15. Rosas Brancas

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ANNA

No meu primeiro dia de aula, eu levantei da cama sem ter conseguido dormir um segundo sequer da noite. Aquela escola me deixava tensa. Eu não queria que fosse assim.

Antes do dia clarear totalmente, eu já estava pronta, bem vestida e maquiada. Sentei na varanda para ler. Eu estava determinada a não deixar o dia anterior me abalar em nada, eu iria encontrar maneiras de aproveitar aquele novo ambiente.

Vi o nascer do sol do alto do meu quarto. Aquilo era simplesmente fantástico, eram essas simples coisas que me lembravam de por que eu estava ali. Fechei o livro e simplesmente senti aquele momento. Quão maravilhoso era o mundo ao meu redor. Não havia por que ter medo.

Um tempo depois do dia clarear, a porta do meu quarto abriu e duas meninas entraram. Já estava me perguntado se eles não mandariam ninguém para ficar comigo.

— Bom dia! — falei alto ainda da varanda, já que elas pareciam confusas em não me ver no quarto. — Venham aqui.

Chamei elas e apontei para que sentassem a minha frente.

— Alteza. — as duas fizeram um reverência.

— Vamos. Sentem-se. — insisti.

Sem graça, elas sorriram e sentaram nas cadeiras que estavam ali. Eram duas apenas, pedi a César que não fossem muitas, e ele concordou que era melhor.

— Estava me perguntando quando eu iria conhecer vocês. — estendi a mão para elas. — Meu nome é Anna.

Elas me olharam como se eu tivesse acabado de fazer algo absurdo, mas apertaram minha mão.

— Odette. — disse a mais alta. — Estou aqui para serví-la.

— Íris, igualmente, alteza.

- Bem, se planejam me servir, aviso que isso consiste basicamente em me fazer companhia. Os meninos já fazem quase tudo que eu preciso, vocês costumam andar pelo jardim?

— Não, alteza.

— Por causa daquela questão de ficarem fora da vista dos outros, não é? - elas não disseram nada. — Então vamos conhecer juntas.

Eu me levantei e elas me acompanharam.

— Alteza...

— Hum...vamos mudar isso. Venham.

Eu saí do quarto junto com elas.

—Deixe-me apresentar vocês... — comecei, mas Timóteo me interrompeu.

— Já conhecemos elas, Anna.

— É claro, é claro. — Começamos a andar pelos corredores. — Vocês são de Camellia, não são? César sempre faz questão.

— Sim. — disse Íris sucinta.

Meus guardas iam na minha frente, eu não precisava dizer para onde estávamos indo, eles já sabiam, e apenas me guiavam para chegarmos lá.

— Onde estão César e Jacob? — perguntei.

— Foram dar a bronca no tal Daniel.

— Espero que não seja verdade, ele não merece bronca.

— E você continua a defendê-lo com unhas e dentes. — Diogo riu.

— Não comecem — falei já querendo encerrar o assunto.

Eles apenas riram de mim.

A escola parecia vazia pela área do quartos, apenas alguns empregados indo e vindo. Todos ainda deviam estar se preparando para o café da manhã

Flor De Um Reinado: Convertei-vosOnde histórias criam vida. Descubra agora