a colocar os acessórios enquanto me lembravam o que eu tinha que fazer, não que fosse necessário, eu sempre sabia tudo decorado. Eu tinha aula de economia, filosofia, história, almoço, culinária e dança. Haveria um simulação de ataque no fim da tarde, mas apenas eu sabia, meus guardas faziam questão que soubesse quando era verdade e quando não era. Pela noite teria aula de música depois do jantar, e, por fim, um reunião do conselho.

Abri a porta do meu quarto e vi meus guardas, como sempre, me esperando do lado de fora. Rapidamente notei uma diferença, Caleb não estava ali, mas Dominique.

— Bom dia. — cumprimentei. — Onde está Caleb?

— Ele adoeceu, Anna, irá passar uns dias sem trabalhar. — César explicou.

— Está na enfermaria ou no hospital? Quero vê-lo antes de começar o dia.

— Não, ele voltou à capital. Vai ter que fazer uma pequena cirurgia, uma hérnia ou algo assim.

— Ele não me disse nada. — reclamei. — Por que ele não fez no hospital daqui?

— Porque lá ele tem a família dele para cuidar dele, Anna.

— Eu poderia muito bem cuidar dele aqui.

— Como se já não tivesse tanta preocupações. — Cesar disse. Ele parecia prestar a brigar comigo.

— Não se preocupe, Anna, Caleb logo estará de volta. — falou Jacob.

— Sim, e, enquanto isso eu chamei Daniel para ocupar a função dele.

— Vocês 5 não dão conta? — A pergunta saiu por meus lábios antes que eu percebesse.

— Você sabe, Anna, não gosto muito de número reduzidos. Já somos poucos, e Daniel é de confiança.

Olhei para Dominique que também me encarava.

— Não vai atrapalhar suas funções aqui na escola?

— Não, eu consigo me organizar.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Anna, algum problema? — perguntou Timóteo.

— Sim. — respondi sincera, mas depois resolvi consertar. — Não, não, tudo bem. Só não quero atrapalhar Dominique.

— Não atrapalha, já falei. — ele disse um tanto ríspido.

Eu não queria que Dominique trabalhasse para mim, ele já tinha uma função perigosa, não queria que tivesse uma que fosse ainda mais.

— Tudo bem, então, bom dia para vocês de novo.

— Bom dia. — eles responderam.

— Jardins. — falei e saí seguida da minha tropa.

Flor De Um Reinado: Convertei-vosOnde histórias criam vida. Descubra agora